segunda-feira, maio 08, 2017

Artesanias: fazendo um carro custom do Coisa, do Quarteto Fantástico



Faz uns dois meses que fechei esse projeto, mas só agora me toquei de publicar o resultado. Pensei em fazer um vídeo com todas as fotos, mas como não tenho os programas básicos de edição e não rolou fazer a montagem no sistema do YouTube, vamos direto aqui falar de meu carrinho 1:64 custom do Coisa, o homem de pedra do Quarteto Fantástico.

A ideia nasceu há uns dois anos, depois que tentei enferrujar esse Hummer da marca Maisto mergulhando-o em água com muito sal. Não deu certo e guardei a miniatura enquanto não decidia o que fazer. Um dia, bati o olho no meu Coisa Marvel Select e achei que seria uma boa fazer-lhe um carrinho.




Primeiro passo foi desmontá-lo (na verdade, verifiquei depois que não precisava ter feito isto. Com cuidado dá para fazer o custom sem esta etapa.)













Segundo passo: criar as rochas com massa durepox. Duas anedotas aqui: nunca havia mexido com massa durepox e tive que apelar para os tutorais do YouTube para não arriscar fazer a mistura errada. A outra : como estava segurando o carrinho na mão enquanto botava as bolinhas/rochinhas, um dos lados ficou meio amassado. Tive que fazer as marcas das separações depois.










Terceiro passo: Depois de passar um primer nas rochas de durepox, pintei a base com tinta PVA preto fosco.










Na sequência passei o laranja usando a técnica do Paint Brush, ou seja, bem de levinho... Percebam que ficou bem forte e definida a diferença de cores que marcam a rachadura das pedras.










Antes de montar, decidi passar um verniz e garantir a proteção da pintura. Já percebi que o verniz escurece uns 30% as pinturas. É o preço da segurança da cor não ir embora no primeiro manuseio. No final, ficou esse Hummer custom car d’O Coisa, que já foi para a estante, impor respeito aos carrinhos de carroceria mais leve.
























sexta-feira, maio 05, 2017

Sobre o Sesc Literatura em Cena 2017: foi bonito, foi...

A penúltima semana de abril foi legal, muito legal. Participei como autor convidado da primeira edição do Sesc Literatura em Cena, organizado pelo Sesc Roraima. 

O evento aconteceu no ginásio do Sesc Mecejana, aqui mesmo em Boa Vista e teve participação dos autores de livros de prosa e poesia Zanny Adairalba, Elimacuxi, Francisco Alves e Eroquês Velho, entre outros. 

 (A programação completa tu confere no banner desta postagem).

Foi uma semana de reencontrar os amigos, papear sobre a vida e literatura, dar risada, conversar com o público e sair do ginásio quase todas as tardes para ir comprar amendoim na feira do produtor, que fica ao lado Sesc.
 


Escritor  Bruno Garmatz


Foto cheia da ressonância cultural. Em pé: escritor Bruno Garmatz, músico e coordenador de cultura do Sesc Cláudio Moura, escritores Edgar Borges, Zanny Adairalba e Elimacuxi, professora de literatura Mirella Miranda e escritores Francisco Alves e Ricardo Dantas. Agachados, os contadores de histórias Anderson Souza e Moacir  Monte.



Aula de ioga no final do Literatura em Cena: Elimacuxi e seu aluno Edgarzinho Borges Bisneto



Só figuras lá trás: Anderson Souza, Francisco Alves, Zanny Adairalba e Moacir Monte



Parte dos livros, o meu no meio, que estavam à venda no estande da Máfia do Verso


Galera cansada no final de um dia de trabalho no evento hahahaha

Só assim para encontrar esses dois contadores de histórias: Moacir Monte e Anderson Souza


No último dia, integrei uma mesa redonda com Elimacuxi e Francisco Alves. Nosso tema foi “Prosa e poesia: da rua à academia”, discutindo ações e produções culturais no Estado e mundo afora.

 













 


Além disso, na noite do encerramento, reativei o papel de MS, ou Mestre de Saraus. Foi a primeira ação do ano do Coletivo Caimbé, desta vez em parceria com o grupo Máfia do Verso.



 





 


Foi legal ouvir o pessoal expressando-se. Dá até vontade de sair do ciclo de férias em que o Caimbé entrou, mas o momento é de tocar ações focadas em outras áreas.

 Deixo aqui meus agradecimentos pelo convite à turma da Coordenação de Cultura do Sesc Roraima, especialmente ao chefe do setor, o músico e administrador Cláudio Moura.

Do evento, ficou uma consequência bacana para mim: criei coragem para me coçar e ir atrás de publicar meu primeiro livro de poemas. Vai se chamar, provisoriamente, "Incertezas no meio do mundo" e terá entre 40 e 43 textos. 


Espero que alguns leitores do blog comprem quando sair. 

quarta-feira, maio 03, 2017

E teve Greve Geral em Boa Vista

A última sexta-feira de abril foi de greve geral em Roraima. Milhares de manifestantes foram às ruas para protestar contra as alucinadas propostas do governo Temer, que quer reformar a previdência e a legislação trabalhista ao custo do sangue e suor de quem não é empresário ou rentista.

Até os técnicos administrativos da Universidade Federal de Roraima se mobilizaram no dia 28 para integrar o movimento nacional. Digo “até” porque nós não temos sindicato que puxe essas discussões e a turma é dividida entre uma galera um pouco mais consciente e os que classifico como viúvas eternas da última eleição, aquela turma do “eu não tenho culpa. Não votei na chapa da Dilma nem do Temer e tudo é culpa do PT”.

Enfim, considerações pessoais aparte, a galera da UFRR se mobilizou via grupos de WPP, fez uma assembleia e decidiu paralisar, mesmo com a ameaça do corte de ponto que o Governo Federal mandou.

Na manhã da Greve Geral as duas entradas da UFRR foram bloqueadas logo cedo. Entre as 6h e as 9h os manifestantes ficaram entre os pontos de bloqueio e a concentração no cruzamento das avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, lugar mais conhecido por “semáforo do Ibama”.









  Dali, a turma foi de carro e a pé para o Centro Cívico, onde outras centenas de pessoas já estavam esperando e chegando. Indígenas, trabalhadores urbanos e rurais, servidores públicos, estudantes, ativistas, sindicalistas e pequenos empresários estiveram na mobilização, que deve ter tido em torno de cinco mil participantes.







Nas falas do povo, a indignação aparecia a cada momento, principalmente contra os senadores Romero Jucá, eleito por Roraima e um dos principais aliados do Temer no desmonte dos direitos que os trabalhadores estão perdendo, e os deputados federais Remídio Monai, Maria Helena Veronese, Abel “Galinha” Mesquita, Hiran Gonçalves, Édio Lopes e Shéridan Oliveira.




O foco nestes deputados federais é porque todos votam a favor de qualquer proposta do Governo Federal ou que venha a atingir o que ainda resta de estado social: terceirização, cobrança de mensalidades, reforma trabalhista... São praticamente os autores da frase “hay gobierno, soy a favor”.



 O ato de protestou foi até meio-dia, quando a galera encerrou dando uma volta ao redor da praça do Centro Cívico e cantou o hino nacional. Foi bonito e recado foi passado.






P.S.: no mesmo dia em que publiquei esta postagem, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma da Previdência. O El País publicou matéria, disponível AQUI.

O deputado Jean Willis publicou uma imagem com a lista dos deputados que aprovaram o texto-base: