quinta-feira, março 15, 2007

História de felicidade



O seu coração solitário começava a ficar alegre. Finalmente a mulher amada estava chegando de sua longa viagem. A sua face, eterno nevoeiro que cobre a serra ao amanhecer, parecia agora o sol do meio-dia.

Adeus, tempo de tristeza. Adeus, noites mal dormidas. Até mais ver, amores substitutos, meios amores. Olhava para o céu com ansiedade, esperando vislumbrar no horizonte o avião que traria sua amada. Sorriso aberto, até a postura corporal mudara. Andava ereto, feliz, completo. "Completo, é isso mesmo. É assim que me sinto", contou-me. "Dizem que quem espera, sempre cansa. No meu caso, de tanto quase ficar cansado, alcancei", reforçou. Assim, mudado, realizado, saiu caminhando pelo meio da praça.

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