Há dez anos, às 3 da madrugada de um dia como hoje, Zanny me acordou para dizer que a bolsa havia estourado. Lembro que estava dormindo de bruços, com um travesseiro sobre a cabeça e o braço doendo de tanto mexer com martelo e coisas pesadas no dia anterior. Quando comecei a levantar, no estilo flexão de peito, ela me disse para ficar tranquilo, pois achava que ainda ia demorar para começar a sentir contrações. Em algum lugar de nossos HDs tem um vídeo que me mostra voltando a dormir imediatamente…
O molequinho completa neste 10 de janeiro a sua primeira década |
Essa é a primeira lembrança que tenho do dia 10 de janeiro de 2008, data em que o Edgarzinho veio ao mundo. Ou, como mandei por SMS para algumas pessoas, data em que estava nascendo o mais novo indiozinho do lavrado.
Daquela madrugada até hoje se passou exatamente uma década. O mundo mudou quase que totalmente nesse período, para bem e para mal. Edgarzinho, como ser em formação, mudou muito desde então. Eu também.
Rapel básico para ir se acostumando com os desafios da vida |
Nos conhecemos bem e sabemos o que fazer para irritar e fazer rir um ao outro. Sabemos reconhecer nossos tons de ironia e temos conversas nas quais um fala e o outro finge estar interessado…
Mamis Zanny e papis Edgar com o filhote |
Na média geral, tenho sido (ou me esforçado muito para ser) um bom pai, do tipo que está presente quando se precisa estar presente, que briga e abraça, que se esforça e tenta superar suas preguiças e limitações para tentar criar um bom sujeito.
Brincando de Naruto (ou seria Avatar?) na praia do Caçari |
Dominadores da água em ação! |
Em certas ocasiões, damos uma de policial malvado e policial bonzinho para equilibrar e fazer andar o processo. Discutimos muito os nossos pontos de vista sobre o que achamos melhor para o moleque, debatemos o debate e caminhamos a vereda da criação do jeito que achamos melhor: dando-lhe amor e mostrando que fazer o bem sempre é bom, mesmo que o troco nem sempre seja legal.
Edzinho com a vó paterna Neide e a bisavó Maria José -2017 |
Ouvindo histórias lidas pela vó materna Alba |
Com o primo Saulo Borges |
Quiçá diga que me lembro da hora exata em que nasceu: 13h55. E aproveite, como sempre, para contar o motivo de ter gravado o momento: era o horário em que saía de casa para chegar às 14h na UERR, onde trabalhava à época de seu nascimento.
Abraços matutinos e sonolentos |
Em Pacaraima, com a amiguinha Liz Camargo |
Pode ser que eu repita a história de como ele foi a primeira pessoa com a qual consegui dormir colado noites inteiras, inclusive procurando-o pela cama para mantê-lo por perto, bem oposto ao que fazia com as outras figuras que havia conhecido antes.
Lanchando com a irmã Lai Dantas |
Também existe a chance de contar como em 2017 ele descobriu o mundo dos animes e começou a ler os mangás da Turma da Mônica, mas que ainda tem certa preguicinha para a leitura, o que me chateia, mas enfim… Nesse momento talvez a Zanny fale dos ritmos de cada um e me lembre das inúmeras crises respiratórias que o levaram a ser internado ou ficar de cama em casa desde que nasceu.
Refazendo a mesna pose de uma foto que fez há uns oito anos com a amiga Isabela Quintelas |
Daí eu possivelmente retrucarei algo e passe para uma boa lembrança do ano passado: nossa aventura pelo mundo dos jogos de damas, dominó (mais ao meu lado) e xadrez (uma caminhada com Zanny, Lai – irmã do pequeno-, e a vó Alba). Bem capaz de nessa hora ele pular na conversar e citar o quanto gosta de jogar beyblade (o pião contemporâneo, pra quem não sabe) com os coleguinhas que vez ou outra aparecem lá em casa.
Talvez não façamos nada disso. Quem sabe o que pode rolar numa festa familiar? É tanta experiência, é tanta vivência que a gente torna rotina e ama na sua cotidianidade que a única certeza destacada é que todos amamos esse molequinho lindo que veio para mudar positivamente a minha, a nossa vida.
Que venham os próximos anos.
P.S.:
Aqui no blog tem um marcador para as postagens nas quais Edzinho é personagem principal ou coadjuvante. Basta clicar aqui e verá tudo o que falei dele desde que nasceu.
Clicando nesse marcador encontrei duas postagens sobre aniversários do pequeno indiozinho: uma sobre os seis anos e outra sobre os cinco. Confere.