segunda-feira, janeiro 02, 2017

Minha retrospectiva 2016



Tava vendo umas retrospectivas lá no facebook e fiquei impressionado com quantas coisas a galera fez em 2016. Chega a ser intimidador o número de conquistas pessoais de alguns colegas. Sabe aquela sensação de “véio...o que tu fez mesmo nos últimos 12 meses?”.


Enfim...Como estava de folga na última semana do ano e como acredito que até as 23h59 de cada 31 de dezembro algo de bom e fantástico pode acontecer em nossas vidas, deixei para falar de 2016 somente agora.

No Twitter, entretanto, destaquei ainda em 2016 a minha grande conquista: ter sobrevivido a este aninho vagabo.

Acho que só isso já é uma grande vitória. Só que daí lembrei que fiz outras coisas entre os momentos que tentava não morrer de tédio ou esperar que um saco de dinheiro caísse em meu colo. 

Na verdade, não lembrei de nada. Decidi vir checar o que havia escrito aqui no blog para conferir que paradas andei fazendo entre janeiro e dezembro.

Bem, vamos rapidinho à retrospectiva menos esperada do mundo blogueiro:

1.       Em março chegou o aviso de que havia sido selecionado no concurso/antologia do Prêmio Sesc/DF de Literatura – Crônicas Rubem Braga. O texto foi “O mugunzá de dona Vanda”. Meses depois recebi o certificado. Livro que é bom e parecia que teria, nada até hoje.     

2.       Em abril, junto com os poetas do coletivo Caimbé, fechamos a contabilidade das edições do Sarau da Lona Poética feitas por conta de um projeto aprovado no Ministério da Cultura. Entre novembro de 2015 e abril de 2016 fizemos 11 saraus e contabilizamos os seguintes convidados: 21 poetas e declamadores, 11 músicos e 26 artistas visuais e fotógrafos.     




3.       Em maio deixei Roraima rumo ao sul do Brasil e lá em Porto Alegre (RS) bati um papo sobre literatura e ativismos culturais na Amazônia Setentrional. Além disso, dei umas passeadas por Santa Catarina e o Rio de Janeiro. Mas este ano fui tão lerdo que só escrevi sobre isso em agosto. 

4.       Em junho fiz parte da organização do Intercom Norte, que aconteceu na Universidade Federal de Roraima. Só que não escrevi nada sobre isso (e quase não lembrava mais).

5.       Julho foi mês de gravar um som com meu bródi rapper Big Berg. Óbvio que não cantei. Apenas declamei o poema introdutório para a música “Tempo ao tempo”. Sobre isso, fui escrever só em dezembro... 

6.       Agosto foi legal: publiquei um artigo, escrito coletivamente, sobre gestão cultural em um livro da Editora da UFRR e também fui até Manaus (AM) com os amigos para realizar uma edição do Sarau da Lona Poética que integrou o circuito Sesc Amazônia das Artes. 



7.       Em setembro entrei na vibe de contar histórias indígenas. Comecei indo às salas das turmas de uma amiga. As reações das crianças alegravam os meus dias.


8.       Em outubro participei de uma exposição de carrinhos e bonecos de ação, o Hobby Roraima. 

9.       Novembro foi um espetáculo: passei praticamente metade do mês fora de casa, só fazendo, conversando e vivendo arte, cultura e outras coisas gostosas. No Rio Grande do Sul rodei por três cidades e participei de duas feiras de livros falando de ativismo cultural e contando histórias. Voltei para a maloca, passei uns dias tranquilão na rede, fui na UFRR palestrar sobre cultura e ações colaborativas e depois embarquei para São Paulo, onde contei histórias indígenas no Sesc Pinheiros. 


 




10.   Dezembro foi aquela coisa: desacelera (ainda mais) a vida, volta a contar histórias na escola, monta (pela primeira vez) um presépio com os bonequinhos da coleção, vai na casa dos amigos e dos familiares comemorar o final do ano e espera para ver o que rolará de bom no outro ano.   



11.   Tem uma contabilidade bacana de 2016 que não havia rendido postagem até agora: organizei com o Coletivo Caimbé o total de 13 edições do Sarau da Lona Poética. Rodamos por Boa Vista, Alto Alegre, Iracema, comunidade indígena Canauanin e Manaus (AM). Além disso, realizamos na comunidade indígena Ilha a segunda parte do projeto Mais Cultura nas Escolas, uma parceria com os Ministérios Cultura e da Educação. Sobre esta atividade, algo tem na postagem no blog do Coletivo. 


Enfim...foi só isso que fiz. Se tivesse feito uma coisa atrás da outra não daria dois meses de trabalho e feitos, eu sei. Entretanto, como dizia o sábio chinês no topo da montanha nevada na longínqua Ásia: é o que temos para hoje, amanhã e depois, pequeno gafanhoto.

Que venha 2017 do jeito que quiser.



sexta-feira, dezembro 23, 2016

Meus dias de rapper (ou quase isso)


Gente, e o ano ia embora sem que eu falasse desta parada super bacana que aconteceu em julho.

O rapper Big Berg me convidou para fazer um poema introdutório para a música “Tempo ao tempo”.

Na verdade, ele pediu um texto curto que falasse de tempo. No vácuo, sem conhecer a letra, bolei essa abertura. Daí ele me chamou para gravá-la lá no estúdio Parixara.

 
Edgar Borges e Big Berg

O resultado está aí. Ouve a história:

terça-feira, dezembro 20, 2016

O nosso presépio de Natal / pesebre de Navidad / Christmas crib de 2016

Quando era moleque na Venezuela uma das melhores épocas para ver coisas bonitas era o Natal. Em minha cidade, Guasipati, havia um concurso da rua mais bonita, o que levava a pessoas a pintarem até o asfalto com imagens de todos os tipos. Quem podia, iluminava a fachada de sua casa com as luzes natalinas.

Uma vez fui a Ciudad Bolívar, capital do estado de mesmo nome, no final do ano e vi um monte de casas com belos presépios. Sempre gostei de ver quais elementos faziam parte da decoração. Na igreja católica de Guasipati, o presépio tinha mais ou menos uns 3 x 2m. Passava longos minutos admirando tudo.

Enfim, em Boa Vista nunca achei muito valorizado isso da própria comunidade embelezar as ruas e colocar presépios na frente das casas para que os transeuntes os admirassem. No máximo, umas luzes nas árvores. Mas não culpo: cidade maior, gente que pega as coisas e leva, ventanias, eventuais chuvas...Não rola, né?

Eu mesmo nunca fui de montar presépios ou montar árvores de Natal, mas depois que o Edgarzinho nasceu, mais por conta da parte lúdica do que por crença cristã, todo ano a gente monta a árvore (e espera o Papai Noel, para juntar bem a “magia” do Natal com as paradas capitalistas que a mídia nos joga a cada momento).

Por alguns anos montamos um desses pinheiros de plástico. Na verdade, os montadores sempre foram o Edgarzinho e sua mãe, Zanny. Eu basicamente fazia a parte de comprar luzes se todas estivessem queimadas ou repor algum adorno. Há uns dois anos pegamos uma árvore seca ou um galho grandão, não sei bem, pintamos (Zanny pintou, sendo sincero) e ela  passou a ser a nossa árvore natalina versão ecologia-reaproveitamento-de-material-que-poderia-ser-descartado.

Este ano, decidimos inovar e montar um presépio. Inspirado por esta imagem, que ano vai, ano vem, o povo compartilha nas redes, joguei a ideia lá na maloca: “vamos usar os bonequinhos da coleção e fazer a cena do nascimento de Jesus? Basta pegar uma caixa de papelão e pronto”.



Feito isso, a equipe paterna Borges e Adairalba entrou em ação, o que resultou no primeiro presépio que montamos nos oito anos de vida do Edgarzinho, que também participou da produção.
Tendo Batman no papel do José, Catwoman como Maria e Jesus sendo representado pela bonequinha Zanny (que a Zanny da vida real ganhou de seu pai no dia em que nasceu), eis o nosso presépio, gente:







Entre os espectadores, o único “rei mago de verdade” é o Dr. Estranho, que está aí já jogando umas bênçãos na Zanny. 

Os Transformers e os animais e dinossauros vieram direto da coleção do Edgarzinho. O Wolverine ficou meio escondido (acho que ele está mais para segurança do que para rei mago, né?). E não esqueçamos de destacar a action figure do Odin, o Pai de Todos, vendo aí o nascimento da concorrência.Ah, e a Cheetara dos Thundercats cavalgando um dino.

Ah, fizemos um vídeo também, com música e tudo mais. Confere:

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Contar histórias, despertar imaginações

Então finalmente chegamos ao final de 2016, um dos piores anos em termos de política dos quais me lembro. A minha sorte é que rolaram muitas coisas legais e isso ajuda a afastar a tristeza criada pelos rumos que o país está tomando na mão da turma do Temer e suas PECs e reformas que não visam facilitar nada para o povo e sim para os empresários e os financistas.

Uma dessas coisas legais que aconteceram em 2016 foi o meu ciclo como contador de histórias indígenas.

Como os leitores do blog sabem, este ano teve contação em Boa Vista (RR), Porto Alegre, Novo Hamburgo e Morro Reuter (RS), além de São Paulo (SP). 

A última sessão de histórias deste ano rolou nesta quarta-feira (14/12), com uma turma do quinto ano da escola estadual Diva Lima, aqui mesmo em Boa Vista. Fui lá a convite da professora Helém Feijó, que me recebeu com as crianças na biblioteca do colégio.


Voa, voa, passarinho contando histórias





Convidando as crianças a entrarem no clima das histórias, elas de fato pularam e deixaram a imaginação fluir a cada momento, gerando muitas perguntas tanto no meio como no final da sessão. É interessante ver o tipo de questionamento que surge a cada momento destes. Alguns são engraçados e outros são bem surpreendentes.




Turminha linda da escola  Diva Lima

Enfim, cabô contação em 2016. Que venha 2017 com novos desafios, novos momentos bacanas como estes.

terça-feira, dezembro 13, 2016

Expondo miniaturas de batmóveis, Batmans e Transformers

O ano quase acabando e só agora lembrei de fazer uma postagem sobre um evento que rolou no dia primeiro de outubro aqui em Boa Vista.

Uma penca de colecionadores de miniaturas de carros, action figures (ou bonequinhos ou figuras de ação, como você preferir) se reunião na quadra do Sesi Roraima para a primeira edição do Hobby  Roraima.

Na postagem tem fotos minhas e de um dos expositores, chamado Rawlinson Oliveira. Confiram: 





Concentração de colecionador

Batman's!



Batmóveis, batmobiles

Joker, Bane, Catman, essa turma boa do Batman



 
Se me lembro bem, foram uma 60 mesas ocupadas pela turma de colecionadores. O encontro foi organizado, entre outras pessoas, pelo Tom, que tem um canal bem legal no Youtube, o Garagem do Tom

Eu ia levar apenas uns batmóveis e uns temáticos do Star Wars, além de bonecos ligados ao mundo do Batman, mas o Edgarzinho decidiu e enfiou na maleta umas peças dos Transformers que ele tem. E só agora me toquei que não fiz fotos dos bonecos do meu bebê...Ainda bem que ele não sabe que este blog existe...



Aqui tem três carrinhos que eu customizei



Até tentei argumentar que não iria levar, mas desisti. Ele não me acompanhou desde o começo da exposição, mas foi no quase no final e morreu de orgulho de ver seus bonecos ali na mesa.

Aqui é possível ver a outra exposição da qual participei efetivamente em 2014, quando ajudei a montar a primeira do gênero em Roraima

Pena que um dos outros organizadores dessa aí ficou com ciúme/inveja/sei lá o que da postagem, fez a cabeça do povo que tava junto, me tiraram dos grupos de facebook e Whatsapp que tínhamos...Foi uma treta violenta, com um monte de invenções e a galera embarcando nela e ficando com raiva de mim. Depois, bem depois, alguns vieram pedir desculpas quando sacaram que o sujeito havia inventado tudo e também os estava sacaneando. No fim, a pessoa brigou com todo mundo daquela época. Tudo por uma questão de ego...

Pulando a memória desagradável, aqui é possível ver uma outra exposição da qual participei também aqui em Boa Vista.