Verga...lo
que quiero hacer y lo que estoy haciendo. Não sei, não sei se é isso. Um poquitico de café con azúcar y nos vamos e voltamos e dios, que cansaço carrego...
Eu falo comigo em espanhol e sempre xingo.
Xingo mais do que quando falo sozinho em português. É como se fosse um
diálogo mais cru, mais duro, seco. Eu tenho dores nas mãos, nos ombros, na
vida. Las cargo porque, bueno, si no soy yo, quién será? Castaños, sus ojos
eran castaños y...ay, papá...
Não sei o que faço agora aqui, divagando.
Poderia. Não, deveria estar focado na ciência, na pesquisa, no estudo, mas essa
luz que vem da rua, meu cachorro pedindo carinho, essa caligrafia no bilhete
que ganhei no bar com um recado convidativo, todo me saca de este lugar y me
lleva a pasear. Y el sueño tambien convida a não fazer, que no se nos olvide. Hay
sueño, pereza, ganas de un jugo bien frio en la lengua y tus lábios en mi boca.
Ajá, me pillé. Lo que pasa es que te recuerdo como cuando venias desnuda, me jalabas
hacia un lado, zumbavas mis cuadernos al suelo (que rabia, que rabia), tiravas
minhas calças y pegabas tus muslos con los mios.
Como era sabroso y como ibas y
venias sobre mi hasta que el uno o el outro ou os dois llegábamos a donde debíamos
llegar, algumas vezes gemendo baixinho, outras vezes soltando um palavrão, dois
palavrões, coisas assim que traduziam melhor o nosso momento. Y entonces nos
besávamos lentamente, tu te ibas meneando el culo como se fosse um convite para
continuar (ay, dios mio, obrigado por este piazó e’ culo tán rico que me regalaste, pai amado), mas aí
já era hora do almoço y o povo devia estar chegando já, então melhor ficar
quieto, deixar repousar y quien sabe seguir más tarde estos juegos, esto de
probarnos el gusto el uno ao outro, engolir nossas almas, compartilhar calor, salivas, risadas y una que otra mordida en el cuello.
Ainda há um
pouco de café na xícara. Que cansaço feliz, que buena recordación de
ti, mamita, pero ahora tudo é diferente, é quinta-feira e não temos tempo para brincadeiras assim. La responsabilidad nos llama, maltrata, ordena obediencia y nos castiga con sua rotina sem graça y muitas obrigações.
Me duele pero...bueno, desse jeito es la vida.
2 comentários:
A partir de certo momento do texto, mais exatamente perto do final, mesmo o que está escrito em português (res)soava espanhol dentro da minha cabeça
:)
Cafés são cheios de recordações e já é quinta novamente!
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