O prêmio contou com inscrição de 176 trabalhos em nas categorias Poesia Livre, Conto Livre, Poesia Ensino Médio e Poesia Ensino Fundamental, sendo que os três trabalhos selecionados em cada categoria serão publicados em uma obra denominada Coletânea de Poesia e Conto. Prêmio de Literatura Sesc-RR 2010.
As escolhas foram realizadas por uma Comissão de profissionais convidados pelo Sesc que durante quase um mês avaliaram todos os trabalhos inscritos. A Comissão foi composta pelo professor, escritor e músico Airton Vieira, professor Roberto Mibielli e o escritor e colunista Afonso Rodrigues de Oliveira
O Gerente de Cultura do Sesc, Francisco Pinheiro, salientou que todos os classificados que estão sendo divulgados terão seus trabalhos publicados na coletânea, entretanto o resultado final com a ordem de classificação só será divulgada no dia 10 de novembro, durante uma cerimônia de premiação e lançamento da publicação, na XX Feira de Livros do Sesc.
Os autores que tiverem suas obras publicadas na Coletânea receberão placas alusivas e certificação e cada um receberá 15 exemplares da Coletânea publicada, e ainda, as escolas que tiverem alunos com trabalhos selecionados para publicação receberão placas e certificações.
Confira a lista dos classificados
Akira Matsushita - A Flauta (conto)
Aldair Ribeiro dos Santos - Solidor (poesia)
Ana Karolyne Martins Silva - Digo que te amo (poesia)
A turma da capital mais setentrional do País mandou ver seus versos nos classificados do jornal Roraima Hoje, integrando-se à quinta leva dos #Versificados. Clique para ampliar.
Quem folheou os classificados do jornal Roraima Hoje no final de semana se surpreendeu ao ver poesias misturadas aos anúncios de compra e venda.
Os créditos dessa idéia vão para @arautonho, pai do movimento #Versificados, que junto com @laischaffe , criadora do nome, e @raissando, responsável pelo logotipo, decidiram espalhar poesia de forma incomum nos veículos de comunicação de massa.
Em Roraima a iniciativa teve apoio do jornal Roraima Hoje e contou com a participação de poetas roraimenses, do Centro-oeste e do Sul do País.
Se você quiser saber mais sobre esse movimento que está tomando conta do Brasil, acesse o blog do #Versificados.
Clique para ampliar e ler os #Versificados
terça-feira, setembro 21, 2010
Sombras de Boa Vista
Praça das Águas, março de 2010
sábado, setembro 18, 2010
Sombra de Brasília
Em frente à Academia de Tênis – abril de 2010
terça-feira, setembro 14, 2010
Hulk X Exterminador do Futuro: o filme que você gostaria de ver
Qual será a melhor escolha para dirigir este filme?
segunda-feira, setembro 13, 2010
Poesia nos classificados = #Versificados
E aí, pessoal que faz poesia?
Quem quiser integrar-se ao movimento poético #Versificados, idéia de uma turma que faz poesia nas demais regiões do País, terá o próximo sábado (18 de setembro) para iniciar-se nesta onda.
A idéia é bem simples: publique um ou mais poemas nos classificados dos jornais de sua cidade e depois mande a imagem deles para o blog do #Versificados publicar. A meta é espalhar poesia de forma incomum nos veículos de comunicação de massa.
Em Boa Vista, o jornal Roraima Hoje já disse que vai abrir espaço. É só mandar na sexta-feira (17) um e-mail para roraimahoje@gmail.com, com o assunto “Para publicação #Versificados”. No corpo do e-mail, insira o seu poema e aguarde o sabadão chegar.
Se quiser e tiver abertura, pode publicar nos demais jornais da cidade: Folha de Boa Vista e Monte Roraima.
Para conhecer o padrão de publicação que o pessoal faz lá fora, acessa o blog do #Versificados.
domingo, setembro 12, 2010
Surpresas no reggae
O sábado fechou bem. Estive num show da banda Guy-bras, que levou muito reggae próprio e de outros autores no Sesc Centro, aqui mesmo em Boa Vista.
O show Transparente Reggae foi comandando pelo guianense naturalizado brasileiro Mike Edwards, mais conhecido como Mike Guy-bras. Ele fundou há 17 anos a melhor (e salvo engano, única em atividade constante) banda de reggae de Roraima, com dois discos gravados, “To Zion” e “The Best Of Guy-Bras”
Acompanhei há muitos anos, bem antes da banda surgir, a que acredito ter sido a primeira vez de Mike nos palcos. Foi no Todos os Cantos, show mensal que o próprio Sesc promovia em sua unidade do Centro. O negão, que trabalhava como vendedor de doces na rua, pediu para tocar e interpretou uma música de Bob Marley, encantando a platéia. Fui o primeiro jornalista a buscar o cara para fazer uma matéria para impressos. Lembro que a entrevista foi em frente à escola São José, na beira do Rio Branco.
Desde lá já vi muita coisa do Mike e sua banda. A galera é extremamente querida aqui, principalmente na zona Oeste de Boa Vista. Tocam, obviamente, muito Bob Marley, mas também sua composições próprias, canções que o público acompanha e sempre pede bis.
O show de ontem, no entanto, foi diferente. A Guy-bras estava gravando seu segundo DVD (do primeiro é bom nem lembrar: a empresa, especialista em formaturas, fez boas imagens, mas captou áudio direto e saiu aquela coisa ruim de se ver, acabando com a empolgação dos reggueiros...). Para complementar o espetáculo, Mike convidou várias pessoas para cantar. Seu parceiro de outros shows, Wilton Fernandes, cover do Raul Seixas, foi o primeiro a subir. O cara é a cópia do Raulzito e é outra figura querida aqui na cidade. Depois subiu um hippie (o salão do Sesc estava cheio deles, os animados convidados especiais da banda), que mandou ver a clássico “Metamorfose Ambulante”. Ouvir essa letra cantada por alguém que de fato escolheu uma vida diferente dos “sujeitos normais” é outra história...
Outros convidados também subiram, como o roqueiro Rubens Júnior, cantando letras da própria Guy-bras. Entretanto, o destaque, o motivo de estar escrevendo esta postagem, apesar da dor nos dois pulsos por conta da tendinite, a surpresa, não foi nenhuma dessas participações. Para mim, o grande lance da noite ficou por conta de Leonela, uma das cinco crias de Mike com Alicia, sua esposa e backing-vocal.
Leonela é uma adolescente séria, caladona, de poucos sorrisos nas horas de show. O oposto de papai e mamãe. Há anos ela acompanha a Guy-bras como backing, mas confesso que até ontem nunca havia ouvido claramente a sua voz (isso já aconteceu comigo em relação a outras vozes de apoio, verdade seja dita). Bem, posso dizer que ontem foi uma excelente primeira vez.
A canção inicial que ela interpretou não me empolgou (desculpem, mas sou péssimo para decorar nomes de músicas em inglês, mesmo sendo as clássicas do reggae.). Na segunda, Leonela parecia ter aquecido a voz para sua entrada solo e até já estava balançando o corpo. Da terceira em diante é que o bicho pegou. Saca Aretha? Isso, a negona americana, aquela mesma. Então...pensa na filha da Aretha. Pensou? Essa é a Leonela. O vozeirão do menina é muito bom. Tem suingue, tem energia. É blues, soul, black music pura, incluindo aqui o reggae.
O lance foi tão bom e crescente que a Leonela na última entrada solo já estava até sorrindo ao interpretar a bela “Redemption Song”, fechando com chave de ouro o show de papis Mike, que agora vai agilizar a saída do segundo DVD da Guy-bras.
É isso. Longa vida ao reggae, longa vida à Guy-bras, sucesso para Leonela, que a partir de agora é minha diva local da black music.
Os ditos quando são bem ditos tornam-se benditos. Desde, claro que não os vulgarizemos. Os nordestinos são useiros e vezeiros dos ditos populares. Recentemente o escritor potiguar, Geraldo Queiroz, me mandou um exemplar do seu último livro: “Geringonça do Nordeste – A Fala Proibida do Povo”. Uma beleza de livro. Um verdadeiro glossário de expressões usadas no nordeste. Muitos dos dizeres bem usados atualmente em todas as regiões do Brasil. Mas é muito gostoso você ler expressões, das quais você nem se lembra mais e que muitas vezes nem conhece.
Terça-feira, estávamos na reunião do Fórum de Cultura quando, propositadamente, o roraimense Edgar Borges usou uma expressão muito conhecida pelos nordestinos: “Quem não pode com o pote não pega na rodilha”. Expressão bem oportuna no assunto que se discutia, sobre a provável construção do Teatro Municipal de Boa Vista. Minha mãe usava muito esse dito, sempre que algum de nós extrapolava e cometia uma imprudência. Ela assumia o que fazíamos e simplesmente advertia:
- Quem não pode com o pote não pega na rodilha.
Ontem, pela manhã, eu estava no quintal quando ouvi, lá na oficina do Olímpio, alguém falar pra alguém:
- Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Outro dito que minha mãe usava com frequência. Quando, por exemplo, ela achava que meu pai caíra em falta com alguma coisa simples que ele deveria ter feito. Ele era marceneiro. Num dia, ela precisou comprar uma colher-de-pau. Ela chamou meu irmão mais velho, olhou sarcasticamente pro meu pai e ordenou pro meu irmão:
- Vai ali comprar uma colher-de-pau, pequena, pra mexer o mingau, porque em casa de marceneiro o espeto é de ferro.
Prendi-me pra não rir e vi que meu pai fazia o mesmo esforço. Ainda bem, porque, no temperamento dos dois, o assunto banal e corriqueiro era suficiente para uma tremenda ranzinzice.
Você já prestou atenção em como essas coisas aparentemente banais são muito importantes no nosso crescimento? Já viu como é gostoso você se lembrar de tais insignificâncias vindas de ditos populares, de lugares e em horas tão distintos? Isso faz parte do nosso viver. O prazer que senti em ouvir um ditado numa reunião do Fórum de Cultura foi o mesmo que senti ouvindo-o vindo da oficina mecânica. E isso é cultura, senhores candidatos a postos eletivos. Pensem nisso como plataforma em suas campanhas, senão vamos ter que enfrentar o lodo do analfabetismo político e social por mais um longo período na formação dos nossos descendentes. Pense nisso. * afonso_rr@hotmail.com - 9121-1460
De vez em mes
Mais um vídeo de Ricardo Arjona, um dos meus cantores e compositores prediletos. A letra fala da agonia do cara em relação as mudanças hormonais da parceira, TPM e tal. No vídeo, o que me encanta é o jogo de fotografias indo de um lado a outro da tela e as palavras que jogam como fundo nas imagens em movimento.
quinta-feira, setembro 09, 2010
Femact celebra Dia da Amazônia com exposição
(Publicado originalmente no site da Femact)
Cinco de setembro é o Dia da Amazônia. Para comemorar a data a Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Femact) preparou uma programação especial com o lançamento de uma nova exposição temporária que irá compor o circuito do Museu Integrado de Roraima (Mirr).
De acordo com Luciana Surita, presidente da Femact, a mostra é uma mistura de arte e literatura, composta por telas do artista plástico da etnia Macuxi Bartô, fotografias de Tana Halú e poemas de Edgar Borges e Zanny Adairalba.
“A exposição destaca as peculiaridades da cultura indígena. As obras do artista plástico Bartô são feitas em óleo sobre tela, retratam principalmente a fauna e flora da região com um toque de surrealismo. As fotos de Tana Halu juntamente com os poemas de Edgar Borges e Zanny Adairalba, retratando as peculiaridades da cultura indígena”, destacou.
A mostra já está aberta ao público para visitação no hall do Museu Integrado de Roraima, no Parque Anauá, de segunda a sexta das 7h30 as 17h30. Informações: 3623-1733.
ARTISTAS
Edgar Borges é jornalista e sociólogo, venezuelano e brasileiro, nascido numa aldeia indígena à sombra do monte Roraima, escreve versos e prosa ficcional e real desde a adolescência. Possui textos publicados em livros-coletâneas, sites jornalísticos e culturais.
Publicou um e-book na revista portuguesa on-line Minguante e trabalha em outro de poemas e crônicas em celulose sólida. Escreve quase todo dia no blog Crônicas da Fronteira.
Zanny Adairalba é compositora e poetisa, cursa Administração, na área pública, atua como gestora/consultora cultural, é co-responsável na elaboração e execução de eventos culturais de pequeno, médio e grande porte realizados pelo Município de Boa Vista.
Tana Halu é fotógrafo, jornalista, ilustrador, decorador e contador de história. Tem dois livros publicados em parceria com a escritora Aléxia Link. Sempre saca das mangas histórias mirabolantes de episódios que viveu ou dos quais ouviu falar.
Bartô é Bartolomeu da Silva, nascido em Boa Vista, mas também de raízes macuxi, da região de Maturuca, na Raposa Serra do Sol. Seus quadros, feitos sempre em óleo sobre tela, com um toque de surrealismo, retrata principalmente a fauna e a flora da região.
DATA
O Dia da Amazônia foi criado para conscientizar a população quanto à importância da preservação da Floresta Amazônica, além de promover e contribuir com a formação social e moral do aluno. A data de 5 de setembro foi escolhida em homenagem à criação da Província do Amazonas, em 1850, por D.Pedro II.
Tem música que te chama a atenção por uma ou outra frase e tem música que te chama a atenção por inteiro. Junta uma dessas com clipes interessantes e aí você vai entende o motivo de ser fã desses dois videoclipes do cantor guatemalteco Ricardo Arjona. São músicas com alguns anos de estrada já, gravadas no disco Santo Pecado.
Separadas no CD, foram transformadas uma na continuação da outra no vídeo. Se liga nas locações do primeiro, nos becos de cidade antiga e nos coadjuvantes, que cantam pedaços da canção. A minha cena preferida é quando ele invade uma livraria. Ou será a primeira parte, no jogo de bilhar? Ah, gosto de tudo.
Com vocês: El Problema e Minutos, de Ricardo Arjona.
EL PROBLEMA
MINUTOS
terça-feira, agosto 31, 2010
Curta: "El Dinosaurio" de Augusto Monterroso
Não lembro como cheguei hoje no blog "BiblioFilmes Festival - Baseado no Livro", que se apresenta como "um conjunto de iniciativas para a Comunidade da Língua Portuguesa usando um novo conceito de promoção do livro, da biblioteca e da leitura através das novas tecnologias e do cinema".
Só sei que foi via buscador Google, a bíblia moderna que nos dá respostas para tudo. Da postagem de arquivo fui para a principal e olha que maravilha que encontre: curtas inspirados no microconto/miniconto/micronarrativa "O Dinossauro", de Augusto Monterroso.
Show de bola. Eu mesmo, para o livro que ainda não foi publicado, fiz uma versão do mais famoso dos pequenos contos.
Bom, sem mais lero-lero, curtam aí essas leituras audiovisuais de "El Dinosaurio".
segunda-feira, agosto 30, 2010
Semana do calor
1. Quente, muito quente. O final de semana foi assim. A segunda foi pelo mesmo rumo. Acho que o verão acabou de chegar, daquele jeito...
2.Saiu na imprensa que o La Niña ia aliviar a nossa barra, fazendo com que chovesse um pouco. Acho que foi furada. A única coisa parecida que deu por esses dias veio com tanta ventania que arrancou telhados, derrubou árvores e mandou pro chão postes de publicidade. Chuva mesmo foi só um tantinho, uma bobagem. Se bem que foi destruidora.
4. Dizem que Boa Vista é o fim do mundo. Se é verdade, então está justificado esse calor. Se subir mais um grau, tudo começa a incendiar. O caos vai se instalar e correrá pelo mundo. Aí vai começar o final de tudo o que conhecemos. 2012 é aqui, em Roraima.
sexta-feira, agosto 27, 2010
Homenagem
A escola estadual 13 de Setembro, cujo nome relembra a data de criação do extinto Território Federal do Rio Branco, depos de Roraima, fez hoje sua XII Mostra Poética.
Passei parte da tarde lá, como jurado da modalidade interpretação. Como sempre, foi agradável ver a molecada participando com muita disposição da mostra.
Coordenada desde o começo pelo professor e poeta Aldair Ribeiro, é o evento continuado mais antigo nas escolas do Estado.Já revelou bons talentos, gente que saiu da escola para ganhar prêmios em concursos estaduais e encaminhou pelo caminho da literatura.
Divulgo e ajudo de várias formas a mostra desde a primeira edição. Por isso ganhei hoje o diploma Amigo da Escola 13 de Setembro. O primeiro concedido. Fiquei envaidecido com o carinho.
Depois falo mais. Agora tenho que me esquivar da chuva doida que cai na cidade depois de uma tarde de intenso calor.