segunda-feira, maio 17, 2010
quinta-feira, maio 13, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
segunda-feira, maio 10, 2010
Matemática
- Acho que estou um pouco gordo...
- Olhaí, tô magrinho, só músculo, né?
terça-feira, julho 21, 2009
Fake
Minto de vez em quando para não me acostumar com a verdade, disse-me a vidente enquanto olhava com atenção a minha mão.
segunda-feira, julho 13, 2009
Som
Balbuciou alguma coisa parecida com “acho que isso não está certo”, mas logo calou, respondendo aos beijos do melhor amigo de seu marido.
terça-feira, junho 16, 2009
( Foto: Marcos Lima)
Ninguém sabe o que acontece com o homem por baixo da roupa do alegre e dedicado Zé Gotinha.
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Pais, responsáveis e afins, lembrem:
segunda-feira, junho 01, 2009
Choveu na manhã desta segunda na cidade mais quente do norte. Chuviscou no começo da tarde na cidade mais quente do Norte. E isso foi escrito sem provincianismo, apenas com alivio.
Lá em Manaus, os amazonenses comemoram o anúncio da cidade como uma das sedes dos jogos da copa do mundo de futebol em 2014.
Quem não pagou até agora o IPTU 2009 ganhou mais 15 dias para conseguir a grana e quitar a dívida com a Prefeitura de Boa Vista.
Está no Overmundo, para edição colaborativa, uma entrevista feita por e-mail com Luís Ene sobre o congelamento das atividades da revista Minguantes. Chega lá e sugere algo, se for o caso.
Começou a Semana Municipal de Meio Ambiente. Olhaí a programação a partir de amanhã:
Terça-feira (2)
8h – Plantio de 5 mil mudas de plantas nativas
Local: Igarapé Caranã
15h – Curso de Ikebana
Local: Horto Municipal – sala verde
Quarta-feira (3)
8h30 – Sensibilização ambiental com fantoches e vídeos
9h30 – Trilha ecológica: valorizando a flora do Bosque dos Papagaios
Local: Bosque dos Papagaios
15h – Exposição de fotos e animais taxidermizados
Local: Auditório da UFRR
15h30 – Palestra sobre A3P
Local: Auditório da UFRR
16h – Palestra sobre Igarapé Caraná
Local: Auditório da UFRR
16h30 – Palestra sobre Operação Inverno
Local: Auditório da UFRR
17h – Distribuição de mudas de plantas, de folhetos sobre A3P e de material de sensibilização ambiental
Local: Auditório da UFRR
Quinta-feira (4)
8h30 – Palestra sobre contenção de animais silvestres e molde de pegadas Local: 7º BIS
14h30 – Palestra sobre Bioinvasão
15h30 – Palestra sobre Políticas Ambientais
Local: Auditório da UFRR
Sexta-feira (5)
9h – Blitz Educativa – entrega de 300 mudas e de panfletos
Local: avenida Capitão Ene Garcez
Sábado (6)
14h – Apresentação de rapel
Local: Ponte dos Macuxi
17 – Encerramento
Local: Orla Taumanan
quarta-feira, maio 20, 2009
sábado, abril 04, 2009
(Texto-exercício para a Oficina do Rumos Itaú Cultural, publicado originalmente aqui)
Abril é sempre calorento, mas desde ontem chove um pouco na cidade. Quer dizer, chove intensamente por alguns minutos e aí o sol ressurge para lembrar que estamos no meio do planeta, próximos à Linha do Equador e não temos direito a dia frios. Quando muito, uma vez por bimestre no verão, a dias amenos.
Fim de tarde fotografado por Marcelo Seixas
Março foi bravo. Secou tanto no lavrado que em alguns dias era difícil até respirar. De um trabalho para outro saía correndo para entrar na sala e aproveitar ao máximo os condicionadores de ar no máximo.
Alguns amigos não têm essa sorte e ficam o dia todo pegando o sol que queima o lavrado. Amigos e parentes. Meu pai é um deles. Neste ano, meio pela crise, meio pela vontade de trabalhar um pouco mais afastado, garantiu um trampo na Venezuela. Lá, apesar de muito quente em algumas regiões, sempre venta mais que aqui no começo da manhã e no final da tarde. Dá até para colocar as mãos nos bolsos das calças e pensar em usar jaquetas.
Aqui não. Aqui é uma Macondo sem estação de trem, sem uma família de Buendías, mas com aquela loucura das pessoas e a simplória divisão do tempo em dois blocos: calor e chuva, chuva e calor.
O bom de ter um verão tão definido é que sabemos quando poderemos assistir a shows e atividades culturas feitas ao ar livre. A menos que entre uma grande fria pelo Atlântico, não há risco nenhum de cancelamento. Mas, por garantia, é bom não contar com a certeza climática quando se vive em Macondo, quer dizer, em Boa Vista.
quinta-feira, março 26, 2009
Mais uma dose
Pedi mais uma dose. O dono do boteco disse que estavam fechando. Pedi mais uma dose. Ele repetiu a ladainha:
- Estamos fechando. Já é quarta-feira e até eu tenho que acordar cedo.
E eu perguntei alguma coisa sobre a vida dele? Ele por acaso não tinha percebido que um homem bebendo até de madrugada no meio da semana só possui três opções de vida: estar desempregado e depressivo, ser um bebum assumido (com ou sem grana) ou então sofrer do mal do amor não correspondido?
- Mais uma dose, por faaavoor, repeti, enfatizando bem a última palavra da frase.
De cara feia, o dono do bar não trouxe a dose e sim a conta. E eu pedi a conta? Se por acaso eu tivesse preocupado em pagar estaria pedindo mais uma?
Depois disso, só lembro de ver o seu João, 55 anos, havia 20 à frente de seu boteco, estirado no chão. Igualzinho às cenas de cinema, o sangue escorria de sua cabeça partida por mim com a cadeira de ferro que ele insistia em não trocar por outra mais confortável. Depois veio a polícia, a fuga, a prisão, a condicional, um novo amor, uma nova decepção e mais uma dose.
Lembro-me como se fosse agora...
terça-feira, março 24, 2009
Um dia, acordou cansado da vida que levava. Decidiu não tomar o café de sempre, na cadeira de sua casa de sempre e foi comer na pastelaria duas esquinas à frente. Encontrou lá a que seria o seu feliz amor se acaso ela soubesse que o destino os havia definido como amantes eternos.
Ela não sabia e não se preocupou em saber. Estava demais ocupada rindo com o seu amor concreto e presente.
Nessa manhã, e em muitas outras até o último de seus dias, ele continuou cansado da vida que levava.
terça-feira, julho 03, 2007
Elizabeth está que arde de paixão. Hoje, sacio minha sede de ti, Luizão, pensa enquanto beija o rapaz. Para Elizabeth, a noite até agora está quase perfeita. A festa com a turma do trabalho correu bem, a troca de presentes compensou o investimento no perfume para a moça da recepção e o jantar foi ótimo.
Mas Elizabeth deseja mais da noite. Anseia lamber cada pedaço do Luizão, que apesar do nome é baixo e magrinho. Luizão, Luizão, me mostra de onde você tirou esse apelido, voa a frase pela cabeça de Elizabeth.
Beth tira a sua roupa enquanto dança ouvindo os Beatles tocando Love me do. Ela gosta do Luizão desde que o moço começou a trabalhar como assistente administrativo na empresa. Beth acha as mãos de Luizão lindas e seu queixo másculo. Quando o rapaz passa carregando algumas pastas, ela fica olhando a sua bunda, imaginando como seria apalpá-la.
É, Luizão, hoje tu escapas de um raio, mas não de mim, pensa Beth, tomando mais uma taça de vinho e avançando para a cama vestida apenas de perfume e desejo. Sobe no colchão com um movimento diagonal e a luz do abajur joga sombra em seu bumbum, o sonho de consumo de muitos solteiros e casados dos prédios onde vive e trabalha.
Luizão deve estar que nem se agüenta também, feito eu, pensa Elizabeth, louca para beijar, morder, arranhar e fazer com o moço qualquer outra ação imoral que venha a lhe passar pela mente.
Beth esfrega seu desejo nas pernas de Luizão e sobe, preparando-se para ações mais íntimas quando percebe um certo, hummm, desânimo, para chamá-lo assim, no moço.
Parece que a auto-estima anda baixa por aqui, pensa sarcasticamente Beth, disposta a fazer uma terapia rápida para solucionar os problemas do rapaz e assim tocar a noite a contento.
Mas Beth, pobre Beth, talvez não sacie sua fome hoje. É que Luizão, empolgado com a festa e com a quase certeza de uma noite de paixão garantida com Elizabeth, acabou comemorando antes da hora a vitória do jogo ainda não jogado. Resumindo, entornou demais as copas, misturou muita cerveja com alguma vodka e um pouco de vinho e agora, tsc, tsc, surge bêbado e em magnífico ronco na frente de Beth.
Pobre Beth, ela hoje escapa de um raio, mas não de ir dormir com fome e com sede. E ainda corre o risco de Luizão vomitar a sua cama. Afinal, ninguém sabe o que e como pode sair dessa mistureba alcoólica.
segunda-feira, abril 30, 2007
No grupo de amigos, a pergunta:
- E se vocês pudessem ter todo o sucesso do mundo, com milhares de holofotes apontados para vocês, dizendo que são o máximo e tal, centenas de homenagens pelos serviços prestados à humanidade, como fariam?
- A minha parte eu quero em dinheiro.
- Pra mim, separa umas broas que já tá bom demais.
- Troco por quatro quilos de sexo, drogas e roquenrol.
- Me arranja um iPod e uma som novo pro carro que tá massa.
- Deixa eu dar uns pegas na tua irmã que que me conformo.
- Eu queria ser deputado federal.
- Bom mesmo era encher a cara todo dia sem ficar de ressaca e com o fígado inteiro.
- Dá pra trocar por uma coleção de gibis da Mônica? É pra minha irmãzinha...