Eleições limpas, sindicato limpo
Como entender que no último dia para pagar as três últimas mensalidades do Sinjoper (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima), um grupo com 3 mil reais nas mãos, conforme admitido por um dos integrantes da turma em outro blog, tenha bancado as contas de uma pá de coleguinhas, habilitando-os a participar da próxima eleição da entidade?
Como explicar que várias das pessoas que tiveram as contas pagas sequer sabiam da quitação? Como explicar que tudo isso tenha sido feito em nome da necessidade de trocar a atual diretoria do sindicato por uma diretoria forte e independente?
A próxima eleição para o Sinjoper parece refletir velhos hábitos da política partidária brasileira. Hábitos, vale lembrar, rotineiramente combatidos na teoria, mas parece que agora aceitos como válidos na prática sindical.
Arrecadar dinheiro sabe-se lá onde para bancar as mensalidades atrasadas de filiados ao sindicato e habilitá-los a participar do processo eleitoral é o mesmo que trocar voto por dinheiro, no mais puro estilo coronelista, um dos costumes mais arcaicos do país.
Não é assim que se muda o perfil do sindicato de uma categoria que gosta de se apresentar como a porta-voz dos anseios da sociedade. Não é assim que se fortalece uma categoria. Não é assim que se conquista dignidade e justiça no mercado de trabalho.
Nesta terça-feira, às 20 horas, na videoteca do Palácio da Cultura, realiza-se uma assembléia do Sinjoper. É um bom momento para discutir, mesmo que fora da pauta oficial, o que significa ética, compromisso e defesa dos direitos dos jornalistas.
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