Voltar para a Venezuela nao é um dos meus passatempos favoritos (sobretudo pelo fato de na língua espanhola inexistir o til, o que justifica o problema de acentuacao na palavra lida há pouco).
Na terra governada por presidente Hugo Chávez, o clima político é de incerteza. No próximo 15 de agosto a populacao vai às urnas para votar num plesbícito se deve ou nao revogacao do mandato presidencial. Nos jornais impressos, a oposicao, representada pela Coordinadora Democratica, que associa políticos e empresários, nas palavras governistas, estreitamente ligados ao governo estadunidense, publica anúncios incentivando as pessoas a votarem "Sí". Os oficialistas pregam o "No". Palavras com sílabas "sí" e "no" sao usadas na guerra da propaganda para ganhar a simpatia do povo.
Minha cidade, Guasipati, continua igual na essência. Nao há nada de interessante nos domingos à tarde além de beber e apostar nas corridas de cavalos.
E todos continuam com o mesmo repertório de perguntas para os visitantes: quando chegastes? Como vai a tua mae? Quantos filhos tens? Quando vais embora?
É por isso que quem vai embora sente alergia de voltar. E eu volto logo, logo para Boa Vista. E sem votar na República Bolivariana da Venezuela
Nenhum comentário:
Postar um comentário