quarta-feira, dezembro 19, 2012

As músicas do fim do mundo.

Teoricamente o mundo acaba na sexta e parece que um dia antes deve cair a grana do décimo.

Um dia depois do décimo cair vence a conta que chegou hoje do cartão de crédito.

A hora do mundo talvez acabar não ficou definida, mas se for 11 e meia da noite pelo horário do México, onde os maias viviam, será bem mais cedo aqui.

Ou seja, talvez não consiga chegar no rock da praça a tempo de cantar, se acaso a banda tocasse, a letra "Um minuto para o fim do mundo / Toda sua vida em 60 segundos" e outras do playlist que achei de clipes e músicas sobre o fim do mundo...

Nota sobre o I Sarau DoQuintal

Depois dessa viagem a Bonfim, citada no post logo abaixo deste, entramos na organização do I Sarau DoQuintal, uma parceria do Coletivo Arteliteratura Caimbé e estúdio Parixara/Espaço Cultural DoQuintal que abriu as festas da sexta-feira, 7 de dezembro.

Esperávamos apenas umas 20 pessoas mas o negócio foi maior e bacana, com gente legal e linda escrevendo lendo, declamando, cantando e ouvindo música e poesia.

Na arrumação do varal poético

Edgarzin, fazendo elefantes abstratos com os pregadores

Esses rostos borrados são o meu e o do Edgarzin

Caso queiras, confere mais fotos no blog do Coletivo Caimbé.










terça-feira, dezembro 18, 2012

À fronteira com a Guiana falar de literatura

Já disse várias vezes que o blog é meu depósito de memórias. É por ele que sei mais ou menos o que fiz durante o mês, durante o ano. Por isso acaba parecendo uma vitrine virtual das coisas que faço (muito mais de que as coisas que deixo de fazer).
Seguindo nessa linha, registro aqui para meus arquivos a viagem feita dia 5 de dezembro à cidade de Bonfim, distante mais de 100 km de Boa Vista e coladinha na República Cooperativista da Guiana.

Estive lá para participar do VII Festival do Livro, organizado pela escola estadual Argentina Castello Branco. Acompanhado do livreiro Antonio Bentes e seus amigos Romildo e Kildo ainda passeamos um pouco em Lethem, primeira cidade do lado guianense.

A escola Argentina Castelo Branco foi fundada em 1962, quando Roraima ainda era território federal e Bonfim, no meu imaginário relacionado à velocidade  e mobilidade, ficava pelo menos uns 300 km mais distante. Seu nome é uma homenagem à mulher do ex-presidente Castelo Branco.

Foto da escola naquele tempo de território

A unidade tem incrivelmente guardadas algumas preciosidades: um bilhete do antigo presidente, um sino (“para anunciar o recreio e chamar para as tarefas”, conforme escreveu) e um jarro que o mesmo enviou à escola há algumas décadas.


O sino – eram três originalmente – e o jarro que pertenceu a dona Argentina e o presidente mandou para a escola

A escola também tem dois livro de visitas com registros iniciais da década de 1960. Uma das primeiras assinatura é do padre Bindo, liderança católica de grande importância para a luta indígena (se a memória não me enganar e o estiver confundindo com outro). Fiquei impressionado com o cuidado  da direção. Em Boa Vista mesmo é muito difícil encontrar em tão bom estado registros históricos. Dei muitos parabéns e incentivei a diretora a digitalizar os livros e colocar o material na web. 




Foto do coreto de Boa Vista em 1968 faz parte do acervo histórico da escola

Bem, voltando a falar da viagem: falei no começo do evento sobre mim, minha vida de leitor, minha  infância numa cidade quase tão pequena como Bonfim e a descoberta da literatura na biblioteca local, os caminhos que me levaram a gostar de escrever, as oportunidades que a literatura me deu e outras coisas do tipo.


Com parte da turma


Falando,falando, falando...

Não sei se os meninos, principal alvo da ação, me entenderam ou escutaram (já sabem como é adolescente, né? Ligam para poucas coisas e havia muitos adultos no pátio da escola), mas a experiência de visitar Bonfim foi legal. Espero voltar outras vezes para uma conversa mais
próxima.

Ah, também fiz a doação de três exemplares de meu livro Sem Grandes Delongas para o acervo da escola. Tomara que a turma leia.

E antes que me esqueça: muito legal mesmo ter uma escola no Interior preocupada com incentivar a molecada a ler e escrever. É por aí o caminho para ajudar essas regiões a se desenvolver (Como havia muitas autoridades presentes, fiz questão de falar isso. Vai que a nova gestão municipal dá um upgrade nas políticas culturais da literatura, livro e leitura?)

Expedicionários: Kildo, eu, Bentes e Romildo no retorno a Boa Vista

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Tem sarau nesta sexta

Tirado lá do blog do Coletivo Caimbé:

O Espaço Cultural DoQuintal realiza na sexta-feira, 7 de dezembro, o seu primeiro Sarau DoQuintal, resultado de uma parceria entre o Estúdio Parixara e o Coletivo Arteliteratura Caimbé. A intenção é reunir, a partir das 20h e com entrada franca, pessoas que gostam de poesia para uma noite literária que terá como convidado especial o  poeta Rodrigo Mebs, autor do livro Por Amor ou Por Vício.

Depois de Rodrigo declamar seus poemas, o microfone ficará aberto para todos os interessados em ler e interpretar textos poéticos ou assumir o violão que ficará a disposição dos participantes. Também haverá montagem de um varal poético colaborativo e banca para venda de livros. O Espaço Cultural DoQuintal fica na Av. Presidente Castelo Branco, 2.266, São Vicente.

Na X Semana de Letras da UFRR

A Universidade Federal de Roraima realizou semana passada a sua X Semana de Letras. Participei das atividades no dia 28.11 como integrante da mesa redonda Produção poética e literária em contexto digital.

 


Também estiveram na mesa a poeta Eli Macuxi e os professores Tânia Regina Ramos, da UFSC, e Maurício Zouein, da UFRR, mas que teve sair logo após a sua fala. Por trás do notebook, é (im)possível ver a blogueira e acadêmica de Letras Agda Santos

Falei algumas bobagens legais, acho, traçando um histórico de minha própria caminhada de produtor de textos na web.  Como não tinha um roteiro, em alguns momentos fiquei perdido na fala e tentei brincar com o povo presente, acadêmicos e professores de Letras em sua maioria.

 

Batendo um papo com a professora Carla Monteiro e o poeta Francisco Alves

Como só houve tempo para responder a uma única questão antes que encerrassem a mesa para dar início a outra, não tive como obter feedback de minha fala. Só tenho certeza de que hoje abordaria a questão de um ângulo menos pessoal e mais teórico, falando mais de questões como o risco de sermos copiados e perdermos todo crédito pelo que fazemos na web.

Esse, aliás, foi o questionamento que uma estudante me fez na pós-mesa, já na saída da UFRR: como fazer para que não roubem o que escrevemos?

Respondi que não tem jeito. Ou se publica ou não se publica. Afinal, se o pessoal copia da internet artigos científicos para apresentar trabalho, o que os impedirá de copiar um texto de prosa ou poesia?

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Outro prêmio de webjornalismo

Recebi no dia 27 de novembro a segunda premiação jornalística deste ano. Fiquei em primeiro lugar no IV Prêmio de Jornalismo Câmara Municipal de Boa Vista Jornalista Laucides de Oliveira. A categoria, de novo, foi webjornalismo.

Este foi o meu sétimo prêmio jornalístico (nem todos em primeiro lugar, fique claro) e o sexto em webjornalismo desde 2007, quando Edgarzin estava para nascer e decidi que esse negócio de concursos e prêmios poderia ser uma boa para faturar um extra e comprar as coisas de casa.

Naquele ano ganhei um prêmio que também homenageava o jornalista Laucides de Oliveira. Outra coincidência é que duas colegas vencedoras este ano, Janaína Souza e Eliane Rocha, também foram premiadas naquela ocasião.



Fotomontagem feita pela Assessoria da Câmara dos Vereadores
 
Desta vez a matéria foi publicada na edição online do jornal Folha de Boa Vista, a FolhaWeb. Contei com a ajuda da amiga e editora Loide Gomes, que deu uma guaribada final no texto e, de meu ex-aluno Natanael Vieira, que me ajudou a montar o que se tornou a minha primeira matéria de rádio desde 1996, ano em que entrei no curso de jornalismo e fiz as disciplinas de rádio jornalismo.

Confere aí nesse link o texto e deixa, se quiser, a tua opinião:

Ensino de Libras ajuda a superar barreiras da surdez




terça-feira, dezembro 04, 2012

Bookcrossing nas ruas arborizadas de Boa Vista

Eu já disse que sou muito enrolado e que isso piorou depois da doença da coluna. Foi só por isso que demorei para falar de minha participação no V Bookcrossing Blogueiro, mobilizado pela minha colega internauta Luz de Luma.

Bem, na verdade não foi só isso. Teve bem mais. Quando fiz a postagem,em outubro, achei que era naquele mesmo mês que ia rolar a história.
Perdi o prazo pois não consegui articular estar em um lugar movimentado e ter o livro à mão. Ah, teve também uma necessidade minha de colocar no livro escolhido para ser solto um texto que explicasse ao “achante” do mesmo a história de sua soltura.






Depois de algumas semanas percebi que a data certa não era no mês de outubro, mas novembro. Mesmo assim perdi o prazo de novo...

Bem, resumo da história: soltei um exemplar do livro de microcontos Sem Grandes Delongas, de minha autoria, na rua Floriano Peixoto, bem no Centro de Boa Vista, perto de duas escolas estaduais: a São José e a Ayrton Senna. Foi de manhã bem cedinho, ali pelas oito horas,enquanto deixava a patroa no trabalho.


 

É uma das partes mais arborizadas da cidade, um bom lugar para ler um livro, mesmo que seja ao meio-dia. Como são muitas árvores, há um microclima muito agradável na área.

Dei sorte e consegui fazer uma foto da primeira pessoa a achá-lo, justamente um colega, o Mendes, que estava esperando a esposa chegar de algum lugar.

Como fui embora assim que fiz a foto, não sei qual foi a opinião do Mendes sobre o livro. Espero que tenha gostado e tenha colocado em circulação de novo. Se colocou, ainda não recebi nenhum comentário dos demais encontrantes do livro.



 

P.S.: esta foi a segunda vez que liberei exemplares do Sem Grandes Delongas numa ação de bookcrossing.  A primeira foi em agosto, quando
estive em São Paulo. Checa aqui a história.

terça-feira, novembro 27, 2012

A grande garfada



A prefeitura de Boa Vista anunciou ontem (26/11) que vai mudar o cronograma de coleta de lixo doméstico. Basicamente alterou os dias da semana e cortou um dia de coleta em cada bairro. 


Não houve justificativa para isso no material informativo distribuído à imprensa.
A questão é que na mudança foi dada uma grande garfada nos contribuintes.
Explica-se: a taxa de coleta de lixo instituída na gestão Iradilson Sampaio faz uma divisão do valor pago anualmente por uma coleta de 3 vezes semanais. 


Com a mudança, só no Paraviana, área que paga mais caro que o Centenário, por exemplo, os caminhões vão deixar de passar cinco vezes até o final do ano.
 

Multiplicando 5 pelo número de contribuintes que pagaram isso no referido bairro, tem-se um número bem alto. Multiplicando 5 pelo número de contribuintes da cidade, tem-se um número bem maior. É um dinheirão e tanto que foi pago por um serviço que agora não será mais feito.
 

Como essa taxa foi criada só para bancar a empresa terceirizada que faz a coleta, não é possível à prefeitura alegar, como sempre o faz, queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. É uma grana que já está no caixa do município e que agora será usada para outro fim. É como se fazia no tempo da CPMF: a grana da saúde ia para todos os lados, menos para saúde.
 

Eu espero sinceramente que a gestão da prefeita Teresa Surita ao menos reduza o valor dessa taxa. E que demita esses incompetentes que contribuíram para deixar Boa Vista no buraco, literal e metaforicamente.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Segunda bipolar

A segunda amanheceu bipolar...

Primeiro, bem cedo, rolou um estresse com a funcionária de uma loja onde compramos tinta fosco quando na verdade queríamos tinta brilho (Na verdade, o plural é mentiroso. Para mim, tanto faz, mas a patroa insistiu nesse tipo de tinta e eu paguei, então ficou plural).

A funcionária não queria ir avisar o dono do loja, o seu Ciariba. Fez cara feia, insistiu que devíamos ir direto, disse que aquele ali não era o seu setor nem sua função (mas foi com ela que mandaram falar), ficou com mais cara feia quando lhe disse que aquilo não se tratava de uma disputa de poder...enfim, ficou ali e nada fez.

Não conseguimos trocar nenhuma das duas latas de tinta. A patroa tinha aberto as duas antes de conferir na etiqueta se eram fosco ou brilho.

Meio-dia rodamos em várias outras lojas atrás de tinta. Meio-dia, o sol ardente e a fome pegando os três (eu, a patroa e o Edzin, motivo de estarmos querendo maquiar a casa).

- Mamãe, temos que pintar a casa para colocar uma árvore de natal, disse dias antes.

Se o que nos faltava era uma desculpa para começar a dar trato na casa, já a temos.

Nessa rodada de hoje o meu celular ficou em algum lugar. A patroa acha que foi na última loja, a Vimezer da Ville Roy. Voltamos lá depois do almoço. Ninguém viu nada e ela não consegue disfarçar a chateação.

Até sair da loja eu estava tranquilo. Quando cheguei no trabalho é que percebo o quanto perder o celular é problemático. Vai-se o aparelho, vão-se as fotos, os vídeos, o chip, os contatos, a facilidade de entrar em contato com a casa...além disso, é um novo gasto a ser contabilizado.

No meio da tarde me avisam que ganhei um prêmio jornalístico, ficando em primeiro lugar. Como ainda não foi divulgado para a imprensa (não sei se neste momento já foi), ainda não posso falar qual é. A entrega da premiação será semana que vem.

Escrevo agora direto no editor do Blogger...

Há muito tempo que não fazia texto direto na plataforma...

Agora vou na loja da operadora, ver como resolvo isto. Já me conformei e sei que não terei o celular de volta.

Engraçado é que semana passada achei um blackberry novinho no parque Anauá, liguei para a mãe da dona, a dona falou comigo, combinei a devolução no mesmo dia e quando a moça disse que queria me dar uma recompensa, disse-lhe:

- Não precisa. Basta que a senhora, ao encontrar um celular por aí, ache o dono e devolva. Gentileza gera gentileza.

Não deu certo comigo esse mantra.

Bem, vamos ver se a segunda termina bem. 

UP DATE: 

Resumidamente: fui na loja da Vivo, que estava com o sistema operacional fora do ar. O atendente pediu que fosse numa loja no centro da cidade. Estava tarde, não fui, olhei celulares mais modernos lá e numa loja ao lado, percebi como entendo pouco de bons aparelhoes, fui caminhar sem comprar nada, cheguei em casa e a patroa disse que, depois de algumas ligações, o pessoal da Vimezer tinha encontrado o celular. 
Basicamente foi o atendente novato que tentou dar uma de esperto, embolsando a máquina.
Tranquilo por ter o meu aparelho de volta, me pergunto: vale a pena tentar ficar com a coisa velha dos outros?

quarta-feira, novembro 14, 2012

Meu primeiro prêmio de artes visuais

Ganhei meu primeiro prêmio de artes visuais. Obviamente não foi uma seleção para  a Bienal de São Paulo. Isso seria demais para um marinheiro de primeira viagem, mas foi muitooooo legal mesmo assim.

Participei de um concurso de artes visuais promovido pela Universidade Federal de Roraima. A ideia era selecionar obras no formato horizontal, baseadas no tema “Do olhar ao tocar: Intervenções na paisagem”, para   compor o calendário 2013 da instituição. 




 

Já disse em outras postagens que sempre tive vontade de ser um bom desenhista, mas nessa já fiquei para trás se comparado com as artes que o Edgarzin, meu filhote, desenvolve. Para compensar, leio todo livro ou catálogo sobre arte visual que me cai nas mãos. Acho fantástica a imaginação e capacidade de realização dos criadores visuais. Acho ainda mais fantásticas as explicações conceituais que dão aos seus trabalhos, dando justificativas profundas a produções aparentemente sem nenhum sentido.

Bem, depois de decidir arriscar a participação no concurso – afinal, o “não” já está garantido e todo “sim”é lucro – fui pesquisar o que significava o tema do concurso. Google prá lá, Google pra cá, formei um conceito e comecei a matutar o que poderia apresentar. Tudo isso em pouco tempo, pois o prazo final já estava chegando.

Bati o martelo em fazer uma intervenção. O desafio agora era definir como seria feita a dita cuja. Pensa, pensa, pensa, descarta ideias, corta ideias, cheguei no material barato e mais facilmente encontrado todo final de tarde: papelão.  Pintar ou não pintar seria a próxima questão. Como não havia plata para investir, fiquei com o marrom-papelão como cor base.

Ok. E agora, o que fazer? Hum...já sei. Vamos fazer algo que denuncie e desperte algum tipo de reação negativa contra a poluição dos igarapés, a falta de boas ações na área ambiental e ao mesmo tempo aponte para o descaso com os espaços públicos de lazer. Fácil que só. 


Era só ir na beira do igarapé Mirandinha, canalizado e poluído (veja imagens aqui) e fazer lá a parada. Mas antes que tal ir no parque Anauá? Aliás, meu rei, que tal, antes de tudo, fazer os objetos da instalação?

Convidei dona Zanny Adairalba, patroa e companheira de Coletivo Caimbé, para dar uma força. Edgarzinho Bisneto veio junto. Aliás, se vacilar, o moleque já produz arte melhor que a nossa...


Bem, tirando os excessos de pai, a verdade é que o guri deu sua contribuição e ainda aprendeu que o papai, além de fazer trabalho literário, também faz “arte moderna” (depois tentei ensiná-lo a falar “arte contemporânea” , mas é mais difícil. Hoje, após muitas leituras, falaria apenas artes visuais).

O processo de criação e produção demorou uma noite e uma manhã, envolvendo a criação de dois conjuntos de bonecos de papelão. 


Para resumir a história, vou falar apenas sobre o que foi selecionado. Se cinco pessoas aí tiverem interesse em saber dos outros, é só falar isso nos comentários e faço um up date (sim, é quase uma campanha por comentários).


Dos recortes de material, Edzin faz a sua arte moderna

No final da noite, Zanny e Edgarzinho exibem o “Sam”

Hora de recomeçar os trabalhos de arte moderna, baby

Corta, corta, corta...

Homenzinho...

Tirando as medidas

Hã? Quem são esses?

“Papai, todas as pessoas têm olhos. Eles precisam de olhos...”

Teste

O plano

Tentativa 1: esquecemos os bancos de madeira, muito vento, contraluz e marrom sobre marrom não dá destaque

Tentativa 2: Sente a diferença nas cores

Montagem


A colorida contribuição do Edgarzin ao projeto “vamos ganhar um prêmio de artes visuais”

Um brinde com os ETs no final de tarde. Não se iludam: estávamos sendo devorados pelos lendários mosquitos picadores do parque Anauá.

Logo depois dessa foto uma legião de mosquitos entrou nas minhas narinas. Fora isso, as picadas nas pernas incomodaram por uma semana


A obra

“Domingo no parque” é o título da intervenção. Poderia ter sido melhor? Poderia, mas para uma primeira vez nesta seara, tá de bom tamanho. E além do mais, incorpora um novo item à aba das premiações lá no topo do blog, somando-se às que tenho em literatura, audiovisual e jornalismo.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Noutros lugares mas pensando sempre neste aqui

Tenho abandonado este meu querido blog. Tudo por conta do excesso de trabalho nalguns dias, da facilidade de postar coisas no facebook ou retuitar coisas no Twitter ou ainda por andar postando em outros lugares.
Por isso estou colocando links de outros lugares por onde ando. Verão que são poucos, mas limpinhos.

Blog do Coletivo Arteliteratura Caimbé.

Blog do Livro Sem Grandes Delongas (até este anda abandonado).

Para fechar, foto de flores. Toda sexta publico uma no perfil do FB, dando uma de gentil com os colegutchos daquela rede.


quarta-feira, outubro 31, 2012

Sonho erótico

Ontem tive um sonho erótico agitado. Estava em casa quando uma nota de R$ 100 entrou toda oferecida pela porta, caiu aos meus pés e sussurrou: me pega com força, me usa, abusa, me estoura e depois me joga no primeiro balcão que estiver à tua frente. 
Eu, todo submisso, fiz tudo o que essa nota bandida pediu...

segunda-feira, outubro 29, 2012

Selecionado no VI CLIPP - Concurso Literário de Presidente Prudente


Faz uns dias que recebi o e-mail mas só agora arranjei tempo para ver o conteúdo do conto "Promessas", selecionado para compor a coletânea do VI CLIPP - Concurso Literário de Presidente Prudente (SP), que teve 319 participantes e 1.015 textos inscritos.

O lançamento do livro foi dia 27 de outubro, às 19h, durante o 3º Salão do Livro de Presidente Prudente.

Veja o texto:

Promessas

Sim, você gosta dele. Muito, muito, muito. Continuará gostando quando te contarem que o viram saindo de uma boate abraçado a uma loira. Não ligará quando chegar a mensagem de texto afirmando que foi visto numa festa com uma morena. Ele nega e jura amor exclusivo.
Casará, acreditando nas juras dele. Ficará calada quando ele começar a ficar na farra por vários dias seguidos, chegar em casa com a roupa cheirando a perfumes desconhecidos, não quiser contar o que houve e apenas repetir o de sempre: que te ama e nada mais importa.
Não ligará quando ele estiver na farra e você estiver botando no mundo o primeiro filho. O mesmo vai acontecer no segundo: sempre a solidão na hora do parto, mas você continuará dando uma chance, pois o ama mais que tudo e ele prometeu que vai mudar.
E então surgirá a notícia: numa briga, o namorado enciumado de alguma outra mulher o esfaqueou cinco vezes e ele morreu antes que o resgate chegasse.
Você chorará a perca de seu primeiro amor, mas agradecerá a Deus pela recompensa vinda: um rechonchudo seguro de vida e uma boa pensão. “Valeu a pena esperar”, pensará, ficando tentada a contar para os seus filhos que aquele não era o pai de nenhum deles.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Fazendo BookCrossing em Boa Vista




Vou participar do 5o BookCrossing Blogueiro, uma iniciativa tocada pela antiga companheira de blogagens Luma Rosa (acho até que começamos juntos na época dos blogs do IG e depois migramos para a plataforma blogger).

Enfim, a Luma convidou pela 5a vez e agora é que li de fato o que era. Basicamente é soltar um livro em algum lugar público com uma nota dizendo que foi proposital e que se espera da pessoa que achou a leitura nova liberação do volume. Mais detalhes? Vai aqui.

O livro será um exemplar de minha obra Sem Grandes Delongas. O local? Ainda não sei...

Se achar um desses por aí, fui eu que joguei pra ti, bebê




P.S.: quando este ano estive em Sampa, deixei alguns livros meus e um de Zanny Adairalba na Casa das Rosas, um dos pontos de BookCrossing lá no sudeste. A moça do atendimento disse que ia cadastrar e botar pro mundo. Se fez, não sei. Espero que um dia alguém me passe e-mail dizendo que leu.

terça-feira, outubro 09, 2012

Poema meu na III coletânea TOC 140, da Fliporto 2012

Fiquei sabendo ontem que um pequeno poema meu foi selecionado para integrar a terceira coletânea do  TOC140 – DESAFIO LITERÁRIO – POESIA NO TWITTER - Prêmio FLIPORTO 2012.  Foi uma das pequenas felicidades que deixam a vida mais bacana.

O texto é este:

Deserto lá fora
Choveu o dia todo
Dentro de mim

Entre 2.500 poemas de 500 concorrentes, o texto foi selecionado pelos professores mestres Haidée Camelo Fonseca e Robson Teles, numa banca presidida pelo advogado e escritor Antônio Campos, Curador da Fliporto (Festa Literária de Pernambuco). Também foi selecionado, pela segunda vez, um texto de Zanny Adairalba, poeta colega no Coletivo Caimbé. Somos os únicos de Roraima a participar do livro.

Ah, o texto selecionado faz parte da mostra de poemas emicronarratiavs Curt@s Histórias e Poesias. Olha a arte que o ilustra:







Caso queiras conferir os demais poemas selecionados, vai aqui

quinta-feira, outubro 04, 2012

Uma cidade desmanchando


Está cada vez mais complicado dirigir nos horários de pico em Boa Vista. Falta engenharia de trânsito, sobram buracos e má educação. Os guardas e as campanhas educativas contínuas sumiram.

Está cada vez mais complicado admirar a natureza em Boa Vista. Falta educação ambiental, sobre gente avançando sobre os igarapés e poluição. 

As políticas culturais inexistem. Cidade criativa é um termo ouvido ao longe em programas da TV paga. Preservação do patrimônio material e imaterial é coisa de gringo que não tem o que fazer. Quando se faz, faz-se festa, pura e simples, sem deixar nada para o outro dia.
 O sistema de transporte coletivo é caótico e ineficiente. A gestão pública atingiu seu ápice de incompetência. O grau foi tão elevado que ninguém quis ligação com a administração vigente, nem a chapa cuja  candidata a vice é do partido do prefeito.

Chegou-se a tal ponto que a principal promessa é “reerguer, revitalizar, renovar, restaurar” Boa Vista. Tudo focado em tapar buracos e limpar ruas. Estão oferecendo o básico quando deveríamos estar à espera de projetos de desenvolvimento sustentáveis para todos os setores. Mas não foi assim e é pelo básico que estamos desesperados.
A cidade está desmanchando diante de nossos olhos. E isso não é uma metáfora.
Na perifa, o medo do roubo, do furto, do assalto é uma constante, sobretudo nas horas de ir e vir da escola, do trabalho.
Na perifa, o pouco que se faz no centro não reverbera. A perifa está à própria sorte e os meninos estão cada vez mais armados, mais furiosos, achando que tudo de bom não é para eles e por isso devem pegá-lo à força do facão. Eles não sabem que todos estão descontentes, menos os grupos que sempre se dão bem, alimentando e sendo alimentados pelo dreno da corrupção.
Uma hora essa bomba estoura de vez.

Os culpados? Diretamente: os governantes e seus assessores, os dirigentes, os parlamentares, especificamente os aliados de hoje e de ontem, que não cobraram eficência, pois estavam ocupados fazendo qualquer coisa menos cumprindo suas obrigações.

Indiretamente: a população do “deixa-pra-lá” e do “toma-lá, dá-cá”, os indiferentes, os aproveitadores, os que acham que é assim mesmo, os que não percebem que o buraco está crescendo e uma hora todo mundo vai cair.

Independente do resultado desta eleição, boa sorte para todos, sobretudo para os que vamos continuar dirigindo no trânsito infernal, usando o sistema público de saúde e de educação, procurando emprego ou tentando montar negócio, esperando políticas públicas para setores fundamentais ao progresso coletivo.

Tomara que a boa sorte chegue antes da cidade sumir em meio a tanto descaso.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Entrevista no Canal AmazonSat sobre poesia e outras coisas

O programa Via Cruviana, que passou no Canal Amazonsat entre os dias 26 e 28, veiculou uma matéria comigo, falando sobre prêmios literários, trabalho no Coletivo Caimbé, poesia, o livro Sem Grandes Delongas e umas outras coisas. Deixo aqui o link da entrevista, feita por Tayane Fraxe.

quarta-feira, setembro 26, 2012

As artes do Edgarzin

"Com a graça de Deus e Basquiat, Nova Iorque me espere que eu vou lá."
Zeca Baleiro

Toda vez que o Edgarzin desenha lembro dessa música do Zeca. O moleque já passou pela fase do papel, pelas paredes da casa, pela agenda dos amigos e até já deu um pichada no muro do quintal. Tudo ao velho estilo manual.

Eu, que nunca fui bom de desenho, mas adoro uma arte visual, me amarro. Em novembro de 2011, numa das suas diversas internações fizemos até uma exposição no hospital onde passou quase uma semana tentando respirar bem.







Adicionar legenda






Essa mesmo expo foi parar depois na Galeria Cozinha, que a mamis dele montou em nossa maloca.

Dou-lhe a maior corda, compro papel, lápiz de cera, aquarela, tudo o que ele puder usar. Faz bem incentivar os bons hábitos dos moleques.

Ultimamente o indiozin começou a desbravar os campos da arte digital com o bom e velho Paint.

Inicialmente eu abria o programa, mostrava como fazer e tal. Depois de uns dias, peguei um susto quando o vi passando pela sala carregando o notebook em direção à sua mesinha.

Lá, abriu e ligou o note, acessou o Paint e começou a compor seus desenhos misturando as formas prontas do programa com os traços que já consegue fazer.

Disso faz poucas semanas. Estamos salvando tudo, pensando em, quem sabe o futuro?, vender tudo a preço de ouro no dia que ele virar um artista de renome.

E como bons curiosos pais que somos, vez ou outra vamos lá na pasta perguntar o que é tal desenho, o que é aquilo e outro. E ele fala: fábrica de beijos, espaço sideral, ônibus passando numa ponte, castelos...adoro o tom de voz dele jogando as respostas...

Se liga nessas fotos aí, especificamente no olhar concentrado enquanto os dedinhos controlam o mouse touchscreen do notebook. É a arte digital tomando conta do portfolio de meu artista.















Com a graça de Deus e Basquiat (artista que a mamis dele e eu admiramos)

segunda-feira, setembro 24, 2012

Agenda literária de outubro

O mês de outubro vai ser cheio das atividades no Coletivo Caimbé. Confere onde podes me encontrar para pagar um refri:


4 e 5 de outubro (quinta e sexta)


Exibição da mostra de fotografia, poemas e micronarrativas "Curt@s histórias e poesias", com textos meus e fotografias minhas, de Zanny Adairalba e Edgarzinho Borges Bisneto. Será na Escola Estadual Penha Brasil, bairro Aparecida, como parte da festa de encerramento de um projeto de leitura.

6 de outubro (sábado)


Sessão de autógrafos dos livros Repoetizando, de Zanny Adairalba, e Sem Grandes Delongas, de minha autoria, na livraria Saber, às 10h. A atividade faz parte das celebrações dos três anos de aniversário da loja, que fica na avenida Ville Roy, 4896, Aparecida (Em frente à Femarh).


20 de outubro (sábado)


II Encontro dos Cordelistas em Roraima - Sábado, 16h - Forródromo do Parque Anauá.
(Não que eu seja cordelista, mas vou estar lá.)


26 de outubro (sexta)


Happy Hour Poético na livraria Saber, com muitos poetas e escritores convidados. A partir das 18h.


28 de outubro (domingo)


Exibição dos filmes do DIA 2012 (Dia Internacional da Animação) na Associação Grupo de Mães Anjos de Luz, Rua Austrália, 465, bairro Cauamé. A partir das 19h, com entrada franca.


29 de outubro (segunda)


Participo da mesa redonda "A internet como ferramenta  positiva na formaçaõ do leitor crítico", no XII Encontro Estadual de Incentivo à Leitura (Proler). Às 9h45, no Palácio da Cultura.

E só. Fora isso, o trabalho normal e a busca de grana para voltar à estrada e deixar as quatro paredes para trás.

quinta-feira, setembro 06, 2012

Sentimentalismo latino


Em algum momento na longa vida deste blog já falei que nós, criados na América espanhola, temos forte tendência a ser o que alguns brasileiros definiriam como amantes da música brega. 

Mesmo num país como a Venezuela, onde o merengue e a salsa dão, literalmente, o ritmo da vida, há espaço para músicas como as rancheras, originárias do México, que batem fundo em corações apaixonados.

São letras e melodias feitas para embalar corações apaixonados, estando ou não sendo correspondidos. 

Lembro que quando era criança vi muitas pessoas em bares e tascas ouvindo esses sons e chorando por uma mulher ou um cara filh@ de uma mãe que não lhes dava a devida atenção. 

Uma boa música ranchera e uma garrafa de cerveja ou de rum fazem a diferença na hora de aliviar as dores do amor. Muito melhor que ouvir rock. Aliás, se há algo com que o rock não combina é com alivio para um coração machucado. Ou não?

Voltemos à minha história: já no Brasil, por questões geográficas, me afastei das rádios e dos ambientes onde se ouvia música ranchera. Verdade que trouxe e ao longo dos anos comprei fitas cassete (lembra disso?) e CD’s que agiam como pontes entre as recordações de meu passado na Venezuela e o  presente, tão cheio de outros ritmos em língua diferente.

E aí chegou a internet, facilitando o acesso aos mp3 da vida. E veio o youtube, alimentado por milhões de pessoas dispostas a compartilhar seus acervos originais e pirateados. E veio forte como nunca a onda das regravações. E veio Maná, regravando, como já fez com um monte de composições rancheras, Hasta que te Conocí, escrita por Juan Gabriel. E vim eu, consolidando minhas conclusões sobre o Maná: são bregas que só e é por isso que são bons e eu gosto.

Tudo isso foi para te apresentar duas versões da mesma música. No primeiro você verá Hasta que te conocí interpretada pela turma do Fher. No segundo está uma versão longa com Juan Gabriel acompanhado por mariachis  e uma uma orquestra sinfônica. 

Se você tem neste momento algum problema amoroso e entende um pouco de castellano, recomendo que não assista. Emociona. 

Vamos lá, chorar: 






E agora, com Juan Gabriel: