Preguiça oceânica (na falta de termo melhor) de gente e de
grupos que compartilham textos homofóbicos justificados por supostos
embasamentos religiosos, de pessoas que acham ‘legal’ e ‘prova de que o Brasil
acordou’ ofender políticos (ou qualquer pessoa, especialmente do sexo feminino)
com palavras de baixo calão. Preguiça de gente que diz ‘odiar políticos e tudo
o que está aí’. Preguiça de mim mesmo, que ainda me dou ao trabalho de tentar
entender tantas certezas desprovidas de contextualização social, histórica,
econômica e cidadã.
sexta-feira, junho 13, 2014
quinta-feira, junho 12, 2014
Da (atrasada ao extremo) participação no 8° Boockcrossing Blogueiro
Como hoje ninguém está vendo blogs, somente a transmissão da abertura da copa do mundo, parece que o tempo, o destino e a coragem finalmente coincidiram de se encontrar dentro de mim, o que possibilitará o ato de, finalmente, postar fotos de minha participação no 8° Boockcrossing Blogueiro, que aconteceu entre os dias 16 e 23 de abril deste ano.
Sim, abril. Ou seja, faz uns dois meses. Não, não soltei o livro nas datas pois, como sempre, fiquei sem passar em lugares como praças ou parques neste período. Ah, e também conta que sempre quero fazer bonitinho o serviço, botando as artes que a Luma Rosa, organizadora do Boockcrossing, faz e mais alguns dados para ver se obtenho retornos.
Sim, abril. Ou seja, faz uns dois meses. Não, não soltei o livro nas datas pois, como sempre, fiquei sem passar em lugares como praças ou parques neste período. Ah, e também conta que sempre quero fazer bonitinho o serviço, botando as artes que a Luma Rosa, organizadora do Boockcrossing, faz e mais alguns dados para ver se obtenho retornos.
Ou seja, quando consegui imprimir a arte, recortar, colar e jogar os livros na rua, já estávamos em finais de maio. Sem contar que, nesse intervalo, um dos livros foi doado à biblioteca de Santa Elena.
Superados todos os fatores atrapalhantes, aproveitei um sábado no centro de Boa Vista, atravessei a praça Capitão Clóvis, joguei o livro numa das mesinhas bonitinhas nas quais ninguém joga xadrez e fui embora. 30 minutos depois passei de novo e o livro continuava lá...tomara que alguém tenha pego. Já pensou se até hoje continua lá?
Superados todos os fatores atrapalhantes, aproveitei um sábado no centro de Boa Vista, atravessei a praça Capitão Clóvis, joguei o livro numa das mesinhas bonitinhas nas quais ninguém joga xadrez e fui embora. 30 minutos depois passei de novo e o livro continuava lá...tomara que alguém tenha pego. Já pensou se até hoje continua lá?
Quadra da praça Capitão Clóvis |
Antes de escolher a mesa. Ao fundo, a avenida Jaime Brasil |
Taí, pega o livro |
Parece que não, mas ele ainda estava lá, escondidinho |
quarta-feira, junho 04, 2014
Sobre o aniversário de hoje
Os Bêbados ou Festejando o São Martinho, quadro do pintor português José Malhoa |
Poderia ser uma orgia de corpos suando outros corpos, de bebida jogada pro alto, com uma banda tocando música no máximo volume, drogas pesadas deixando todo mundo leve, polícia fazendo batida e levando todo mundo preso, mas vai ser apenas uma reunião básica com mamãe, vó Maria José e uns parceiros.
terça-feira, maio 27, 2014
Notas (quase todas) feitas no celular sobre dias em Natal (RN)
21.05.14
Boa Vista, indo a Natal (RN) para participar da Teia da Diversidade Cultural como um dos dois representantes do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura do CNPC.
O avião da Tam chegou atrasado. Saímos de Roraima por volta das 15h, acho.
Como sempre, dormi quase toda a viagem até Manaus
Manaus
Chove no Amazonas.
Pensei que haviam fechado a livraria do aeroporto, mas está funcionando.
Notificações chegando no celular
Ideia interessante do governo do Amazonas. Nunca havia visto no aeroporto. Talvez pela caixa do projeto Mania de Ler ficar colada numa das paredes, bem próxima a uma das portas de embarque, quase envergonhada.
Rio de Janeiro - 22h22
Graças a duas HQs, emprestadas pelo colega Michel Sales, do RR Clube HQ, a viagem não foi tão entediante.
Acho que o voo vai atrasar uma hora para sair para Natal...
O preto Jonas Banhos está no avião, vindo de BSB. Também vai para Teia.
Natal 22.05.14
Natal 22.05.14
3h chegamos no aeroporto, mas só saímos uma hora e meia depois. Só havia uma van e um micro para pegar umas 50 pessoas vindas, principalmente, do Rio e de São Paulo.
Olha a hora. Logo depois o Jonas deitou no chão |
Entrada no quarto: 5h34, mas só depois da fechadura magnética do primeiro quarto não funcionar.
O sol estoura pela janela. Já são 7h30?
No café, a coisa que mais adoro nestes encontros: a diversidade de jeitos e cores.
E esse mar, sem um buritizeiro para lhe fazer sombra?
E esse mar, sem um buritizeiro para lhe fazer sombra?
Na UFRN
Gente de toda proposta na teia da diversidade.
Menina-mulher elegante das culturas afro |
Um dos estandes de venda da feira solidária |
Moça esperando secar as tatuagens temporárias feitas pelos indígenas que estavam na Teia |
Xilogravuras coladas em caixas de fósforos. Arte de Luisa Gabriela, do Ponto de Cultura Feminina, lá do Rio Grande do Sul |
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz - Porto Alegre, durante intervenção com temática remetente à ditadura |
Muitos reclamando da má organização. Parece que não houve transferência de conhecimento da III CNC para cá.
A ministra Marta Suplicy passou por aqui, fez a abertura e tirou foto com um monte de gente.
Na edição do dia 23 de maio, aparecemos na capa do caderno Viver, do jornal Tribuna do Norte, dois roraimenses (eu e Davi, do grupo Ongira Palmares), flagrados pelos fotógrafos enquanto Marta passava.
O negão Jonas Banhos também apareceu na mesma edição, falando da participação da Barca das Letras na Teia da Diversidade:
O negão Jonas Banhos também apareceu na mesma edição, falando da participação da Barca das Letras na Teia da Diversidade:
Clica que amplia |
Oficina de mediação de leitura à tarde. Digamos que não foi tudo isso de interessante e que o sono dominou por boa parte da atividade.
Biblioteca do Departamento de Artes da UFRN |
Vamos ao hotel tirar a nhaca do dia. Pense numa cidade quente.
Dor de cabeça, quem te chamou? Quem?
Tapiocaria Casa de Taipa: que lugar charmoso. Tem até uma árvore de cabaça como a que tinha em nossa casa na Venezuela. Fica bem ao lado do castelo Taverna Pub:
Retorno à UFRN para ver o Bloco Afro Ilú Obá De Min, ponto de cultura em São Paulo. Lindo o espetáculo, forte a energia.
Samba e outras batucadas perto do hotel e o que era sono vira cantoria até a madrugada chegar.
23.05.14
23.05.14
6h
Banho no oceano Atlântico de Natal. Passeio até o Morro do Careca, na Ponta Negra. Um beijo, Iemanjá.
Minha sombra e de Jonas Banhos |
Roda de conversas com os pontos de leitura pela manhã e discussão das nossas propostas para apresentar na Teia à tarde. O dia inteiro de trabalho. O resultado desse encontro dos Pontos de Leitura e das Bibliotecas Comunitárias na Teia 2014 você pode conferir no site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
Veridiana Negrini, da DLBB, durante a apresentação das propostas |
Passeio na orla de madrugada. Dormir cedo para acordar cedo.
24.05.14
24.05.14
De madrugada, Zanny me avisa que foi classificada para a final do Canto Forte.
Pela minha programação de viagem, resultado deve sair enquanto eu estiver sobrevoando a Amazônia.
‘Pra fugir da rotina, praia’, como diz a música. Banho de mar com os novos colegas feitos na Teia.
Sombras, avante! Foto de Maíra Brêtas |
Bródi dos museus comunitários do Rio, Denise Argenta, eu, Maíra Brêtas e Jonas Banhos |
Tchau, Natal. Antes, uma fuga rápida até Pirangi do Norte, ver os oito mil metros quadrados do maior cajueiro do mundo em companhia da turma dos pontos de leitura. Compras rápidas de lembrancinhas, volta voada sem parar na Barreira do Inferno e um banho e troca de roupas veloz para pegar o busão até o aeroporto. Pena que tudo isso de nada valeu, pois o transporte passou antes da hora prevista e nisso perdemos uns 50 minutos no saguão do hotel. Só pegamos busão quando decidimos carregar as malas até o outro hotel.
O tronco que deu origem a tudo. 110 anos de expansão |
O mar de caju |
Homem-caju, na foto de Maíra Brêtas |
Feirinha do cajueiro |
Roberto Mello, do RS, e Maíra Bretas, do RJ, à espera do busão |
Um voo que passa por Fortaleza e Brasília. De lá, Boa Vista.
25.05.14
Chego em Boa Vista às 2h, exatamente 12h depois de deixar Natal. Zanny me pega no aeroporto no carro da Adília. Me contam que ficou em nono lugar no festival.
A viagem só acaba quando se entra em casa e se toma um banho. Agora é esperar a próxima.
quarta-feira, maio 14, 2014
Na estrada, de Boa Vista rumo a Santa Elena de Uairén
Dia 6 de maio fui a Santa Elena de Uairén tentar resolver um problema com a minha documentação venezuelana. Havia tempos que não fazia essa rota sozinho, fosse de carro ou de ônibus. Puxando pela memória, diria que pelo menos uns 10 anos. Acho que a última entrada solitária gerou esta postagem. Ou teria sido esta, fruto de uma outra viagem mas só perpetuada bem depois?
Enfim, seja quanto seja, acordei cinco da manhã e seis horas estava deixando a casa. A estrada está com quase todos os buracos tapados, o que a deixa feito um tapete preto. Para ficar mais segura, só falta sinalizar verticalmente.
Fiz os 230 km entre Boa Vista e Pacaraima em exatas duas horas. No posto da polícia militar encontrei equipes da produtora contratada pelo governo para fazer os VTs publicitários. O povo estava filmando as ações do programa Tolerância Zero nas Fronteiras, implantado recentemente para tentar controlar o tráfico de drogas e afins naquela parte do Estado.
Pessoalmente, achei engraçado ver todo ser abordado para que o pessoal pudesse filmar. Depois de apresentar RG, habilitação e documento do carro à policial, vi que um antigo colega de prefeitura estava na equipe da produtora. Sai da parte coberta do posto da PM e buzinei para o Tino Cabeção, mas ele já estava atrás de outro carro, fora de minha visão.
Quando ia embora, um PM, desses cinquentões, bateu no carro e mandou parar. Pediu todos os documentos de novo, perguntou o motivo de não ter parado na blitz (?), respondi que havia parado sim, perguntou por que o IPVA 2014 não estava pago, respondi irritado (mas controlado, claro, que ninguém se mete com polícia na fronteira) que não precisava pagar pois ainda estava valendo. Perguntou se haviam visto meus documentos, disse que sim e, insatisfeito e talvez querendo fazer bonito pras câmeras, foi perguntar dos colegas se haviam me checado mesmo. Voltou mansinho e mandou que prosseguisse a viagem usando o velho jargão: “pode ir, cidadão”.
Enfim, a viagem foi legal, apesar de não ter resolvido a questão que me levou até a atravessar a fronteira. Meter o pé no acelerador e ouvir a música no máximo faz bem para relaxar. Inclusive, na ida, aproveitei para ouvir todo o novo disco do Calle 13, Multi-viral, que havia baixado um dia antes.
E agora, fotos e legendas que sintetizam a viagem:
Meu destino: o Saime |
Precisa de pessoal para trabalhar ambos sexos? Hum...dubiedade, aqui me tens sem nunca ter saído. |
É de lei: chicha para beber toda vez que entro na Venezuela. Aliás, chicha é a melhor coisa da Venezuela |
Companheiros de lanche na panaderia perto das 4 esquinas de Santa Elena |
Fui caminhar na cidade e aproveitei para entrar pela primeira vez na biblioteca de Santa Elena. Lá, olha quem achei: o livro O livre arbítrio, de Adair J. Santos, pai da patroa |
Acho que nem na biblioteca central de Roraima deve ter cópia deste livro e dos outros dois abaixo |
Ficha do livro, editado em 1986 |
Mais dois exemplares da coleção |
Aproveitei e deixei um exemplar de meu livro Sem Grandes Delongas na biblioteca. |
Frescolita, a segunda melhor bebida da Venezuela depois da chicha |
Parada para lavar o rosto no terminal de ônibus de Pacaraima antes de voltar |
Ao voltar, às 13h30, os PMs continuavam pedido documentos do povo e pedindo para abrir os porta-malas |
Parada na BR 174 para esticar as pernas, molha o rosto e olhar ao fundo a serra do Parima, região onde meu pai nasceu |
Os campos gerais, o lavrado, o cerrado de Roraima |
Seguindo reto, sobe-se a serra e para-se na Venezuela |
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