Boa notícia literária da segunda: estou com um poema no e-book resultante de um concurso promovido pelo Coletivo de Estudos e Pesquisas sobre Infâncias e Educação Infantil (COLEI) da FFP/UERJ.
Eu fico muito feliz quando meus textos são publicados, mesmo que não sejam os ganhadores dos concursos. Confesso que agora, revendo, creio que está até muito pessimista, sem combinar com o tema...Enfim...
Meu poema está na página 107. O nome do e-book é “Esperançar é preciso”, uma homenagem ao centenário do educador Paulo Freire. A organização é de Mariana Machado, Maria José da Silva Vaz e Heloisa Carreiro.
Nesta quinta-feira (7/10/21) farei o lançamento de meu primeiro livro de poemas. Intitulada “Incertezas no meio do mundo”, a obra é formada por poesias que abordam diversos aspectos do ser e estar na Amazônia urbana e contemporânea.
O lançamento será feito numa live em meu canal de YouTube, às 19h (20h em Brasília), com a participação de colaboradores no processo de confecção do material, como as poetas Zanny Adairalba, que coordenou todo o processo de produção editorial da obra, e elimacuxi, prefaciadora do livro.
Um lançamento presencial será marcado posteriormente, quando os índices de vacinação no Estado de Roraima estiverem mais avançados.
Vou deixar aqui o link da live incorporado para quem parar nesta postagem em outro momento:
“Incertezas no meio do mundo” é um livro escrito no escuro para trazer luz a situações que me incomodavam e ainda, em muitos casos, continuam incomodando. É o fruto dos meus olhares sobre diversas questões individuais e coletivas de nossa contemporaneidade.
A poeta elimacuxi afirma em um trecho de seu texto: “Com uma poesia sem rodeios, Edgar não tem pena de seu leitor e joga-lhe na cara verdades incômodas que surgem assim que se faz a ‘Decolagem’ e as ‘ideias começam a voar’... Historiadora e poeta que sou, comoveu-me a descrição do ‘museu fechado para reformas’, já que a consciência da própria historicidade nos leva à identificação com esse lugar de acúmulo de coisas do passado que, no presente precisa constantemente se repensar para seguir em frente”.
Com 96 páginas, Incertezas no meio do mundo é o meu terceiro livro. Os outros dois são de contos: Roraima Blues e Sem Grandes Delongas (Clique aqui para baixar gratuitamente).
A obra foi realizada com recursos provenientes do edital 07/2017 de incentivo e fomento à literatura, uma ação do Governo do Estado de Roraima, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O lançamento deste livro é a conclusão de uma jornada iniciada há alguns anos. A obra deveria ter sido publicada em 2017, quando foi selecionada no edital da Secult, mas a governadora da época não pagou.
Este ano, depois de várias reuniões entre o governo e os autores, o repasse foi realizado pela atual gestão estadual.
COMO ADQUIRIR - A obra, inicialmente, estará à venda via PIX, pela chave 95991114001, no valor de R$ 30,00, com entrega grátis em Boa Vista.
Pessoas de outras cidades do País terão acesso ao livro por R$ 35,00, incluindo o frete. Após o pagamento, os leitores devem enviar o comprovante para o whatsapp 95991114001 com o endereço de entrega.
Leia alguns trechos dos poemas de Incertezas No Meio Do Mundo:
Museu em reformas
Coleciono
coisas inúteis:
Máquinas
com fotos de pessoas que não quero conhecer
Livros
com poemas carregados de tristeza e arrogância
Que
não me levam à cama nem me engolem na
sobremesa
(...)
Sadismo metafórico
Queima,
sangra, rasga
Incomodando
o fim da tarde
Morde,
corta, arranca
Fazendo
do todo somente partes
Marca,
tatua, sinaliza
Gritando
por onde passou
(...)
Como o cheiro do suor ao meio-dia
De
todas as mentiras
Naquela
tarde escorridas
A
terceira é a mais atrativa:
É
nela que repousam a fé e
As
dores mais antigas, mais coloridas
(...)
Numa semana qualquer
Normalidade
são velhos ipês roxeando ao
Calor
de fevereiro
E
cada poça de suas flores nas ruas
Parecendo
um caneco de arco-íris
(...)
Breve orientação
Quando
faltem seis dias
Pule
neste pescoço e arranque
(Fazendo-me
gozar, por favor, por favor, por favor)
Aqui tem a 26a edição da revista eletrônica LiteraLivre, que saiu neste 30 de março de 2021 com uma crônica que escrevi ano passado durante a internação hospitalar de uma tia e minha, agora falecida, avó.
Dá para ler online ou baixar. É o primeiro texto meu selecionado/publicado no ano fora das minhas redes.
Acessem clicando nos links, baixem, compartilhem, participem:
Salve, pessoal! Na 20ª edição
dos Diálogos Literários Pandêmicos tive como convidada a escritora Alexia
Braga, uma mineira contadora de histórias, dona de um sorriso iluminado e de
obras mais lindas ainda.
Autora de vários livros direcionados
ao público infanto-juvenil, Alexia conversou sobre o seu processo criativo,
suas obras já publicadas e o que planeja fazer no mundo da literatura. Confere aí:
Alexia foi a quarta
convidada de uma série de entrevistas que fiz este mês com vários autores de
Roraima.
A
realização destas entrevistas complementa o projeto “Literatura e prosa em
Roraima”, que aprovei no edital N° 006/2020 - Prêmio Dorval de Magalhães de
Literatura.
Este
projeto é apoiado pelo Governo do Brasil e pelo estado de Roraima, por meio da
Secretaria de Estado da Cultura e do Fundo Estadual da Cultura, com recursos
provenientes da lei federal N⁰
14.017, de 29 de junho de 2020.
Confere
a relação completa de entrevistados do projeto:
8/03:
Dia Internacional da Mulher, Vanessa Brandão, jornalista, cronista e editora do
blog Minha Janela. (Confere neste link: https://youtu.be/0sQcLEEt3_w)
15/03:
o contista Gabriel Alencar, autor do livro Personagens não bíblicos e suas
histórias e de É a vida: microcontos de risadas, amor e morte. (Confere
aqui: https://youtu.be/Ap-yesy_X3I)
22/03:
Afonso Rodrigues de Oliveira, articulista do jornal Folha de Boa Vista há mais
de trinta anos e autor do livro de crônicas Caçador de Marimbondos e do romance
E Deus criou o Mundo. (Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qySwT_uW9GA)
29/03:
Alexia Braga, contadora de histórias e autora de vários livros voltados para o
público infanto-juvenil.
Ah,
depois ou antes de ver: inscreve-te no canal e comenta.
Lembra
disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e não chegar a vacina, tem
encontro aqui.
Paulo Maroti, chargista e violeiro, me chamou para participar de uma atividade organizada pela Casa Ninja Amazônia no dia 31 de janeiro.
A ideia era gravar um poema para ser exibido no ato-manifesto virtual pelas vítimas de Covid-19 no Amazonas.
Da proposta, saíram dois poemas. Este, escrito em 2020 e intitulado "Poema de verão no inverno e pandemia", é um deles, com áudio gravado por mim no celular e depois editado por ele com o acréscimo da viola.
As poetas Eliza Menezes e Jacinta Santos trouxeram suas histórias, versos e sorrisos para a 13ª edição dos Diálogos Literários Pandêmicos, gravada no dia 8 de fevereiro de 2021.
Falamos de poesia em meio digital, publicação de livros, inspirações e outros temas relacionados e conectados ao fazer artístico de cada.
Também contaram sobre quando e como começaram a escrever e comentaram os seus planos para a vida literária.
Foi muito legal e divertido. Espero que curtam.
Ah, compartilha, comenta e se inscreve no canal.Lembra disso: toda segunda, enquanto durar a pandemia e não chegar a vacina, tem encontro aqui.
Quinta. A vida continua
aqui. Pessoas planejam coisas numa aula-reunião infinita.
Lá, na UTI do hospital,
uma tia luta pela sua vida. O inimigo é o coronavírus. Apenas quatro anos mais
velha que eu, é a mais próxima de todos os meus tios, mesmo estando há muitos
anos distanciados pela rotina, pela naturalidade de cada um ter seu caminho
próprio para seguir.
Sandra, seu nome. Descobri
ano passado, depois de quase três décadas, que os meus gibis antigos não haviam
sido presentes dela. Eu simplesmente os pegava e levava de Boa Vista para a
Venezuela sem avisar, achando não sei porque que estava tudo bem. Ela me contou,
ao ver o seu nome na foto de uma capa de um exemplar dos Novos Titãs da Abril, que
ficava pensando “onde foram parar as minhas HQs?”.
Quinta. A vida continua
para um monte de gente. Vejo na TV comerciais chamando para festas de forró e
corridas de motos. Nas redes sociais vejo convites para eventos de literatura
em bares e fotos de ontem mostrando que não há tempo ruim para quem pensar em
viver intensamente a vida em tempos de covid.
No hospital das
clínicas, minha vó está isolada da família há três dias. Quebrou o fêmur no dia
17 do mês passado. Estava no HGR e lá conseguíamos vê-la. No HC não tem nada isso.
Prevenção da Covid-19, cuidados com a contaminação trazida pelas visitas, só os
acompanhantes têm direito a ver o paciente.
Vó e tia, em um momento recente de relativa tranquilidade
A vó tem 94 anos. Viveu
muito desde que saiu lá da beira do rio Uraricoera. O que sou, o que tenho, o
que vivi, devo muito a ela, mãe da minha mãe, suporte familiar de todos nós, os
mais jovens, seus filhos, netos e bisnetos.
Sabe a tal da “gratidão”,
palavra tão desgastada pelo seu uso automático e sem pensar que virou clichê para tudo?
Tenho por ela. E muita. E amor também.
Mas, além de gratidão e amor, hoje tenho angústia. Vó e tia
(justo a tia que gerenciava os cuidados com a vó) internadas. Minha mãe, com os
nervos em caco pela situação. A filha de minha tia, minha afilhada, caindo de
tanto nervosismo... O quadro é feio, pesado, negativo e complicado na família.
Família. Há quem ajude e há quem aproveite momentos assim
para alegar mágoas antigas e descontentamentos recentes para não fazer nada,
não dizer nada, olhar apenas, como se um filme tudo fosse... O silêncio é
revelador de caráter em momentos assim. O silêncio nem sempre é um “estou
pensado como agir”. Em situações assim é mais um “danem-se vocês. Eu tenho
coisas mais importantes a fazer hoje, como reclamar e me isentar”.
Quinta, tem alguém falando no computador sobre coisas que mal
ouço, terminei dois projetos culturais, estou escrevendo isto que você achou
longo demais e o pedreiro está lá fora refazendo uma calçada que as chuvas do
boiaçu, do caju, não sei do que, levaram.
Quinta. A vida, aos tropeços, continua. Entre angústias,
rotinas, lágrimas, atos e silêncios reveladores sobre a essência das pessoas.
Passando para deixar registrada a minha participação na segunda edição do Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo 2020).
Estive no painel que discutiu as Literaturas nas Periferias. Fui acompanhado pelos escritores Jessé Andarilho e Rodrigo Santos, ambos do Rio de Janeiro.
Valeu, Flisgo. Valeu, Rodrigo, pelo convite para o painel.
Muito agradecido mesmo pela oportunidade de falar de meu trabalho no Coletivo Caimbé e da literatura de Roraima.
Participarei neste sábado (21/11/2020) da segunda edição do
Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo 2020). Sou um dos convidados para o
painel que vai discutir a questão das Literaturas nas Periferias. Comigo estarão
os escritores Jessé Andarilho e Rodrigo Santos, ambos do Rio de Janeiro.
O Flisgo contará também com manifestação de diversas
linguagens como teatro, dança, contação de história, saraus e lançamento de
livro on-line.
São mais de 30 painéis e conversas sobre literatura e arte,
70 lançamentos de livros e participação de autores de seis países da América,
Europa e África.
Estou contente que só por ser parte de um evento tão
diverso. O tema ‘Literatura nas Periferias’ tem tudo a ver com Roraima. Nós, os
escritores daqui, vivemos numa das pontas do Brasil, longe dos grandes centros,
produzindo literatura periférica no sentido concreto e metafórico. Pensar e
agir sobre isso é um desafio constante.
No dia 15 de outubro rolou o Sarau da Lona Poética como parte da programação do Festival Literário On-line do Sesc Roraima 2020.
Apresentei sozinho esta edição, que teve a presença litero-poética de Zanny Adairalba, Elimacuxi, Joakin Antônio, Francisco Alves, Eliza Menezes e Vanessa Brandão, companheiros e companheiras de literatura.
O vídeo está disponível no canal do Coletivo Caimbé no Youtube, mas já te poupo caminho e deixo ele aqui:
No dia 20 de novembro, em alusão ao dia da Consciência Negra, vamos fazer um novo sarau, agora com transmissão pela página do Facebook do Coletivo Caimbé.
Curte aqui a página e se liga: sexta-feira, 20 de novembro de 2020, às 19h30, tem Sarau da Lona Poética – edição novembrina.
No Dia Nacional do Livro, comemorado em 29 de outubro de 2020, a TV Band Roraima pediu para gravar uma matéria sobre o tema comigo.
Disse-lhes que não ia poder abrir as portas da casa porque ainda estamos em distanciamento social. Combinamos então que gravaria as respostas no celular e lhes enviaria o material.
Resultou nessa matéria bonita e com a minha estante de fundo. Espero que gostem:
Participei semana passada do podcast Direto ao Ponto,
comandado pelo jornalista Luiz Valério, amigo meu e antigo integrante do
Coletivo Caimbé.
O Luiz está ampliando as abordagens do podcast e falar sobre
arte e cultura está no novo foco dele.
Foi uma conversa legal. Eu falei meio baixo, na fala mansa,
mas ele aumentou o som e dá para ouvir de boas as minhas respostas. Até falei um poema, lembrando.
Vou te deixar os quatro links que ele passou. Por falta de
opção não deixarás de ouvir-me falando sobre literatura e poesia na Amazônia.