Aconteceu que desde o começo de 2017 minha vista piorou um pouco e começou a exigir mais luminosidade para que conseguisse ler à noite. Isso e um par de óculos mais potentes, que só fui providenciar agora em dezembro.
Mas como estava tendo que ler muitos artigos científicos fotocopiados e livros com fontes pequeninas para dar conta de minhas aulas de mestrado*, antes de mandar fazer os óculos apelei para umas luminárias pequenas que tinha. Até deram resultado, mas ainda não iluminavam tanto como eu queria.
(Essas aulas de mestrado aí foram em duas disciplinas que fiz como aluno especial nos cursos de mestrado em Antropologia Social e em Letras da UFRR. Aluno especial é aquele sujeito que não está dos vera na pós, mas tem que fazer todos os trabalhos para aprovar e aproveitar os créditos no futuro quando passar na seleção.)
Cansado da má iluminação da casa nos locais que escolhia para ler, fui pesquisar preços de luminárias na internet e em Boa Vista. Fiquei muito, muito, muito assustado com os valores e decidi fazer uma eu mesmo.
Pesquisei um monte e no final juntei um projeto de um cabideiro de PVC e de uma luminária feita com canos de ferro (até fui atrás de replicar, mas o valor final seria o mesmo da peça lá no exterior e desisti).
Luminária feita com canos de ferro: inspiração 1 |
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Entre os erros na hora de colar a base e perder um monte de material, visualizar as potencialidades de uma base de ventilador e reflexões demoradas sobre como encaixar essa vasilha amarela para dar um clima melhor e afunilar a luz, surgiu esta peça, muito leve e funcional, com cerca de 1,50 m de altura e menos de um quilo de peso:
Pintei com spray preto a base do ventilador e o cano de PVC |
Saída do fio de energia. Fiz com uma furadeira |
Joelho e cotovelo para encaixar a lâmpada |
A vasilha recebeu uma mão de primer ( até hoje não joguei tinta branca) pela parte de dentro afim de que não houvesse vazamento de luminosidade |
Edgarzinho, testando a luminosidade da luminária |
Neste projeto, como em outros da minha série Artesanias, acabei tendo ajudas muito importantes. Vamos aos créditos: meu sobrinho de coração Fabian Garcia, que veio da Venezuela passear em Boa Vista no mês de setembro, foi encarregado de colar com firmeza o cano de PVC na base do ventilador e também de lixar o buraco que eu abri na vasilha para encaixar o bocal da lâmpada.
Minha esposa, Zanny Adairalba, foi a encarregada de fazer a parte elétrica, aproveitando os conhecimentos que adquiriu quando era criança e conviveu com seu avó materno eletricista.
Sem essas ajudas, o material ainda estaria sobre a mesa.
O resultado ficou bom e barato. A peça mais cara foi a vasilha amarela, que deve ter custado uns R$ 10,00. No final, tudo não saiu por mais de que R$ 40, 00, incluindo essa lâmpada, que vou substituir por outra menor depois.