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quinta-feira, dezembro 04, 2014

Ouvindo gente reclamona na rua


 Estava eu lá ontem, com a patroa e o indiozinho, tomando meu guaraná no quiosque do Marivaldo, no meio da praça Ayrton Senna, curtindo um ventinho sem poluição e vendo a lua nascer, quando a conversa da mesa ao lado começou a me irritar.

Era uma senhora reclamando para a sua amiga do calor da cidade; de como a energia elétrica oscila e a obriga a tirar os eletrodomésticos da tomada à noite, deixando-a cansada; de como as interrupções no abastecimento de energia e água a estressam; da falta de uma bandeja de carne cortada a seu gosto nas prateleiras dos supermercados e da necessidade de toda vez ter que pedir ao açougueiro que lhe atendesse.

A foto do Centro de Boa Vista é de Orib Ziedson
A senhora ainda falava que na cidade tudo era espalhado e o mormaço do meio-dia a incomodava, sendo melhor almoçar no RU (Restaurante Universitário) para agilizar sua vida neste horário (aqui saquei que trabalhava ou na UFRR ou perto); de como isso possivelmente era a causa do mau humor dos colegas nas reuniões de colegiado (aqui eu já deduzi que fosse professora).

A professora universitária continuou suas lamentações: sente falta do mar (morava no litoral), do apartamento que era seu refúgio e no qual ainda adora ficar quando vai visitar os pais (morava em prédio). Disse que gostava muito de passear naquela região perto da UFSC (Ok, veio de Florianópolis) e que ali tinha tudo o que ela precisava. Já em seu bairro atual, é tudo difícil, não tem mercearia por perto, não tem um bom queijo para comprar se quiser receber os amigos, o que a deixa cansada, e nem sempre está funcionando a bomba de ar do posto de combustível perto de sua casa – “aquele que fica ali, na avenida que passa ao lado da universidade”.  Aqui eu deduzi que a docente tem um carro para locomover-se e mora em um dos bairros que mais tem vendinhas na cidade: Mecejana ou Jardim Floresta .

O guaraná não chegava e a Zanny estava tirando umas fotos do moleque quando veio a pérola-mor: “isso de ter que tirar as chaves das portas quando a gente as fecha, de ter que trancar porta do quarto com as coisas dentro com medo de roubo é muito ruim. Isso me deixa cansada, estressada”. Ou seja, a dona professora morava em um prédio em Floripa e nunca sentiu medo de roubo, assalto ou furto. Eu, que conheço a Ilha da Magia e leio jornal, fiquei assim, pensando em como meus amigos mentem ao me contar dos problemas da segurança lá.

Estava quase indo falar para ela aquela frase padrão para gente que vem para cá obter a renda com que paga suas contas e reclama de tudo o que não tem na cidade: o aeroporto e a BR são a serventia da casa, funcionam todos os dias e ninguém é obrigado a ficar em Roraima se conseguir emprego em outro canto ou ganhar a sua redistribuição de cargo federal. 

Por sorte nessa hora chegou a jarra de guaraná e pude dedicar meus outros sentidos a algo mais prazeroso do que ouvir, sem querer querendo, a ladainha desta pessoa que não valoriza o que Boa Vista lhe dá.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Poesia na rua


Poema ilustrando uma parede qualquer, nas ruas dos arredores da praça da Figueira, em Florianópolis (SC). Novembro de 2010.

quarta-feira, março 03, 2010

Minicontos na Veredas



Boas notícias de março. As primeiras do ano, caso o pessimismo não esteja fazendo com que ignore outras coisas. A revista Veredas, que publica mensalmente minicontos e micronarrativas, estampou alguns textos de minha autoria. Sou o destaque da edição de março. Olhaí a capa, clica no link acima e manda um alô dizendo se gostasse, viu?




Carla Cavalheiro, meu grande amor loiro de Floripa, a ilha da magia, repercutiu meu e-mail re comunicando-a sobre a Veredas e publicou um post no blog-site Fotoflagrante, um dos melhores e mais acessados daquelas bandas onde todo mundo é bonito e bronzeado. Olhaí que fofa minha galega no Fotoflagrante.


quinta-feira, maio 14, 2009

Festa

Roubei, lembro-me bem.

Mas apenas esqueci o que roubei. Lembro-me mal.
Sei que estava quente. Então pode ter sido entre outubro e maio.Talvez um dia de junho, talvez...O que peguei também ficou no mistério. Ninguém nunca reclamou. E se ninguém nunca reclama deve estar bom ou então tem a boca costurada.
Reclamar, clamar, mar.Reclamar, rechamar, rechaçar.
Ré, rebordosa.
“Vem comigo, meu bem, não pergunta a ninguém se você pode entrar”, diza letra do Dazaranha.

Vem, digo eu, e ela não me atende. Está mais preocupada em olhar as vitrines.
Vem, meu bem. Vamos trocar nossos genes, vamos?
Na dúvida, fique com o plágio que é certo.
“Eu tô passando nu na catraca do céu”, grita o Daza.

Eu, nu, nós, nus...não...sim...Paralisa, paralisa...
Festivais, cantorias, mostras, concursos, mentiras e verdades rimadas.
Mentiras e verdades disritmadas, meninas e meninos que se amam sem ser amados.
Moral, oral, oral.
“Que ninguém perceba de onde ele vem. Altura de menino (...) Nossa barulheira!”, emocionam os floripanos (?) do Dazaranha.
Vamos todos cirandar. Vai, vão todos dar. Quem pegar se dará bem.
Acorda, é hora. É hora, maldita hora do mal.
Lá fora, o inferno esquenta às 8h, às 14h e até às 19h.
Horas de viagem, horas de descanso. Horas. Ora a menina para expiarseus pecados, ora o guri para pecar um pouco mais tranqüilo.
Se quex, quex. Se não quex, diz!
Drogas? Droga, me viram. Viraí e comparte tudo.
“A iniciação ao risco é que é gostoso. O Daza avisa: isso mata!!! De curiosidade....”
A curiosidade. Santa curiosidade.
Lembro-me que roubei. Lembro-me que estava bêbado e por isso não lembro se roubei mesmo.
Só sei que acordei na praia, de seu nome nunca soube, nem do nome da praia, nem do nome da moça na praia.
Sei que sabia, mas esqueci...

quarta-feira, abril 01, 2009

Vai pensando que é só ir passando


Se para baixo todo santo ajuda, então para cima o lance é direto com Deus, Alá, Buda, Vishnu etc.


Contudo, porém, entretanto, quando até o caminho para o espaço celeste está bloqueado para acesso direto e ninguém sabe dizer quando o sinal vai abrir, o que se faz?

No mínimo, vai pedir perdão pelos teus pecados, pela conta não paga no bar de Seu Pedro, pela mulher/marido de teu/tua amigo(a) que você pegou enquanto ele (a) estava dormindo, pelo serviço que tu contratou e nunca pagou, pelo aumento que se prometeu e nunca se deu, pela mentira que homens e mulheres contam.

Ou então avança logo o sinal.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

O carnaval está chegando, está chegando...



E o grandioso desfile boa-vistense será pela desistência da escola de samba Unidos do Beiral. A dita cuja, segundo diz la prensa, não estava Ok com a documentação.

Estou extremamente triste com essa notícia. Tenho certeza de que a festa ficará melhor mais triste sem esse desfile.

Quem gostou da desistência foram as outras escolas, que vão dividir entre si os 95 mil reais que a Beiral receberia do Município e do Estado.

Será que eles vão usar essa grana bem? Ou será que teremos, mais uma vez, desfile de TNT na avenida? Será que e que e que?

Na dúvida, continuo torcendo aqui acima da Linha do Equador pela teteia do carnaval de Floripa: a União da Ilha da Magia.



A bateria já está a postos, afiada e afinada, para fazer bonito na Nego Quirido

A galera agora só espera o Perna mandar o grito: Voa, gaivota, voa!


Formosa Lagoa, a lua
Ao te ver bailando, flutua
Se enche de brilho
Nos leva pro céu
No canto de um Menestrel.





Tô na torcida, seja no Floripa Tem, seja aqui em Roraima



Ah, morena, tu lá em casa...ia ser a maior confusão com a patroa...hehehe



A União promete mexer com a multidão




Enquanto isso, nas assembleias de BV



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (Sinjoper) convocou os associados e não associados para uma Assembléia Geral Extraordinária nesta segunda-feira (16), às 18h30, em primeira chamada, e às 19h pra valer. Será no Sesc Centro. Na pauta, somente a alteração do Estatuto, mas haverá informes sobre:



- Novidades sobre a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pela DRT, Ministério Público do Trabalho e sindicatos dos Jornalistas e Radialistas junto às empresas de comunicação, para que a partir do dia 1º de março, nenhum veículo de comunicação ou assessoria tenha em seu quadro funcional profissionais sem o devido registro;


- Novidades sobre a aquisição dos apartamentos do Programa Habitacional do Governo e também sobrr o Conjunto dos Jornalistas.


- Prêmio de Jornalismo do Sinjoper 2009;


- Pré-discussão sobre Piso Salarial dos Jornalistas;

- Palestra com Caco Barcelos.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Iê, vamô simbora, camará




Abalou, capoeira, abalou

Oi, abalou, deixa abalar

Hoje tem roda da Palmares

E todo mundo vai jogar

Abalou, capoeira, abalou

Oi, abalou, deixa abalar

Vá entrando nessa roda

Trate logo de esquivar

Abalou, capoeira, abalou

Oi, abalou, deixa abalar

Tem meia-lua e muita ginga

E não se esqueça de cantar


Enquanto isso, na Cavas House

Tem festa, churras, alegria e tal com a chegada de mais um verão da jornalista, blogueira e amigona Carlotinha Cavalheiro.

À mãe do Bê e filha de seu Nery, meus beijos e abraços. Galega, ai lovi tu pra carai, visse?




quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Foi bom, mas cabou..........

O bom de ter amigos é que eles se esforçam para te tratar bem, mesmo quando você é baixinho e índio. Valeu, pessoal, pelo bom tratamento neste janeiro de muito verão em Floripa. A aldeia agradece.

Familia Cavalheiro, ai lovi cês pra caraio. Na fota, da esquerda pra direita, Carlotinha, Bê, Rubim, dona Cleci e seu Nery, o rei do churrasco e dono do melhor humor do sul (além de dono da Mansão dos Cavas)


Familia Santella (junção de Santana e Quintella), a gente se cruza nessas praias num final de semana qualquer de um verão desses da vida. Valeu Digão, beijos Adilia, beijocas na Isabelita.

Guy-bras comemora sábado uma década de muito reggae

A banda Guy-bras completa 10 anos mandando ver no reggae roots. Para celebrar essa jornada musical promove neste sábado (7) o show "Deixa Rolar" na casa Esquina Cultural, no cruzamento das avenidas Capitão Ene Garcez com Terêncio Lima. A festa terá participação especial da banda Metamorphosis. O balanço começa às 21h e o ingresso custa R$ 10,00. Estudantes com carteirinha, é claro, pagam apenas meia entrada.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Notas (produzidas a partir da leituras) de jornal

Ônibus

Em Boa Vista, a saída das ruas de uma das empresas de ônibus que cobria parte da zona oeste incomoda estudantes, trabalhadores e qualquer outra pessoa sem transporte particular que precisa deslocar-se para o Centro ou outros bairros. Como alternativa, os táxis-lotação estão liberados para fazer a rota dos busões até tardaço da noite. Os convencionais estão irritados com a história por conta da fatia de mercado que vão perder e já se manifestaram contra a medida.
Enquanto isso, em Floripa, os taxistas ganharam nesta semana 2,5% de aumento no preço da tarifa. Na semana passada foi a vez das empresas de ônibus conseguirem uma subida no preço das passagens. A passagem normal foi de R$ 1,98 para R$ 2,20 no cartão e de R$ 2,50 para R$ 2,70 no cash.

Desemprego

Quase três mil pessoas perderam o trampo em Roraima no ano passado. Ou pelo menos foi esse o povo que deu entrada no seguro-desemprego
No mundo, só no dia 26, as multinacionais demitiram 53 mil pessoas. Até maio, apenas no Japão, 25 mil trabalhadores irão para o olho da rua. É gente que vai parar nos bares para chorar as mágoas e depois, possivelmente, comece uma encrenca. Mas, como diria a revista Veja, ser demitido não é algo ruim. É uma oportunidade de desenvolver o seu potencial empreendedor.

Chuva

Depois de um dia muito quente e abafado, choveu muito ontem à noite na Ilha de Santa Catarina. As águas entraram no saguão do Aeroporto Hercílio Luz e os funcionários tiveram que dar uma de faxineiros. No córrego que passa aqui perto da mansão dos Cavalheiro, nada de anormal além de uma pequena subida do nível. A previsão é de chuva em todas as regiões do Estado. Ainda bem que já havia programado fazer nada hoje além de arrumar a mala...Quer dizer, se chover à noite, como vai rolar o ensaio da União da Ilha da Magia, a minha escola de samba do coração florianopolitano? Lembrei agora: a turma alugou umas tendas enormes que cobrem a bateria e os passistas numa boa.
Em BV, conforme me confirma minha amiga Paula, “tá um calor da moléstia”.

Droguinhas

A turma da erva ficou mais triste com a ação da policia catarinense ontem. Prenderam um moleque de 17 anos com 10 quilos de maconha, 1,3 kg de pasta base de cocaína e umas armas básicas para proteger a mercancia. Já em BV, rota de tráfico reconhecida pela Polícia Federal, pegaram um casal com 6,5 kg de pasta.

Coincidências

Tirando a chuva, o mundo não é parecido tanto no sul como no norte do Brasil?

terça-feira, janeiro 27, 2009

Quase voltando

Peguei férias do mundo e retorno à terra na quinta.
Levei apenas um jamaxim, um arco e um remo.
A canoa a gente aluga.
O local é bem aí, como dizem os parentes...
A gente pode vir nadando ou pode vir nas costas do gavião.
Aqui é cheio de gringo, a água é salgada, camarão é coisa comum e bons amigos me recebem bem.
Tudo ficou bem, então, para voltar à oca, voltar à caça diária da comida do indiozinho e reverenciar os meus pajés.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Carnaval na ilha

A mansão dos Cavalheiro (Carla, Rubinho, Nery, Cleci, Bernardo e Digão) é um porto seguro para este índio quando viaja à Floripa. Agora, além dela, o índio tem a mansão dos Santella, habitada por Rodrigo, Adilia e Isabela, uma macuxizinha que migrou para o sul do Brasil.
A imagem do porto seguro tem tudo a ver com esta ilha, colonizada no século 18 por açorianos e hoje habitada por pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Mesmo com toda essa mistura, o sotaque do manezinho de Floripa é inconfundível. Inconfudível e inintelegível. Se o cara falar muito rápido, tu não entende nada.
Sapucadiquê? Por estilo próprio.
....
O carnaval já está bombando na ilha. As cinco escolas de samba estão aceleradas na preparação dos desfiles. Já receberam a grana da Prefeitura e do Governo e estão investindo tudo para fazer um desfile bonito na passarela do samba Nego Quirido. Mas também não ficaram na dependência do poder estatal. Fazem ensaios abertos à população, vendem cerva, vendem camisetas, fantasias, ou seja, buscam capitalizar-se para não quebrar a cara na frente da multidão. Não é como em Boa Vista, que nenhuma das agremiações se coça para isso e buscam queimar a grana comprando TNT para fazer as fantasias.
....
E eu, que nunca fui fã de escolas de samba em Boa Vista e sou totalmente contra o repasse das verbas para financiar os vergonhosos desfiles que apresentam, virei fã da Unidos da Ilha da Magia, a teteia do carnaval florianopolitano, conforme o puxador Marcelo Perna. Se você quer ver tudo o que os caras fazem, acessa o blog da Carlotinha Cavalheiro e vais ficar por dentro, visse?

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Linhas da Ilha

Sotaques do sul
sotaques na ilha
gente de todos os lugares
até índios do norte
Barra. Costa.
Sol e praia.
camarão e moqueca
Carla, Rubinho, Adilia, Rodrigo e até o ex-cunhado Líber
Dazaranha e Nós na Aldeia no som
E a idéia lá corria solta, como contou Falcão e a turma daí debaixo

Na oca, alguém chama "papa" e treina as passadas para ir à caça
Na frente da velha igreja, a Unidos da Ilha da Magia mostra o seu samba
Gringos e nativos confraternizam num domingo de sol
Já a segunda é de chuva
Que terra é esta onde até as pessoas feias são bonitas?
E se qués, qués. Se não qués, diz.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Da festa....

Hoje tem show de





e





entre outros, como



e muitas outras atrações.
O que vale a viagem, no entanto, é matar a saudade da galega mais gente boa do planeta: