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sexta-feira, dezembro 18, 2015

Das coisas que sinto falta en la Navidad

Das coisas que sinto saudades dos Natais vividos na Venezuela cuando ainda era un chamito: 
gaitas, aguinaldos, hallaca, pán de jamón, la ropa del estreno, a galera da rua ansiosa esperando que llegue San Nicolas, las estrellitas, o pessoal sentado en la calle hablando de todo, un palito de ron o de cerveza con los panitas, a festa, la rumba, el traqui-traqui que dava mais susto que outra coisa, a certeza de que Navidad era no dia 24 (pois era na noite desse dia que chegava o presente), ver don Juan Pino e don Roscio, nosso vizinhos idosos, bêbados de alegria y de unos tragos, encontrar a los chamos en la plaza...

Daí viemos para o Brasil e vimos muros e não vimos praças e não vimos nada mais parecido. Afinal, país novo, costumes novos.

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Gaita, saudades e modernidade


As melhores lembranças que minha mãe, dona Gracineide, e eu carregamos da Venezuela estão relacionadas ao tempo de Natal: ropa de estreno, hallacas, pán de jamón, cena de navidad, estrellitas para iluminar la noche...

Musicalmente, o que mais sinto falta daqueles tempos é o ritmo que costumava predominar nas rádios AM que conseguíamos sintonizar em Guasipati. A Gaita, som originário do estado Zúlia e suas vizinhanças, era o que imperava nos dials, ditando até o tempo que faltava para as viradas de ano.

Mesmo hoje, duas décadas e meia após termos saído da Venezuela, ainda sinto falta de ouvir gaita quando chega la navidad. A sorte é que hoje temos internet para matar essas vontades:

quarta-feira, novembro 18, 2015

Sobre comentários xenofóbicos

Comentário xenofóbico do dia: "Chegaram os sírios bolivarianos.". 

Disponível na matéria http://www.folhabv.com.br/noticia/Venezuelanos-vem-para-RR-fugindo-da-crise-/11591

Me entristece, me enraivece, me emputece gente que não entende que as sociedades foram transformadas pelas migrações, pelo contato entre os diferentes.

Me entristece, me enraivece, me emputece gente que desconhece que há poucos anos o Brasil era o país em crise e que a Venezuela recebia milhares de migrantes daqui, dando a todos a oportunidade que não encontravam em sua terra natal.

Me entristece, me enraivece, me emputece gente sem o mínimo filtro entre a mente retrógrada e a língua e os dedos soltos a falar e escrever bobagens sobre os nossos vizinhos usando chavões esculpidos pela imprensa sulista e encampados pela mídia regional.

Me entristece, me enraivece, me emputece todo pensamento xenofóbico, discriminatório e preconceituoso. Sou filho de gente que foi embora para a Venezuela na década de 1970, viveu, foi triste e foi feliz lá, mas decidiu voltar e ser triste e feliz no Brasil.

Me entristece, me enraivece, me emputece gente que acha lindo reclamar dos muros entre Israel e Palestina, México e Estados Unidos, Europa e Oriente, mas que não duvidaria um segundo em fechar a fronteira aqui do lado.

Me entristece, me enraivece, me emputece gente que não se esforça para ser gente.

terça-feira, setembro 22, 2015

Sobre a Guarda Nacional, o jeitinho brasileiro, o sargento preso e a vida na fronteira

A Guardia Nacional da Venezuela é extremamente corrupta, principalmente nas fronteiras. Pertinho daqui, desde a abertura da BR 174 e da Troncal 10, brasileiros contribuíram para a corrupção da turma, dando aquela gorjetinha básica, aquela caixinha de bombons Garoto, aquele espumante, qualquer coisa que facilitasse a convivência entre os países e, quem sabe, promovesse a internacionalização do jeitinho brazuca. 

Daí, a voracidade dos Guardas cresceu e a cobrança de propina em plata-cash-money-bufunfa cresceu e passou a ser rotina, amparada pela impunidade que sempre (atenção: sempre e não apenas a partir do surgimento do chavismo) reinou do lado de lá da fronteira.

Quase tudo bem até aí, mas quem come e acha gostoso quer repetir e comer até ficar empanturrado. Afinal, só se vive uma vez e que se danem as dietas. E então, a turma dos verdes pensou: que tal um assalto em Pacaraima vez ou outra para aumentar a circulação de divisas na fronteira?

Plano fechado. Bolaram um para setembro. Deu errado. Dois fugiram, um foi preso. Era um Guarda. Novinho, 25 anos, sargento. Nome: Elvis Geovanny Manrique Marcano. Homem da lei do lado de lá, criminoso do lado de cá.
Resultado: o senso de corporativismo da Guarda explodiu e, em represália, começaram a apertar a fiscalização na fronteira. 

Pegaram algumas famílias por aquelas coisas bobas de sempre na rotina de quem vive aqui na linha do Equador (muito dinheiro não declarado no bolso, compra acima da cota etc.), mandaram para Puerto Ordaz e, dizem os parentes, não dão notícias. 

Claro que isso era o esperado: afinal, o poder de la Guardia Nacional na fronteira sobrepuja qualquer acordo do Itamaraty com la Cancilleria venezuelana. Antes de falar com o Maduro, é melhor sempre conversar com o comandante de plantão en el Comando. Fica mais fácil e menos burocrático.

Ciente desse poder, a Guarda deve continuar apertando o cerco contra os brasileiros por um tempo. Se o band...ops, se o Geovanny for condenado, essa coisa de exigir dos brasileiros que cumpram a lei do lado de lá vai continuar. 

A propósito, o deputado estadual Oleno Matos está propondo a criação de uma comissão para acompanhar a situação dos presos na Venezuela. Acho digno e importante. Afinal, direitos humanos não são uma prioridade em meu país natal. Muito menos com estrangeiros.

http://www.folhabv.com.br/noticia/Deputado-propoe-comissao-para-acompanhar-presos-na-Venezuela/10116

terça-feira, dezembro 23, 2014

Venezuela, um país sem bom destino

No lugar onde cresci na Venezuela, nada é como antes. Acabou-se a calma das noites, agora ocupadas pelo medo dos assaltos feitos por jovens em motos. Falta tudo nas prateleiras e nem sequer a gasolina escapa do racionamento. A propina move o mundo e quem deixa de pagar fica de fora do jogo. As gangues dominam as áreas de mineracao (vai sem til, pois o acento nao existe no teclado) e parte das cidades, criando máfias que cobram protecao dos comerciantes. 
As ruas de minha antiga cidade padecemo mal dos buracos na terra do petróleo. Só continua igual o carinho das pessoas com as quais cresci. Isso me reconforta enquanto visitante cada vez esporádico. A eles, no entanto, fica o cotidiano de um país destruído social, política e economicamente. E antes de que alguém diga que a culpa é daquele ou do outro governante, fica a certeza das ruas: venha quem venha governar, isso aqui ainda será a mesma Venezuela de hoje.

sexta-feira, agosto 01, 2014

Postando sobre coleções: a de moedas e cédulas



Depois de postar as fotos com as novas peças que ganhei para dar um plus na coleção de moedas, lembrei que havia um tempão estava sem mexer na caixinha que as guarda.

Fiquei um tempão me programando para abri-la, fotografá-la e montar um texto. Justamente um ou dos dias depois de fazer as fotos, Luma Rosa deixou um comentário na postagem falando de suas coleções. Isso deu mais vontade de compartilhar as imagens das moedas e das cédulas que tenho.

 Vou começar com a estrela da coleção: uma moeda de prata de 1922, do tempo em que o país do Simón Bolívar chamava-se Estados Unidos de Venezuela. Salvo engano, foi presente de uma menina que gostava de mim quando morava em Guasipati. Acho que tentou me comprar...=P


Os valores destas aqui fizeram parte de minha infância. Lembro que com 2 bolívares comprava na bodeguita da esquina uma garrafa de um litro de Pepsi-cola. A de 5 bolívares era chamada de “fuerte”. Assim, se algo custava 5 bolívares, dizíamos “vale um fuerte”. O tempo passou e a família dessa turminha, que começava em um centímo, ficou força para nada.




Essa do canto inferior esquerdo foi encontrada na rua, toda machucada e suja. É de 1943. Cheguei a comprar um produto chamado Brasso para tentar limpá-la. Não deu certo e hoje não me preocupo com isso. Vou guardando apenas. A do meio eu curto por umas das poucas de 1976, ano de meu nascimento, que tenho.






Visão geral e desfocada das peças.  Tem da Argentina, Aruba, Uruguai, Colômbia, Estados Unidos da América, Venezuela, Guyana, Peru, Brasil (claro) e dois ou três países a mais que não lembrei de anotar.







Da esquerda para a direita, de baixo para cima, a prova de como a inflação vem massacrando a Venezuela há décadas. Quando era molequinho, ter uma nota de cem bolívares era ter grana. Depois veio a de 500, apelidada de “orquídea”. Foi seguida pela de mil, dois mil....aí virou algo tipo o Brasil na época do Sarney. As duas últimas ainda compram ou ajudam a comprar algo por lá.




 Quem tem mais de 35 anos deve lembrar-se de ter mexido com estas. Acho bonitas essas cédulas. Levavam o rosto de poetas, médicos, músicos...






Esta leva, que ganhei de presente de meus primos Manoe e Junior, fazia parte da herança deles após a morte do pai. Tinha um de cada uma, mas só peguei uma unidade por valor. Estão novinhas e fazem parte do tempo em que as cédulas da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1930, segunda a Wikipedia) eram impressas na Inglaterra. Ou pelo menos isso é  o que entendi lendo as informações nas cédulas.




Tem outras poucas cédulas da Guyana, EUA, Líbano e um ou dois países a mais. Nem quis fotografar...
 
Agora falta achar e fotografar a coleção de caixas de fósforos. Depois volto a falar de quadrinhos e no final, quando chegarem mais, mostrarei a de actions figures/figuras de ação/bonequinhos.

quarta-feira, maio 14, 2014

Na estrada, de Boa Vista rumo a Santa Elena de Uairén


Dia 6 de maio fui a Santa Elena de Uairén  tentar resolver um problema com a minha documentação venezuelana. Havia tempos que não fazia essa rota sozinho, fosse de carro ou de ônibus. Puxando pela memória, diria que pelo menos uns 10 anos. Acho que a última entrada solitária gerou esta postagem. Ou teria sido esta, fruto de uma outra viagem mas só perpetuada bem depois?

Enfim, seja quanto seja, acordei cinco da manhã e seis horas estava deixando a casa. A estrada está com quase todos os buracos tapados, o que a deixa feito um tapete preto. Para ficar mais segura, só falta sinalizar verticalmente. 

Fiz os 230 km entre Boa Vista e Pacaraima em exatas duas horas. No posto da polícia militar encontrei equipes da produtora contratada pelo governo para fazer os VTs publicitários. O povo estava filmando as ações do programa Tolerância Zero nas Fronteiras, implantado recentemente para tentar controlar o tráfico de drogas e afins naquela parte do Estado. 

Pessoalmente, achei engraçado ver todo ser abordado para que o pessoal pudesse filmar. Depois de apresentar RG, habilitação e documento do carro à policial, vi que um antigo colega de prefeitura estava na equipe da produtora. Sai da parte coberta do posto da PM e buzinei para o Tino Cabeção, mas ele já estava atrás de outro carro, fora de minha visão. 

Quando ia embora, um PM, desses cinquentões, bateu no carro e mandou parar. Pediu todos os documentos de novo, perguntou o motivo de não ter parado na blitz (?), respondi que havia parado sim, perguntou por que o IPVA 2014 não estava pago, respondi irritado (mas controlado, claro, que ninguém se mete com polícia na fronteira) que não precisava pagar pois ainda estava valendo. Perguntou se haviam visto meus documentos, disse que sim e, insatisfeito e talvez querendo fazer bonito pras câmeras, foi perguntar dos colegas se haviam me checado mesmo. Voltou mansinho e mandou que prosseguisse a viagem usando o velho jargão: “pode ir, cidadão”.


Enfim, a viagem foi legal, apesar de não ter resolvido a questão que me levou até a atravessar a fronteira. Meter o pé no acelerador e ouvir a música no máximo faz bem para relaxar. Inclusive, na ida, aproveitei para ouvir todo o novo disco do Calle 13, Multi-viral, que havia baixado um dia antes. 

E agora, fotos e legendas que sintetizam a viagem:

Meu destino: o Saime

Precisa de pessoal para trabalhar ambos sexos? Hum...dubiedade, aqui me tens sem nunca ter saído.

É de lei: chicha para beber toda vez que entro na Venezuela. Aliás, chicha é a melhor coisa da Venezuela

Companheiros de lanche na panaderia perto das 4 esquinas de Santa Elena

Fui caminhar na cidade e aproveitei para entrar pela primeira vez na biblioteca de Santa Elena. Lá, olha quem achei: o livro O livre arbítrio, de Adair J. Santos, pai da patroa

Acho que nem na biblioteca central de Roraima deve ter cópia deste livro e dos outros dois abaixo

Ficha do livro, editado em 1986

Mais dois exemplares da coleção

Aproveitei e deixei um exemplar de meu livro Sem Grandes Delongas na biblioteca.

Frescolita, a segunda melhor bebida da Venezuela depois da chicha

Parada para lavar o rosto no terminal de ônibus de Pacaraima antes de voltar


Ao voltar,  às 13h30, os PMs continuavam pedido documentos do povo e pedindo para abrir os porta-malas 

Parada na BR 174 para esticar as pernas, molha o rosto e olhar ao fundo a serra do Parima, região onde meu pai nasceu

Os campos gerais, o lavrado, o cerrado de Roraima

Seguindo reto, sobe-se a serra e para-se na Venezuela

Fruto de muita pergunta no comércio: casabe, chamado de beiju no Brasil, e catalina (ou cuca, como também é chamada na Venezuela),  coisa gostosa que no Rio Grande do Norte chamam de bolacha preta ou sorda. Isso com queijo é uma delícia. =D

segunda-feira, abril 14, 2014

Fim de semana quadrinístico

Sou fã de histórias em quadrinhos. De todo tipo, sem preferência, sem preconceito, bem coração vagabundo mesmo. Foi nos quadrinhos que aprendi a ler em português, era nos quadrinhos que passava horas divertindo-me aqui no Brasil, de férias, ou lá na Venezuela.

Quando vim morar no Brasil, uma das malas estava recheada de HQs nas línguas portuguesa e espanhola. Estão comigo até hoje.

Ao longo dos anos perdi muito material por empréstimos feitos a pessoas que não devolveram meus gibis. Também adquiri muita coisa em sebos e ganhei muito de amigos e parentes (quando vinha de férias, a ordem de lugares a visitar era esta: primeiro a casa dos avós maternos, onde ficava; depois a casa da vó paterna e em terceiro as bancas que ficavam perto da avenida Ville Roy. Meus tios já sabiam que ia pedir gibis deles).

Bem, pulando no tempo, aqui em Boa Vista conheci poucos colecionadores. Um deles é o Edney Barbosa de Melo, que fez capoeira comigo há décadas e tem uma caixa imensa, dessas que as operadoras de telefonia usam para colocar equipamentos, cheia de HQs bem conservados e protegidos. Destaco isso para dizer que apenas há poucos anos fui tratar com carinho de minha coleção.

Bem, o tema da postagem surgiu a respeito de um encontro de fãs de histórias em quadrinhos e colecionadores de miniaturas de super-heróis que rolou sábado passado no aeroporto de Boa Vista.
Alguns levaram parte de suas coleções e a turma passou a tarde inteira trocando informações e admirando os acervos expostos. 
Olha aqui todo mundo que participou do encontro no final de semana


  Neste link você verá mais fotos do encontro. Fui só olhar e não fiquei mais tempo por já estar comprometido com o Sarau da Lona Poética (que foi lindo, por sinal, e pode ser conferido aqui).

No domingo, recebi no apartamento em que guardo a minha coleção outros dois fanáticos: Michel Sales, jornalista que desenvolveu como trabalho de conclusão de curso uma HQ contando um famoso caso de corrupção local, e Aldemar Marinho de Brito, dono de uma coleção de milhares de revistas da DC e da Marvel Comix publicadas pela Abril e pela lendária Ebal. O material do cara está em perfeito estado de conservação e é de babar. Para guardar as revistas, mandou fazer uma estante que toma todo o corredor de sua casa. Olha ela:
Um mundo de gibis. Coisa par ficar doido

A minha coleção é bem modesta porém tem a riqueza da diversidade do material que veio da Venezuela e o que ganhei/comprei aqui. Aproveitando a visita deles, fui conferir as datas de compra e vi que tenho historinhas com pelo menos 32 anos.

Vamos ver o que o Michel Sales fotografou:



Kaliman, clássico semanal, virou até filme nos anos 1970, conforme descobri dia desses no youtube
Adaptação do filme Caldeirão Mágico, Melhores tiras do Recruta Zero, Tina e Penadinho, Condorito (que chegou a ser lançado no Brasil) e Pato Donald
Antiguidades



Entre mim e o Aldemar é possível ver lá trás uma pilha de HQs já conferida pelo colecionador

Exemplar de Aguila Solitaria


Marshal Law, quadrinhos apocalípticos

Impacto, HQ produzida no Brasil
Versão em espanhol de Lois Lane: Luisa Lane, com Jaime Olsen, o Jimmy Olsen do Super-homem

Fuego, outra série semanal que era publicada há muitos anos



 Bolinha, El Pájaro Loco, Super Ratón, Transformers (versão anos 1980), A Pantera Cor-de-Rosa e Luluzinha



E só não vimos mais por conta da fome e das esposas dos caras, que foram pegá-los para almoçar. Devo dizer que gostei de falar minhas HQs para outros. Compartilhar conhecimento é minha vibe. Por isso que sempre falo nas palestras: o quadrinho é uma ferramenta fantástica para fazer a molecada gostar de ler.

sexta-feira, janeiro 31, 2014

Texto na revista Fórum: Quando matar um índio não é algo mau: o caso Las Rubieras

Semana passada saiu um novo texto de minha autoria no Blog dos Indígenas, espaço aberto a colaborações na Revista Fórum. O material fala de um caso antigo de  massacre de índios na fronteira da Venezuela com a Colômbia. Foi inspirado a partir da descoberta de um clipe do grupo Campesinos Rap, que achei procurando artistas que misturassem joropo, ritmo tradicional de meu país nativo, com o hip hop. 

Do clipe, fui pesquisar o caso. Demorei um pouco até achar as referências textuais que linco no texto: um artigo falando do caso Las Rubieras e um blog escrito pelo advogado de defesa dos acusados da chacina. 

Depois disso veio a fase de criar coragem, muita coragem, para escrever. Entre a descoberta dos textos e a redação final, acho que se passaram uns dois meses...ando preguiçoso, né?

Lê o material e compartilha à vontade. Se você for indígena ou trabalha com os povos originários, manda seu texto, foto, filme, desenho, que a gente está querendo publicar.




Quando matar um índio não é algo mau: o caso Las Rubieras


O índio é um bicho preguiçoso, selvagem, sem cultura, sem o hábito de economizar e acumular que tanto bem fazem ao sistema econômico capitalista. Quer terras mas não sabe como produzir em larga escala. Só atrapalha o progresso e a economia, que tanto precisa de suas terras para desenvolver-se. Sendo assim, matar um indígena para garantir o avanço da mineração, da agricultura e/ou da pecuária é totalmente justificável. A razão estará sempre ao lado de quem atira ou manda atirar.

O parágrafo anterior bem poderia ter sido direcionado aos indígenas do Brasil, mas não sejamos exclusivistas. Eles têm parentes espalhados por todos os cantos da América do Sul. Ou seja, se atrapalham aqui o progresso, como não o fariam no Equador, na Colômbia, no Peru, na Bolívia?

Para esses estorvos, vale desde 1492 a lei do aço. Se com celulares e câmeras digitais os casos atuais de violência e conflitos são registrados facilmente (veja neste link matérias do arquivo da Fórum para saber mais e vamos em frente), vale a pena pensar sobre quantos casos houve sem serem anotados nos cadernos de história.

Quantos mortes de indígenas nas mãos de capangas de fazendeiros ficaram longe dos holofotes da justiça, da mídia? Difícil saber mas sempre aparecem. Foi o caso de um massacre acontecido na fronteira da Venezuela com a Colômbia nos anos 1960.

Donos de terras convidaram para uma festa um grupo de 18 indígenas da etnia Cuiba. Enquanto estavam comendo, foram atacados com terçados e facas. Os que tentaram fugir foram abatidos a tiros, fossem adultos ou crianças. Somente dois conseguiram escapar, seriamente feridos. Os corpos dos mortos foram queimados e misturados ao lixo e fezes dos animais da fazenda Las Rubieras, onde aconteceu o massacre.

Talvez tudo tivesse ficado por isso mesmo se os dos Cuibas sobreviventes não tivessem aparecido meses depois. O caso Las Rubieras foi parar na justiça. Ao defender-se, os acusados alegaram que não sabiam que matar índios era algo ruim, algo mau.

“Para nós, matar índios é como matar veados, pacas e capivaras, com a diferença de que os veados, as pacas e as capivaras não nos fazem dano e os índios sim”, declarou um dos acusados.

A defesa refletiu o contexto histórico da região. Desde 1870, conforme conta o historiador Augusto J. Gómez L. em seu artigo ‘A guerra de extermínio contra os grupos indígenas caçadores-coletores das planícies orientais”, havia registros de massacre dos índios que, sem terras e com a redução de animais silvestres para caça, abatiam gado dos fazendeiros para poder comer.

Os casos de agressão eram tão comuns e naturalizados pela sociedade que foram criados dois termos para identificar o tipo de violência praticado: “guajibiada” designava o ato de procurar e matar grupos de Cuibas e outras etnias da região. “Tojibiada” era a perseguição das mulheres indígenas por homens a cavalo. Quando finalmente elas ficavam cansadas, eram laçadas como gado, jogadas ao chão e estupradas.

Mais de um século de assassinatos em nome da defesa de seus interesses haviam criado na população dos Llanos (planícies) a convicção da normalidade destes atos. Como condenar alguém que agiu conforme os hábitos da região? O artigo do professor Augusto Gómez é cheio de relatos de outras mortes de índios, explicitando pactos mortais entre fazendeiros e autoridades para, pelo uso da força, garantir o uso e a ordem nas terras. Escrito em espanhol, o material pode ser baixado AQUI.

O caso Las Rubieras terminou com todos os acusados sendo absolvidos. A história teve repercussão mundial à época, como pode ser conferido nos textos publicados em 2012 em um blog por Jaime Rafael Pedraza, que atuou como advogado de defesa dos envolvidos.

Toda essa história resumida acima vai virar um filme na Venezuela. Em 2013, o grupo de hip hop Campesinos Rap gravou um clipe com cenas do longa, que deveria ter sido lançado ainda no ano passado.

O clipe apresenta cenas do futuro filme e a letra pode ser dividida em duas partes: a primeira relata o massacre e o julgamento e serve para protestar contra as inúmeras violências cometidas contra os povos indígenas. A segunda atira contra os países que utilizam argumentos antropológicos para oprimir e ocupar militar e economicamente outros países.

Confira o clipe do grupo Campesinos Rap:





Para encerrar, o trecho final do artigo do professor e historiador Augusto J. Gómez L., mostrando que se atualmente não há “guajibiadas” e “tojibiadas”, a situação dos Cuibas não melhorou:


Hoje, os últimos redutos indígenas estão confinados nos rincões das vastas planícies, fugindo dos enfrentamentos armados que, com crescentes intensidade, vêm acontecendo na região nas últimas décadas entre a guerrilha, o exército, os paramilitares e o narcotráfico. Outro grande número de famílias indígenas migrou para os centros urbanos. Lá, deprimidos, humilhados, prostituídos e alcoolizados, concluem sua agonia, depois de mais de um século de perseguição sistemática por aqueles que se chamam “civilizados” mas não demonstram sê-lo.

Edgar Borges, escritor, jornalista, ativista cultural, venezuelano, descendente da etnia Wapichana. Blog pessoal e Twitter.

quinta-feira, junho 13, 2013

Das letras que gostaria de ter escrito:

"Si te he dado todo lo que tengo hasta quedar en deuda conmigo mismo, y todavía preguntas si te quiero, ¿tu de que vas?" - Franco De Vita

quinta-feira, setembro 06, 2012

Sentimentalismo latino


Em algum momento na longa vida deste blog já falei que nós, criados na América espanhola, temos forte tendência a ser o que alguns brasileiros definiriam como amantes da música brega. 

Mesmo num país como a Venezuela, onde o merengue e a salsa dão, literalmente, o ritmo da vida, há espaço para músicas como as rancheras, originárias do México, que batem fundo em corações apaixonados.

São letras e melodias feitas para embalar corações apaixonados, estando ou não sendo correspondidos. 

Lembro que quando era criança vi muitas pessoas em bares e tascas ouvindo esses sons e chorando por uma mulher ou um cara filh@ de uma mãe que não lhes dava a devida atenção. 

Uma boa música ranchera e uma garrafa de cerveja ou de rum fazem a diferença na hora de aliviar as dores do amor. Muito melhor que ouvir rock. Aliás, se há algo com que o rock não combina é com alivio para um coração machucado. Ou não?

Voltemos à minha história: já no Brasil, por questões geográficas, me afastei das rádios e dos ambientes onde se ouvia música ranchera. Verdade que trouxe e ao longo dos anos comprei fitas cassete (lembra disso?) e CD’s que agiam como pontes entre as recordações de meu passado na Venezuela e o  presente, tão cheio de outros ritmos em língua diferente.

E aí chegou a internet, facilitando o acesso aos mp3 da vida. E veio o youtube, alimentado por milhões de pessoas dispostas a compartilhar seus acervos originais e pirateados. E veio forte como nunca a onda das regravações. E veio Maná, regravando, como já fez com um monte de composições rancheras, Hasta que te Conocí, escrita por Juan Gabriel. E vim eu, consolidando minhas conclusões sobre o Maná: são bregas que só e é por isso que são bons e eu gosto.

Tudo isso foi para te apresentar duas versões da mesma música. No primeiro você verá Hasta que te conocí interpretada pela turma do Fher. No segundo está uma versão longa com Juan Gabriel acompanhado por mariachis  e uma uma orquestra sinfônica. 

Se você tem neste momento algum problema amoroso e entende um pouco de castellano, recomendo que não assista. Emociona. 

Vamos lá, chorar: 






E agora, com Juan Gabriel:

sexta-feira, julho 20, 2012

Reflexões sobre o tempo do passado e do presente

Nesta semana vi o DVD d“O homem do Futuro”. Achei fraco no começo, mas logo depois senti que engatou. Do meio da obra em diante começou a parte que achei mais interessante, do ponto de vista da física quântica profundamente estudada por mim em histórias em quadrinhos e outros filmes que abordam  viagens no tempo: o que será que muda hoje quando você tem a chance de alterar o seu passado?

Quando era mais novo e algo importante acontecia, pensava nos “marcos da vida”, aqueles acontecimentos que considero decisivos para estar onde, bem, regular ou mal, estou hoje.  Um pouco de exercício mental e consigo estabelecer diversos.

Na profissão, por exemplo. Se sou jornalista hoje, é por conta de ter lido em um livro da UFRR as ementas dos cursos de jornalismo e de letras. O que fez escolher a atual profissão foi uma disciplina chamada “comunicação comunitária”. Pensei na hora: “uau, que legal. Vou fazer trabalhos em comunidades!”. Me inscrevi, passei e nunca fiz nada parecido. Só engatei nesssa vida depois de formado em Sociologia, escolhida em desfavor de um curso de inglês. Aliás, a sociologia não tem nada a ver com o meu trabalho em comunidades. Se faço isso é por ter conseguido um grupo legal de pessoas para trabalhar e por ter lido muito sobre coletivos em sites. Ah, e por ter conseguido convencê-los. Isto é, eles também fizeram suas opções.

Se estou no Brasil ainda é por ter conseguido aprovação no vestibular de jornalismo. Era isso ou voltar para a minha cidade natal na Venezuela e cursar alguma carreira relacionada a engenharia de minas ou algo do tipo.

Coincidentemente, só viemos (eu e a dona mamãe) para o Brasil por minha causa, que achava meu futuro sem horizontes em Guasipati. Afinal, já no liceu (que engloba da sétima série até o último ano do ensino médio) todos os meus amigos estavam trabalhando em coisas legais, fazendo cursos no Ince, equivalente ao sistema Senai, e eu nada, era apenas um garoto bobo latinoamericano sem dinheiro no bolso.

Enfim, ter vindo para cá determinou para onde minha vida foi nos últimos 21 anos. Nessas duas décadas e um ano registrei um tanto de “marcos da vida”. Rapidamente:

1.Quase fui morto por um bêbado que achou legal apontar uma arma para minha cabeça. Já pensou em que blog VOCÊ estaria lendo um texto agora se o cara tivesse atirado mesmo?

2.Deixei de acertar algumas ofertas de emprego que depois se tornariam tanto muito lucrativas como muito horrorosas. Deu no que deu, né?

3.Escolhi ser pai e morar com a patroa. Daí os caminhos se dividem de fato, tanto financeiramente como amorosamente. Afinal, não dá mais para gastar tudo em viagens, bebidas, prostitutas e outras drogas. Tenho que economizar para garantir um bom presente ao moleque. E também não dá para ir de bar em bar namorando geral.

4.Não estudei o tanto que devia para certas coisas e perdi muito tempo investindo em outras (e muitas vezes em nada).

5.Tentei e desisti várias vezes de aprender a tocar violão. Tivesse aprendido, estaria numa banda, tocando música latina, possivelmente na tua cidade. Naipe de músico o povo diz que não me falta.

Mas agora não quero mais falar dos resultados que as escolhas trazem. Só sei que virar à esquerda ou dobrar para a direita, ficar parado ou ceder a vez faz muita diferença e, sinceramente, não sei em que ponto, caso fosse possível voltar no tempo para mudar algo, faria a alteração drástica de meu passado. Só sei que, de acordo com meus profundos saberes sobre viagens temporais, possivelmente nada seria como é.

Bem, o nível de comentários anda ridiculamente baixo no blog. Mesmo assim, vou deixar aí, jogado  no vento do tempo, uma pergunta: o que você mudaria em seu passado?

Aproveita o clipe da música Tempo Perdido, que ficou muito legal nas vozes dos protagonistas d'O Homem do Futuro:



quinta-feira, janeiro 27, 2011

Cuando me enamoro


Se liga na percussão suave, envolvendo as vozes de Enrique Iglesias e Juan Luis Guerra. Aí você acompanha também a história do clipe, claro.
Você não sei, mas eu fui voando lá pra minha infância e juventude e fiquei o tempo todo sorrindo, lembrando dos amores (correspondidos ou não, é o que menos importa) daqueles tempos.

Na cena do garoto e a diretora, lembrei também de uma professorinha do ensino médio na escola estadual Gonçalves Dias. Não da minha turma, mas do pessoal de outra sala. Professora de química. Linda, cabelo curto, pernas grossas, vestidinho de garotinha do campo, morenaça, tipo feita para mim.
Todos ficávamos na parede esperando vê-la passar para o começo das atividades. Ai, nunca as 13h25 foram tão atraentes..

Cuando me enamoro a veces desespero,
cuando me enamoro,
cuando menos me lo espero, me enamoro
se detiene el tiempo, me viene el alma
al cuerpo, sonrio, cuando me enamoro...

Curte aí que agora minhas mãos voltaram a doer.





quarta-feira, janeiro 26, 2011

Projeto Caminhada Arteliteratura - 1ª visita às comunidades indígenas de Pacaraima 

Diário de caminhada - 20 de Janeiro de 2011

Escrito por Zanny Adairalba no blog do projeto Caminhada Arteliteratura

O relógio desperta antes de o dia clarear. São cinco horas de uma sexta-feira e o café da manhã é feito de forma rápida para não atrasar a viagem. Hoje a visita será feita às comunidades Boca da Mata e Sorocaima II.

Desta vez também usaremos a BR 174 em direção à Venezuela mas não haverá travessia em rios, balsas e outros medos.

Em compensação o percurso é bem maior que o realizado para chegar às primeiras comunidades indígenas visitadas. Depois de um bom tempo de viagem, as placas indicam que entramos na área indígena São Marcos, que logo depois se cola com a Raposa – Serra do So, formando um único Território da Cidadania.

Aqui o usufruto da flora e da fauna é exclusivo dos indígenas, como alertam placas ao longo da BR 174.

Para poder voltar a Boa Vista, temos primeiro que deixar o Brasil e abastecer na Venezuela. Gasolina muito barata (coisa de centavos de real por litro) gera filas demoradas.


Para tentar controlar o descaminho, a Polícia Federal de Pacaraima estabeleceu dias de abastecimento baseados nas placas dos carros. Mesmo assim, a fila é única e demorada. Quem não quer passar horas esperando apela pros abastecedores clandestinos, que vendem combustível a um real por litro. Em Boa Vista, o mais baixo valor é R$ 2,83 o litro.



Abastecidos e almoçados em Santa Elena de Uairén, do lado de lá da fronteira, baixamos a Serra de Pacaraima.



Ao chegar na primeira comunidade, Sorocaima II, não conseguimos encontrar nosso contato mas deixamos com um parente dele um documento explicando o que queremos fazer e quando.


Nossa próxima parada é Boca da Mata, comunidade com mais de 400 moradores, já em área de cerrado, ou lavrado, como chamamos por aqui.

Encontramos o tuxaua Carlos conversando com o professor Mauro enquanto supervisionava a limpeza das ruas. Fomos convidados a fazer parte da roda para explicar o motivo de nossa visita. Tivemos aprovação imediata e já marcamos para a manhã de 18 de março a atividade.




Com esse contato fechamos a etapa de visitas para agendamento das atividades dentro das comunidades indígenas. É importante destacar que em todas fomos recebidos com entusiasmo por parte dos administradores que, imediatamente, demonstraram-se conhecedores da importância dessa ação assim como bastante interessados que projetos como este continuem acontecendo.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Oyendo y viendo cosas de Venezuela


Tem um blog muito legal feito por uns venezuelanos só para lembrar de coisas do tempo que todos éramos moleques, o "chamos", termo usado para designar pirralhos e outros caras. O blog, muito apropriadamente, tem o nome de "Cuando era chamo - echándolo un vistazo a nuestro pasado".
Peguei de lá links do Youtube para duas músicas que até hoje embalam a turma do outro lado da fronteira e já me acompanharam muito na minha infância em Guasipati. As explicações sobre cada canção e as letras, para quem souber espanhol/castellano estão lá.


Mi Burrito Sabanero, por Juanes



E Sin Rencor, por el Gran Coquivacoa

terça-feira, abril 20, 2010

Colgando en tus manos


Essa música tem algo que me fascina. Acho que é progressão sonora que adoro, com o violão abrindo e os instrumentos entrando aos poucos. Talvez seja por falar de “poemas feitos à mão” e “canções do 4.40”, uma banda das antigas que sempre acompanhou o cantor Juan Luis Guerra, ou pelo fato de referenciar a Venezuela e viagens que os personagens fizeram.

Talvez seja tudo isso. Talvez seja a figura “meu coração está pendurado em tuas mãos”. Acho que é culpa de meu espírito brega latino, resquícios de minha infância e começo de adolescência ouvindo a música ranchera de Ana Gabriel e Vicente Fernandez em Guasipati, indo às coleadas, sintonizando emissoras de rádio AM, gravando fitas cassete com merengues e salsas que falavam de amor e outras coisas em espanhol.

Não sei bem o que é, mas tenho certeza: não é nenhum dos videoclipes, seja o da versão solo de Carlos Baute ou o gravado com Marta Sanchez. Entre as duas produções, optando, a de melhor visual é a primeira. Tem essa mítica do homem errante em busca de se encontrar no meio do mundo. Gosto disso, desse contraponto à minha sedentariedade. Deixo os dois para quem quiser opinar.



e

quinta-feira, novembro 12, 2009

Meio que tuitando


O jornal The Times publicou lista dos 100 melhores filmes da década. Vai aqui para ver em inglês a lista dos que você assistiu.

Se o teu lance, como o meu, é mais um portuga básico, vai aqui nesta outra página para ver apenas os 30 melhores da lista.




Muitos eu não vi. Outros sim. De vários não gostei. E tu?

Calor, muito calor. Boa Vista está inabitável de dia. A coisa só fica boa quando a noite baixa.

Finalmente o apagão chegou em Roraima. Dois dias depois. Ainda bem que foi só um minutim e que RR fica longe de tudo, até do hipercaos...

Aliás, o medo e a piada corrente aqui é que Hugo Chávez fique de bico com o Brasil e desligue a chave de nossa energia.

Se você chegou hoje no Crônicas da Fronteira, a energia de Roraima vem toda do complexo da hidroelétrica de Guri, na Venezuela.

Acho que é só. Qualquer bobagem, ando a quase toda hora no Twitter. Coisa séria, passa e-mail.

Lumita, nossa conversa continua lá nos comentários do penúltimo post.

P.S.: se você sacou o lance dos caracteres, parabéns. Caso contrário, se liga no título.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Dois subtítulos para um post apenas


Confecom RR

A 1ª Conferência Estadual de Comunicação  de Roraima será realizada nos dias 20 e 21 de novembro, em local ainda a definir. O tema é “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”.

Para preparar a conferência e manter o povo informado, há reuniões semanais, releases enviados a la prensa e até um blog.






A 10ª reunião ordinária será nesta sexta-feira (6) no Plenarinho da Assembleia Legislativa, instituição que convocou a conferência em Roraima.




O encontro será às 10h. Se você mora aqui no Estado e acha que tem perfil para ajudar a montar a conferência, dá um chega lá. Não paga nada para colaborar.


A pauta é esta:

1 – Leitura, alteração e aprovação da ata anterior (30/10/2009);
2 – Informes;
3 – Apresentação dos novos membros da Comissão Organizadora;
4 – Leitura, discussão e votação do requerimento das Instituições afastadas da COE;
4 – Avaliação da Conferência Virtual de Mulheres;
5 – Realização da 1ª Conferência Livre de Boa Vista;
6 – Alteração do Regimento Interno da Confec/RR;
7 – O que houver.


Países no Crônicas


Por ordem de acesso, as nações que mais visitaram até agora este blog:

1.Brasil
2.Portugal
3.Estados Unidos
4.Uruguai
5.Venezuela
6.França
7.Peru
8.Espanha (Spain também é bonito)
9.Reino Unido
10.Argentina

Comentário 1: morando aqui do lado da Venezuela e ninguém de lá me visita como os uruguaios? Vou ter que falar mais de reggaeton, Chávez, calipso, merengue e salsa.




Comentário 2: já pensou se escrevesse em gringuês? Ia ser um estouro esses acessos dos EUA e do United Kingdom. Seriam mais eles que os brasileiros.


Comentário 3: tudo bem que não é tudo isso de acesso, mas...




Comentário 4/Pergunta 1: e tu, caro leitor e fantástica leitora, que países mais visitaram o teu blog até agora ou de onde estás chegando? Me responde...