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domingo, novembro 03, 2019

Diário de um mestrando - 20° mês

Outubro passou como um sopro, outubro demorou bem mais que um sopro. Choveu e fez calor, muito calor. Da minha parte, me enrolei, enrolei, fui enrolado pelo tempo e pelas pesquisas que complementam a pesquisa. 
Três dias de outubro dediquei como escritor, não como pesquisador, ao Festival Literário 2019 do Sesc Roraima. 





Uma manhã de outubro fui assistir à defesa da dissertação da colega Alessandra Cruz, a segunda da turma a defender. Tirou 10. Inspirador. Eu não preciso de tanto, acho. Só por vaidade, talvez. Basta aprovar, com certeza. 






Muitas manhãs e algumas noites investi tentando aprender como se fazia o fucking sumário automático. Meu cérebro bugava nas tentativas quando via tudo dando errado. No centésimo vídeo juntei tudo o que havia visto e finalmente entendi. Aí recomecei tudo, agora aprendendo a fazer a listagem automática das figuras. Lembrei agora que não dei like nos vídeos tutoriais...Droga. 

 A última semana de outubro foi uma correria para fazer a apresentação dos slides referentes à comunicação oral que fiz no III Seminário de Estudos Linguísticos e Literários da UFRR. Tava marcada para 20h40, atrasou, uma menina passou na minha frente, fiquei P da vida porque a sala tava um forno, mas no final, já perto das 22h, apresentei. Foi bacana no fim das contas. Ainda mais pelo tanto de pesquisa bacana que pude ouvir falar. Não tenho foto minha, mas tem dos colegas escritores Vitor de Araújo, apresentando algo sobre tradução, e Aldenor Pimentel, assistindo curioso o povo se apresentar. 








O mês foi de leituras literárias também. E de produção de um vídeo sobre poesia. Uma das obras lidas foi a de Marcelo Perez, muito boa: 





E o vídeo (que joguei no Youtube) foi sobre dois poemas de Elimacuxi: 



 Teve outro livro lido este mês, do Romério Bríglia. Bem bacana também: 


Tô lendo um diário de viagem escrito por Jorge Amado. Quando terminar em novembro, boto foto. 

Novembro, por sinal, já é mês decisivo. Vamos ver o que dá. 


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Obrigado pela leitura da 20a edição do Diário de um Mestrando. 
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P.S.: Teve consulta à comunidade acadêmica para escolha do novo reitor da UFRR. A primeira tentativa foi anulada por questões de pane nos sistemas e uma outra foi marcada para o dia 30.10, com votos feitos em cédulas, no modo bem estilo velhos tempos. O resultado foi este, conforme matéria do site da UFRR: 

A Comissão Consultiva para escolha de Reitor e Vice-reitor da UFRR (CCRV) divulga o resultado da consulta à comunidade acadêmica. A escolha ocorreu sem imprevistos nesta quarta-feira, 30, nos três campus da UFRR (Paricarana, Cauamé e Murupú).
A chapa 21, representada pelo professor José Geraldo Ticianeli, foi a mais votada. A chapa 22, do atual reitor, professor Jefferson Fernandes do Nascimento, foi a segunda mais votada. O terceiro lugar, é a chapa 10, representada pela professora Vânia Graciele Lezan. A chapa 05, do professor Américo Lyra, ficou em quarto lugar.
Veja o quantitativo de votos no site http://ufrr.br/ccrv/.
A Comissão Consultiva vai entregar o resultado final para a Secretaria dos Conselhos Superiores da UFRR, que convocará o Colegiado Eleitoral Específico, para formar a lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação, em votação prevista para até início de dezembro, em consonância com a Resolução nº 013/2019-CUNI (Art. 2º) e Resolução nº 015/2019-CUNI (art. 2º).

quarta-feira, outubro 02, 2019

O Crônicas da Fronteira numa dissertação de mestrado

O escritor roraimense Gabriel de Souza Alencar fez sua dissertação sobre a cena cultural que existia em Pacaraima, na fronteira Brasil-Venezuela, há uns anos. 



Gabriel, feliz com seu diploma

Entre as suas referências estão textos que publiquei nos blogs Crônicas da Fronteira e Cultura de Roraima, espaços que mantenho e mantive para falar de cultura e arte. 


(O Crônicas, por sinal, completou 15 aninhos. É um adolescente cheio de hormônios e acne no rosto.)


O material foi bem usado por este jovem pesquisador que conheci ainda graduando como colega de trabalho lá na nossa antiga casa, a Universidade Estadual de Roraima. 


Salvo engano, é a primeira vez que alguém usa material dos blogs em uma dissertação. 


Estou orgulhoso por isso. Muitas vezes a gente faz coisas que não sabemos onde vão parar e afetar (positivamente, de preferência) a vida das pessoas. 


Isso me lembrou que uma vez conheci um gestor cultural vindo de outro estado para trabalhar no Sesc Roraima. 


Conversa vai, conversa vem durante um evento que estava organizando para sua organização, o gestor falou de um blog que estava gostando de ler e que o havia ajudado a conhecer um pouco de Roraima antes de chegar de fato ao 

estado. 

Curioso, perguntei qual era o nome, pois já queria visitar também. Fiquei muito surpreso quando ele disse que era o Crônicas da Fronteira (ou o Cultura de Roraima, não lembro muito bem). 


Ri muito e me apresentei como o autor das postagens. Graças ao blog, eu e Francisco "Chico" Pinheiro, escritor, dramaturgo e um monte de outras coisas ligadas à área de produção cultural (além de meu monge tibetano preferido) ficamos amigos e parceiros desde então. 


P.S.: Voltando ao jovem Gabriel, ele tem um blog intitulado "Escritor ao Acaso". Entre outros temas, publica resenhas dos livros que anda lendo. Uma das mais recentes foi de um livro que lhe dei de presente há uns dois meses: a antologia Prêmio Sesc de Literatura 2010, no qual há textos de prosa e poesia de minha autoria entre os premiados. 





O livro, por sinal, foi editado durante a passagem de Francisco Pinheiro como responsável pelo Setor de Cultura do Sesc. 


(As minhas histórias se conectam mesmo quando os personagens parecem não ter ligação alguma.)  


Ah, sim: a resenha AQUI. Por sinal, Gabriel é um dos poucos (se não for o único) resenhistas locais. 

segunda-feira, setembro 30, 2019

Diário de um mestrando - 19° mês

05.09.19 quinta-feira

Entreguei uma cópia da dissertação para o sujeito de pesquisa olhar. MC Frank D'Cristo me pediu três semanas para ler com calma o trabalho e emitir suas opiniões. Damos assim início a mais uma etapa do trabalho, conforme a metodologia prevista. 

08.09.19 sábado

Há 30 anos, no meio do processo da redemocratização, em um dia como hoje, nasceu a Universidade Federal de Roraima, conhecida carinhosamente por UFRR ou apenas "A Federal".





Ando pelos seus corredores desde 1993, 1994, como voluntário em projetos de alfabetização, aluno de cursos de extensão, discente de Jornalismo e Sociologia, funcionário concursado e mestrando em Letras.

Aqui tive amores, fiz desafetos, encontrei conhecimento, organizei meus primeiros eventos culturais, aprendi muito sobre vários temas, me fiz gente e encontrei meu rumo profissional.

Vi a UFRR crescer, tanto na quantidade de prédios como na diversidade de cursos de graduação, especialização, mestrados e doutorados.

De portas abertas para os povos indígenas, para a população de baixa renda, para os alunos das escolas publicas e para os migrantes brasileiros e estrangeiros, a UFRR, com todos os defeitos que pode ter, é a instituição responsável pela expansão dos horizontes de muita gente (menos os daqueles que são muito tapados e acham que formar -se na universidade pública é só entrar na sala, aprovar a disciplina, pegar o canudo e, formados já, apoiar ações políticas que visam justamente acabar com tudo o que usufruíram ...mas enfim, né?).

Viva a UFRR, viva a educação pública superior gratuita, viva a diversidade e que venham outras dezenas de anos dessa forma.

12.09.19  quinta

Dia de ir ver arte e cultura na UFRR. Hoje tem comemoração dos 30 anos e a a poeta-patroa Zanny Adairalba vai receber um certificado de honra ao mérito pela sua contribuição à cultura local. Além disso, vão interpretar uma música dela no espetáculo Mulheres Roraimando.









13.09.19 sexta


Terminei e mandei um artigo para avaliação da comissão editorial do e-book "Relações identitárias e intertextuais", que deve ser lançado ainda este ano pelos professores Tatiane Capaverde e Eduardo Amaro. Tomara que seja escolhido e fortaleça o Lattes. 

Enquanto o MC Frank D'Cristo não me devolve o trabalho, vou ocupando meu tempo: fui a um abrigo de migrantes falar poesia com os poeta Elimacuxi Vitor de Araújo e Lindomar Bach. Mais detalhes escrevi no blog do Coletivo Caimbé.  








17.09.19 terça

Teve uma mostra das produções acadêmicas do PPGL. Os alunos veteranos (e alguns egressos) e os professores do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR falaram sobre suas pesquisas para os novatos. Eu também fui e até fiz uma arte com a fotinha que fizeram de mim. 


Só bochecha


Mais um ângulo das bochecas



Colega Vanessa Brandão


Colega Juscelino Raposo


Professor Fábio de Carvalho



Colega egressa Marcela Ulhoa


Professor Roberto Mibielli


Colega Carolina Barreto

20.09.19 sexta

Estive na escola estadual Maria das Neves Resende para conversar com os alunos. Falei de mim, de minha distante juventude, de literatura, de vida em geral. E também assisti a duas esquetes que a turma montou baseando-se em contos de minha autoria. Vamos ocupando com arte os dias enquanto não tenho o retorno do MC Frank. 




23.09.19 segunda

MC Frank D'Cristo fez a devolutiva do trabalho. Leu o que deu e disse que gostou do que viu. Até brincou dizendo que sei mais sobre ele do que ele mesmo. Vamos agora acrescentar algumas partes teóricas das quais senti falta em algum momento desses últimos dias. 


27.09.19 sexta

Inscrevi uma proposta no III Seminário de Estudos Linguísticos e Literários do PET Letras da UFRR. Vamos ver se rola uma comunicação oral. 





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segunda-feira, setembro 16, 2019

Diário de um mestrando - 18° mês

06.08.19 Terça

Tá frio, bem frio, muito frio. Tá tão frio que estou de camiseta de manga comprida, meu filho está de calça comprida e minha esposa além de tudo isso colocou meia nos pés. O termômetro diz que agora estamos a apenas 24 graus, mas acho que é bem menos. Paredes molhadas, vento... O inverno está lindo. Se não fossem as goteiras na casa, estaria bem mais feliz. 


Sobre a dissertação: estou avançando lentamente. Hoje não consegui, semana passada também não. Apareceram coisas urgentes durante os dias e de noite já estava muito cansado para pensar academicamente. Pelo menos fechei a leitura que queria do Canclini. 





22.08.19 Quinta


Teve reunião administrativa com os novos alunos do Programa de Pós-graduação em Letras, o PPGL. Como representante da turma 2018, fui chamado para o encontro. Lá, me deram a palavra e falei umas dicas para a galerinha. Foi assim, de acordo com as anotações que fiz no celular: 


Edgar Borges
Pesquiso identidade e música, analisando o rap de Roraima.

Dicas, sem ordem de prioridade:

1. Colem nos orientadores. Não deixem ficar mais de um mês sem se encontrarem. Isso te mantém focado e produtivo.

3. Produtivo: A obrigação de vocês é produzir e publicar pelo menos um artigo no mestrado. Mais do que isso é bom para quem pensa no doutorado e no curso. Faça mais se possível.

5. Não atrasem sua defesa. 24 meses dá tranquilo. O pior é só o primeiro ano. O segundo, se trabalharam bem no primeiro, é moleza.

6. Trabalho: façam um grupo de e-mails e/ou de whastapp/ telegram para vocês. Sejam todos administradores e compartilhem notícias sobre o curso, professores, eventos, tirem suas dúvidas, fortaleçam-se.

7. Colem em todos Os eventos, ajudem a produzir eventos, publiquem, defendam o mestrado de vocês dos ataques do governo Bolsonaro.

Professores na reunião

E foi isso. Bem direto e pragmático.

29.08.19 e dias anteriores

As anotações do mês estão muito bagunçadas. Vou tentar articular o que rolou ou está rolando em agosto


Reunião com orientadora: teve. Tenho que fazer uns ajustes e passar o material para o sujeito de pesquisa, de acordo com o definido na metodologia do trabalho.


Ah, finalmente fizemos a nossa primeira foto de aluno e professora, mas fizemos já pensando na palhaçada. Chegando em casa fiz essa artezinha num app do celular para descontrair:










Busca de referenciais para corrigir o artigo selecionado para o ebook: em andamento, lento, mas andando.


Semana enrolada, muito enrolada.


Chegada intensa do calor. Dias de clima ameno de montanha...montanha vulcânica.




Ando fazendo a leitura de uma tese para ver o que acrescento ao trabalho. É de uma das integrantes da banca e fala sobre rap no Rio Grande do Sul.


Teve neblina. Mesmo com o calor já instalado, amanheceu nublado mais uma vez.



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terça-feira, agosto 06, 2019

Diário de um mestrando - 17° mês

10.07.19 quarta-feira

Fui hoje à noite na maloquinha da Instituto Insikiran da UFRR para o lançamento do livro "O sopro da vida", do escritor indígena roraimense Kamuu Dan Wapichana, morador de Brasília desde os anos 90.

Antes da sessão de autógrafos teve uma mesa redonda sobre literatura indígena com o Kamuu Dan e os professores/pesquisadores/escritores Celino Raposo e Devair Fiorotti (inclusive para vocês eu recomendo entrar no site deste fantástico projeto dele sobre literatura indígena. Tem livros e dissertações: https://pantonpia.com.br/)

Alguém me fotografou e mandou a foto esperando o autógrafo do Kamuu Dan, mas não sei até agora quem foi.



Ô a coluna curvada bem de leve, do jeito que meu avô Borges era na velhice





Hoje teve a qualificação de mais um colega, o Fernando Yekuana. Não fui, mas fiquei na torcida.








Não foi hoje, mas finalmente montamos na parede da sala as prateleiras da estante. Por enquanto só couberam os meus livros (e isso porque separei um monte de obras para doação e venda. Só ficaram os que fazem ainda algum sentido para mim).



O espaço: antes era um corredor, ficou sem parede na reforma e sempre me provocava com a  possibilidade de utilizá-lo como estante. O quadro dessa negona linda de costas é da artista visual roraimense Georgina Ariane Sarmento


Poquito a poquito, para montar los librito, abriendo los huequito para montar mi "armarito" (portunhol forçado e mal dito para dar métrica




Ainda falta uma prateleira. Não consegui furar a parede lá encima

11.07.19 quinta-feira


UFRR novamente. Reunião de orientação com a professora Leila (mais uma vez pensei, mas não tirei foto com ela para registrar aqui). Definimos o prazo de defesa e coisas a fazer para acelerar o processo, entre elas o envio do material para o MC Frank D'Cristo olhar.


Aparentemente estou com uma leve folga na corrida rumo à defesa. Por conta disso depois de agosto a ideia é focar em produzir artigos para as revistas da vida.





13.07.19 sábado

Amanheceu nublado na baixada do Paraviana. Relatos vindos de outros moradores da cidade apontam que a neblina estava espalhada pela cidade. Uma das coisas boas de acordar bem cedo, mesmo não precisando, e poder ver esse tipo de maravilha e coisa rara de acontecer na nossa quente cidade: 


Dia de quase Londres


Essa moto nunca mais foi vista depois que entrou na neblina


O último nevoeiro que baixou por aqui tem uns quatro anos de acontecido, conforme havia visto recentemente nas lembranças do facebook


19.07.19 sexta-feira

Semana complicada. Andei um pouco desconcentrado, ocupado e dolorido e perdi algumas manhãs de trabalho. Explico:


a) problemas e projetos me deixaram devaneando demais e aí quando focava mesmo já era hora de ir colaborar com a fazedura do almoço. De tarde sempre é para resolver outras coisas.


b) Entre as coisas que me deixaram ocupado esteve a capinação da parte da frente do terreno da casa. O mato já estava me incomodando e não tenho grana para pagar alguém. Então fui eu mesmo capinar, primeiro na parte interna (de boas, apesar de lento. Deve ser a idade pegando pesado comigo já), depois na parte da frente. Aqui teve uma hora que quase desmaio de tanto cansaço, calor e suor. No final, consegui.


c) Essa capinada da frente foi no começo da semana. Fiquei até sexta sentido dores nos braços como não sentia desde que descobri minhas hérnias cervicais e comecei a fazer pilates (muitos meses entre uma coisa e outra, por sinal). Além disso, o pescoço travou como só trava o pescoço de uma pessoa sedentária que faz muitos movimentos repetitivos puxando enxada e ciscador.

Como não conseguia sentar para escrever, me dei folga e fui ler um livro para relaxar. Recentemente havia terminado "E Deus criou o homem", obra bem-humorada do mestre Afonso Rodrigues de Oliveira revisitando o Gênesis bíblico e localizando as ações aqui pelos lavrados de Roraima. Agora peguei "Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva. Estou gostando muito desse relato abordando como ele reagiu a uma das coisas que mais me apavora na vida: sofrer um acidente e ficar numa cama de hospital.



No meio de minha folga foi na UFRR pegar Bauman e Canclini para dar um plus (ou não dar e deixar sem) na dissertação.

Meu celular, que estava descarregando em velocidade quântica e se recusava a ter a bateria carregada, pifou. Fui obrigado a mexer nas previsões de gastos para comprar outro.

Hoje também fiz uma parada bem legal: a convite da poeta Elimacuxi, fui acompanhá-la numa intervenção poética no abrigo para venezuelanos Santa Tereza, na avenida São Sebastião, lá do outro lado da cidade. Ela me chamou na segunda de noite e topei de cara apresentar alguns poemas. Decidi levar alguns textos meus que fiz em portunhol. Para fechar o combo, ensaiei recitar/cantar uma música que sempre fico assoviando: Pedro Navaja, de Ruben Blades. É uma salsa quase falada, então me pareceu fácil. O resultado está no vídeo deste link. Aplaudam. 






Ah, além de eu e a Eli, também foram os poetas Vitor de Araújo e Zanny Adairalba.


Zanny Adairalba, Edgar Borges, Elimacuxi e Vitor de Araújo

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sábado, julho 06, 2019

Diário de um mestrando - 16° mês

03.06.19 Segunda

Teve reunião do colegiado do PPGL nesta manhã. Tava marcado para 8h30, mas o povo começou a chegar bem depois. Os corredores do bloco 1 estavam, como sempre, tomados por mosquitos malignos sugadores até das nossas almas se vacilar. Além de muitos, são agressivos. Agora são 16h06, está chovendo, faço aniversário amanhã, já inseri na dissertação a etnografia do show R3 que rolou sábado. Falta acrescentar, pelas minhas metas diárias, umas infos lá na parte que fala sobre as característica do Rap.

15.06.19 Sábado


9h38. Está chovendo. Tem umas goteiras na varanda de trás e vez ou outra pinga alguma gota no forro acima de minha cabeça no escritório. Tenho um medo de que aconteça um vazamento e inunde o cômodo...


O que rolou neste mês, além do meu aniversário no dia 4:


- Mandei meu material para a professora Leila analisar. Ela me devolveu e cá estou desde o começo da semana trabalhando na análise da quarta letra do MC Frank D'Cristo.


- Tenho sentido dores nas costas. Culpa da cadeira.


- Neste mês não teve reunião presencial com a orientadora. Isso não afetou nada por enquanto. Nesta análise em andamento estou puxando um pouco mais para o uso dos socioletos/idioletos na letra (depois vou definir que conceito uso)


- Tenho um prazo pessoal para mandar a nova parte até dia 21. Acho que vai dar tranquilo. Daí vou trabalhar na complementação do meu "censo" da turma rapper em Roraima.


Mais tarde vai rolar a primeira edição do Sarau da Lona Poética em 2019. Passei esta semana trabalhando nisso. Eu gosto, mas me incomoda gostar de algo que me dá trabalho. Alguém podia organizar tudo e me chamar só para levar os louros e dar uma de MS, vulgo mestre de saraus. Sonho meu...



30.06.19 domingo




O Sarau da Lona Poética aconteceu e foi bacana, com aquela força crescente de toda edição e muitas poesias bonitas e fortes sendo declamadas. Esse meu trabalho com o Coletivo Caimbé é internamente paradoxal: adoro promover esse momentos geradores de felicidade e satisfação e ao mesmo tempo acho que poderia estar tentando algo mais capitalisticamente produtivo, gerando grana para a casa. Sim, poderia buscar apoio financeiro em empresas ou poder público, mas...Gente, que preguiça desse povo, de bater nas portas e ver todo mundo de cara fechada, de ter que pedir, pedir, pedir...Até tentei dia desses com um vereador conhecido, mas não rolou. Enfim...em agosto vamos fazer outro. Se quiser ver como foi o de julho, vai aqui, no blog do coletivo. 

Foi um mês lentamente produtivo. Tinha uma página de metas e quase todas foram cumpridas, como apontam os rabiscos rabiscando as anotações rabiscadas:





Disse lentamente porque não corri contra o tempo. Deixei fluir o ritmo de trabalho. Mandei meu material para a professora analisar, avancei na pesquisa sobre quem integra a cena do Rap local, conversando com a galera e acrescentando nomes à lista.


Lentamente é ruim, diriam alguns com espírito de coach.


Prefiro lembrar de uma vez em que o carro deu problemas vindo lá do interior da Venezuela e não conseguia acelerar sem que o mesmo aquecesse. Estávamos no meio da selva, literalmente, com um carro passando a cada 40 ou 50 minutos pela estrada. Decidi fazer o que toda pessoa sensata faria: sabendo que ainda faltavam uns 600 km para chegar em casa, fui na maciota, em velocidade tartaruga, sem aquecimento. Nasceu daí meu slogan preferido para momentos em que a pressa pode ser inimiga da conclusão: despacito, pero seguro.


Vem, julho, vem!


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