Uma odisséia na água
(De Iquitos)
Resumindo: nunca fiquei tanto tempo perto de água. A viagem que duraria somente 9, 10 horas no máximo, transformou-se numa jornada de 27 horas, com direito a paradas em aldeias indígenas e vilarejos onde a energia elétrica é desligada quando batem as 21h30, batidas em troncos na noite no rio Amazonas, medo de naufragar na madrugada, barqueiros desorientados na nevoa do "cruzamento" dos rios Napo e Amazonas, canoas carregadas de pessoas e frutos que ultrapassam um barco considerado muuuuittto rápppiiiiiido como se fossem iates a jato.
Em Iquitos tem uns táxis que parecem aqueles "paxas" (acho que é assim que se escreve) indianos, só que puxados por motos. A parte central até que é bonita. Só o porto que é feio de se ver.
E o pior é que quando mais se navegava,mais parecia que tinha Amazonas para percorrer.
Bom agora é ir para Lima e depois para Arequipa e depois para Cusco, finalmente.
O bom deste tipo de atraso é que acabamos conhecendo pessoas que estao na estrada como a gente, seja a negócios, turismo ou trabalho. O barco, que pela averia foi trocado por uma lancha furreca, parecia um festival de sotaques da Amazonia.
Também se aproveita para refletir um pouco sobre a vida. Mas só um pouco, que cansa.
Bom, agora, da selva para os andes.
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