segunda-feira, maio 07, 2007
Chegaram as águas de maio
Finalmente o verão amazônico está chegando ao fim. Chove em Boa Vista desde o sábado à noite, com pequenos intervalos para dar um tempo à terra seca, desacostumada às chuvas.
As noites agora ficarão mais frias, nada parecidas com os últimos dias, por exemplo, quando o calor, somado à falta de brisa, parecia asfixiar a cidade. Agora ficará mais fácil de sair no meio da tarde sem sentir a pele queimando.
O inverno é bom para os agricultores plantarem, é bom para pessoas como eu, que ficam de mau humor quando está muito quente. É ruim para quem inventou de fazer casas sobre os lagos que havia na cidade e perto dos igarapés e rios. É ruim também para os agricultores que vivem nas vicinais no interior do Estado. Nesta época, fica difícil transitar nas estradas de barro e escoar a produção.
É bom para passear no intervalo entre uma chuva e outra. É ruim para secar a roupa lavada no final de semana. É bom para namorar debaixo do lençol e tomar chocolate quente. É ruim para namorar no portão.
O inverno é bom para pensar e ouvir música no escuro. É ruim para fazer show ao ar livre.
Mas que tanto, que venham as chuvas com força total. Como bem disse minha avó Maria José, “tava na hora do inverno dar um chute no verão”.
Finalmente o verão amazônico está chegando ao fim. Chove em Boa Vista desde o sábado à noite, com pequenos intervalos para dar um tempo à terra seca, desacostumada às chuvas.
As noites agora ficarão mais frias, nada parecidas com os últimos dias, por exemplo, quando o calor, somado à falta de brisa, parecia asfixiar a cidade. Agora ficará mais fácil de sair no meio da tarde sem sentir a pele queimando.
O inverno é bom para os agricultores plantarem, é bom para pessoas como eu, que ficam de mau humor quando está muito quente. É ruim para quem inventou de fazer casas sobre os lagos que havia na cidade e perto dos igarapés e rios. É ruim também para os agricultores que vivem nas vicinais no interior do Estado. Nesta época, fica difícil transitar nas estradas de barro e escoar a produção.
É bom para passear no intervalo entre uma chuva e outra. É ruim para secar a roupa lavada no final de semana. É bom para namorar debaixo do lençol e tomar chocolate quente. É ruim para namorar no portão.
O inverno é bom para pensar e ouvir música no escuro. É ruim para fazer show ao ar livre.
Mas que tanto, que venham as chuvas com força total. Como bem disse minha avó Maria José, “tava na hora do inverno dar um chute no verão”.
quinta-feira, maio 03, 2007
Teatro em Roraima
Opa, a partir desta sexta tem peça teatral, oficina de iluminação e debate sobre os espetáculos apresentados. É a Caravana Balaio Teatral, que traz a Roraima o grupo de teatro Clowns de Shakespeare, de Natal-RN.
Opa, a partir desta sexta tem peça teatral, oficina de iluminação e debate sobre os espetáculos apresentados. É a Caravana Balaio Teatral, que traz a Roraima o grupo de teatro Clowns de Shakespeare, de Natal-RN.
O grupo vai apresentar seis espetáculos, ministrar duas oficinas e participar de dois debates. A turma começou a trabalhar no dia 2 e vai até 6 de maio, em Boa Vista e Iracema, município ao sul do Estado.
O circuito começou pelo município de Iracema, onde o grupo apresentou o espetáculo Fábulas promoveu um debate com o tema Teatro de Grupo Fora do Eixo.
Esta é a segunda vez que Os Clowns de Shakespeare vêm a Roraima. No ano passado, o grupo participou da II Mostra Sesc de Artes. Este humilde cronista assistiu às apresentações. Muito barulho por quase nada, inspirada na obra de Shakespeare, é totalmente diferente da peça Roda, Chico, peça roteirizada a partir das músicas de Chico Buarque. Uma é comédia e a outra é mais drama. Mas ambas são muito boas e vale assisti-las.
segunda-feira, abril 30, 2007
Escolhas
No grupo de amigos, a pergunta:
- E se vocês pudessem ter todo o sucesso do mundo, com milhares de holofotes apontados para vocês, dizendo que são o máximo e tal, centenas de homenagens pelos serviços prestados à humanidade, como fariam?
- A minha parte eu quero em dinheiro.
- Pra mim, separa umas broas que já tá bom demais.
- Troco por quatro quilos de sexo, drogas e roquenrol.
- Me arranja um iPod e uma som novo pro carro que tá massa.
- Deixa eu dar uns pegas na tua irmã que que me conformo.
- Eu queria ser deputado federal.
- Bom mesmo era encher a cara todo dia sem ficar de ressaca e com o fígado inteiro.
- Dá pra trocar por uma coleção de gibis da Mônica? É pra minha irmãzinha...
No grupo de amigos, a pergunta:
- E se vocês pudessem ter todo o sucesso do mundo, com milhares de holofotes apontados para vocês, dizendo que são o máximo e tal, centenas de homenagens pelos serviços prestados à humanidade, como fariam?
- A minha parte eu quero em dinheiro.
- Pra mim, separa umas broas que já tá bom demais.
- Troco por quatro quilos de sexo, drogas e roquenrol.
- Me arranja um iPod e uma som novo pro carro que tá massa.
- Deixa eu dar uns pegas na tua irmã que que me conformo.
- Eu queria ser deputado federal.
- Bom mesmo era encher a cara todo dia sem ficar de ressaca e com o fígado inteiro.
- Dá pra trocar por uma coleção de gibis da Mônica? É pra minha irmãzinha...
quinta-feira, abril 26, 2007
Partículas
O Ensaio Poético Ilustrado de Lindomar Neves Bach ainda não estava lá quando cheguei no bar Carta Roja. Obra independente, bancada pela coragem do autor e o estímulo de conhecidos, foi lançada em um espaço alternativo, numa noite fria, num bairro distante do Centro.
As possibilidades de encontrá-lo por onde costumo andar? Poucas.
Mas hoje, graças a uma gentileza de minha colega Soninha, veio até mim. Aqui, sem autorização do autor, alguns poemas (os mais curtos, é claro, que dá uma preguiça escrever....):
Diva
Menina linda
A calma se contorce
Quando você passa
Minha rua
Aonde nada acontece
É tua..
Razões
O amor é tudo
Que sobrevive
Ao tempo
Esperança de vida
Sem amor
Não existe
Sussurros
Num arrebol
A noite chega
Calando o sol
Moldura
Espera...
Cai a chuva
Mas o sol virá
E a noite ainda demora
O poeta operário
Com o olhar nublado
Molda no imaginário
A sepultura dos seus olhos
O amor tão desejado
A inocência
Na nudez
De um dia ensolarado.
As possibilidades de encontrá-lo por onde costumo andar? Poucas.
Mas hoje, graças a uma gentileza de minha colega Soninha, veio até mim. Aqui, sem autorização do autor, alguns poemas (os mais curtos, é claro, que dá uma preguiça escrever....):
Diva
Menina linda
A calma se contorce
Quando você passa
Minha rua
Aonde nada acontece
É tua..
Razões
O amor é tudo
Que sobrevive
Ao tempo
Esperança de vida
Sem amor
Não existe
Sussurros
Num arrebol
A noite chega
Calando o sol
Moldura
Espera...
Cai a chuva
Mas o sol virá
E a noite ainda demora
O poeta operário
Com o olhar nublado
Molda no imaginário
A sepultura dos seus olhos
O amor tão desejado
A inocência
Na nudez
De um dia ensolarado.
quarta-feira, abril 25, 2007
Mudança
O tempo muda. Até em Boa Vista o sol tem que pedir arrego uma certa hora. A quarta-feira amanheceu nublada, choveu várias vezes durante o dia e no final da tarde um vento frio varria a cidade. Bom para tomar chocolate quente, bom para participar de um lançamento literário como o de hoje à noite, quando o desenhista Lindomar Neves Bach lança seu primeiro livro de poesias, intitulado "Partícula - Ensaio Poético Ilustrado”.
Se um dia qualquer a temperatura baixar até os 24 graus, metade dos roraimenses morrerá por congelamento. Quando bate nos 28, o povo já se empacota todo e diz que está "muito frio".
terça-feira, abril 24, 2007
segunda-feira, abril 23, 2007
quinta-feira, abril 19, 2007
Nas Trilhas de Makunaima
Amantes de documentários, fanáticos pela Amazônia, eis a chance de conhecer um pouco mais este pedaço do Brasil. Neste domingo, às 21h, horário de Brasília, a TVE transmite o vídeo “Nas Trilhas de Makunaíma”, produzido pelo jornalista roraimense Tiago Bríglia.
O vídeo faz parte do projeto DocTV, uma iniciativa de várias instituições para fomentar a produção de documentários sobre temáticas regionais em todos os Estados.
O roteiro apresenta a história do personagem mitológico de maior representatividade entre os indígenas do extremo norte do Brasil. A partir de narrativas de índios Ingarikó, Taurepang e Macuxi, são apresentadas as diversas faces de Makunaima - um ancestral guerreiro dos índios de origem ‘Karib’, concebido por algumas etnias como um deus da natureza.
Amantes de documentários, fanáticos pela Amazônia, eis a chance de conhecer um pouco mais este pedaço do Brasil. Neste domingo, às 21h, horário de Brasília, a TVE transmite o vídeo “Nas Trilhas de Makunaíma”, produzido pelo jornalista roraimense Tiago Bríglia.
O vídeo faz parte do projeto DocTV, uma iniciativa de várias instituições para fomentar a produção de documentários sobre temáticas regionais em todos os Estados.
O roteiro apresenta a história do personagem mitológico de maior representatividade entre os indígenas do extremo norte do Brasil. A partir de narrativas de índios Ingarikó, Taurepang e Macuxi, são apresentadas as diversas faces de Makunaima - um ancestral guerreiro dos índios de origem ‘Karib’, concebido por algumas etnias como um deus da natureza.
Tiago, de camisa verde, filmando no Monte Roraima
O filme proporciona uma viagem pelos mistérios da lenda e percorre as trilhas do Monte Roraima, uma montanha de 2 bilhões de anos, considerada o templo sagrado onde vive o espírito de Makunaima.
O documentário traz a interpretação de pesquisadores sobre os fundamentos do mito de Makunaima e uma análise crítica sobre o personagem Macunaíma de Mario de Andrade, inspirado no mito indígena que foi registrado pelo etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg em sua obra Vom Roroima Zum Orinoco, quando esteve entre os índios Taurepang (Pemón para os venezuelanos) e Arekuna, em 1911.
quarta-feira, abril 18, 2007
Música de Roraima
Cantores Eliakin Rufino e Neuber Uchôa
apresentam show Damurida no Sesc RR
Durante o show, nesta quinta (19), Dia do Índio, haverá uma exposição da arte naif da artista plástica Carmésia Emiliano. O ingresso custa R$ 10. Estudantes e comerciários com carteira atualizada pagam só cinco pilas.
Para quem nunca ouviu a palavra damorida, trata-se do nome de um apimentado caldo feito pelos índios da região à base de carne de caça (antigamente. Hoje já se aceita carne de gado) ou peixe (quando mais espinhento, melhor).
É preciso cuidado para se deliciar com o prato. Este cronista, na primeira vez que foi saboreá-lo, confundiu uma pimenta olho-de-peixe, redonda e verde, com outro tipo de condimento e mastigou uma delas inteirinha...
Logicamente tive que correr para tomar água e abafar o incêndio bucal. Tirando essa ardente questão, é um dos mais saborosos pratos da culinária indígena.
Ah, além da olho-de-peixe, a damorida leva também pimenta malagueta e jiquitaia, que é uma farinha feita de pimentas moídas. Um espetáculo de ardência.
Cantores Eliakin Rufino e Neuber Uchôa
apresentam show Damurida no Sesc RR
Durante o show, nesta quinta (19), Dia do Índio, haverá uma exposição da arte naif da artista plástica Carmésia Emiliano. O ingresso custa R$ 10. Estudantes e comerciários com carteira atualizada pagam só cinco pilas.
Para quem nunca ouviu a palavra damorida, trata-se do nome de um apimentado caldo feito pelos índios da região à base de carne de caça (antigamente. Hoje já se aceita carne de gado) ou peixe (quando mais espinhento, melhor).
É preciso cuidado para se deliciar com o prato. Este cronista, na primeira vez que foi saboreá-lo, confundiu uma pimenta olho-de-peixe, redonda e verde, com outro tipo de condimento e mastigou uma delas inteirinha...
Logicamente tive que correr para tomar água e abafar o incêndio bucal. Tirando essa ardente questão, é um dos mais saborosos pratos da culinária indígena.
Ah, além da olho-de-peixe, a damorida leva também pimenta malagueta e jiquitaia, que é uma farinha feita de pimentas moídas. Um espetáculo de ardência.
terça-feira, abril 17, 2007
Abril Vermelho
Integrantes do MST Roraima concluíram hoje uma passeata que veio do município do Cantá, a 35 km de Boa Vista. A sorte dos manifestantes é que o clima ajudou, com um céu nublado e algumas pancadas de chuva. Se fosse em fevereiro, com certeza os casos de insolação e desidratação teriam abalado alguns companheiros.
Já em Boa Vista, os manifestantes fizeram um protesto por mais terra para a reforma agrária e apoio para quem já ganhou o lote. Estiveram em frente à Assembléia Legislativa, bem na praça do Centro Cívico, por volta do meio-dia, o horário de maior pico de trânsito no local e o único onde os deputados dificilmente podem ser encontrados.
O protesto faz parte de um calendário nacional do MST. As ações do "abril vermelho" lembram o assassinato, em 1996, de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (PA).
Abril Vermelho também é o nome do livro de um escritor peruano chamado Santiago Roncagliolo.
Integrantes do MST Roraima concluíram hoje uma passeata que veio do município do Cantá, a 35 km de Boa Vista. A sorte dos manifestantes é que o clima ajudou, com um céu nublado e algumas pancadas de chuva. Se fosse em fevereiro, com certeza os casos de insolação e desidratação teriam abalado alguns companheiros.
Já em Boa Vista, os manifestantes fizeram um protesto por mais terra para a reforma agrária e apoio para quem já ganhou o lote. Estiveram em frente à Assembléia Legislativa, bem na praça do Centro Cívico, por volta do meio-dia, o horário de maior pico de trânsito no local e o único onde os deputados dificilmente podem ser encontrados.
separa os municípios do Cantá e Boa Vista
O protesto faz parte de um calendário nacional do MST. As ações do "abril vermelho" lembram o assassinato, em 1996, de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (PA).
Abril Vermelho também é o nome do livro de um escritor peruano chamado Santiago Roncagliolo.
quinta-feira, abril 12, 2007
Deduções fiscais
Impostos governamentais são como pensões alimentícias: não adianta tentar fugir deles. Tem que pagar ou bábáu.
Declaração, para fechar o mês do Imposto de Renda
Frase do filme Encontro Marcado: “só há duas coisas certas na vida: impostos e a morte”. Ou alguma coisa parecida.
Impostos governamentais são como pensões alimentícias: não adianta tentar fugir deles. Tem que pagar ou bábáu.
Declaração, para fechar o mês do Imposto de Renda
Frase do filme Encontro Marcado: “só há duas coisas certas na vida: impostos e a morte”. Ou alguma coisa parecida.
segunda-feira, abril 09, 2007
A música
Ok, há quem não goste do Maná e ainda há quem nunca tenha ouvido falar da banda mexicana. Há também quem acredite que o Acústico MTV e a gravação com o Santana foram as únicas coisas que eles fizeram na vida
Tudo bem. A sete quilômetros da linha fronteiriça, ali na vizinha Santa Elena de Uairén, muitos venezuelanos nunca ouviram falar de muitos nomes famosos no Brasil. São conseqüências da diferença de idiomas e da mania dos programadores de rádio de privilegiar as bandas e cantores anglo-saxões.
Superar as barreiras da língua permite que nos deliciemos com letras como a que está logo aí abaixo. Fher, vocalista do Maná, faz um duo com Juan Luis Guerra, grande nome da música latina. O vídeo é pura poesia e é estrelado por atores de padrão físico diferente de outros vídeos da banda. Bonitos, porém com aparência de gente normal, como eu ou você, e não de modelos.
Quer dizer, bonitos como eu, de acordo com as afirmações de minha mãe, dona Neide.
Para os interessados, Bendita tu luz está disponível em dezenas de links no YouTube e no Guatevídeos. Neste site também é possível acessar vídeos de outros artistas latinos.
Bendita tu luz
Bendito el lugar y el motivo de estar ahí
bendita la coincidencia.
Bendito el reloj que nos puso puntual
ahí bendita sea tu presencia.
Bendito Dios por encontrarnos en el camino
y de quitarme esta soledad de mi destino.
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
desde el alma.
Benditos ojos que me esquivaban,
simulaban desdén que me ignoraba
y de repente sostienes la mirada.
Bendito Dios por encontrarnos
en el camino y de quitarme
esta soledad de mi destino.
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada, oh.
Gloria divina de esta suerte,
del buen tino,
de encontrarte justo ahí,
en medio del camino.
Gloria al cielo de encontrarte ahora,
llevarte mi soledad
y coincidir en mi destino,
en el mismo destino.
Épale
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada.
Bendita mirada, oh,
bendita mirada desde el alma.
Tu mirada, oh oh,
bendita, bendita,
bendita mirada,
bendita tu alma y bendita tu luz.
Tu mirada, oh oh.
Oh oh, te digo es tan bendita
tu luz amor.
Y tu mirada oh, oh.
Bendito el reloj y bendito el lugar,
benditos tus besos cerquita del mar.
Y tu mirada, oh, oh.
Amor amor, qué bendita tu mirada,
tu mirada amor.
Ok, há quem não goste do Maná e ainda há quem nunca tenha ouvido falar da banda mexicana. Há também quem acredite que o Acústico MTV e a gravação com o Santana foram as únicas coisas que eles fizeram na vida
Tudo bem. A sete quilômetros da linha fronteiriça, ali na vizinha Santa Elena de Uairén, muitos venezuelanos nunca ouviram falar de muitos nomes famosos no Brasil. São conseqüências da diferença de idiomas e da mania dos programadores de rádio de privilegiar as bandas e cantores anglo-saxões.
Superar as barreiras da língua permite que nos deliciemos com letras como a que está logo aí abaixo. Fher, vocalista do Maná, faz um duo com Juan Luis Guerra, grande nome da música latina. O vídeo é pura poesia e é estrelado por atores de padrão físico diferente de outros vídeos da banda. Bonitos, porém com aparência de gente normal, como eu ou você, e não de modelos.
Quer dizer, bonitos como eu, de acordo com as afirmações de minha mãe, dona Neide.
Para os interessados, Bendita tu luz está disponível em dezenas de links no YouTube e no Guatevídeos. Neste site também é possível acessar vídeos de outros artistas latinos.
Bendita tu luz
Bendito el lugar y el motivo de estar ahí
bendita la coincidencia.
Bendito el reloj que nos puso puntual
ahí bendita sea tu presencia.
Bendito Dios por encontrarnos en el camino
y de quitarme esta soledad de mi destino.
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
desde el alma.
Benditos ojos que me esquivaban,
simulaban desdén que me ignoraba
y de repente sostienes la mirada.
Bendito Dios por encontrarnos
en el camino y de quitarme
esta soledad de mi destino.
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada, oh.
Gloria divina de esta suerte,
del buen tino,
de encontrarte justo ahí,
en medio del camino.
Gloria al cielo de encontrarte ahora,
llevarte mi soledad
y coincidir en mi destino,
en el mismo destino.
Épale
Bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada
bendita la luz,
bendita la luz de tu mirada.
Bendita mirada, oh,
bendita mirada desde el alma.
Tu mirada, oh oh,
bendita, bendita,
bendita mirada,
bendita tu alma y bendita tu luz.
Tu mirada, oh oh.
Oh oh, te digo es tan bendita
tu luz amor.
Y tu mirada oh, oh.
Bendito el reloj y bendito el lugar,
benditos tus besos cerquita del mar.
Y tu mirada, oh, oh.
Amor amor, qué bendita tu mirada,
tu mirada amor.
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quarta-feira, abril 04, 2007
Céu perigoso em Roraima: três aviões caem
Três aviões tucanos da Força Aérea caíram em Boa Vista nesta tarde de quarta-feira (4). Um deles caiu no meu bairro, o Paraviana, depois de bater numa torre de telefonia celular. Morreu uma pessoa. Outro caiu ao sul da cidade, perto do matadouro. O terceiro foi apenas um pouso forçado perto da BR 174, ao norte de Boa Vista.
Talvez a chuva fortíssima que caiu na cidade tenha alguma culpa. Choveu por cerca de duas horas, a tal ponto que as ruas alagaram e o nível dos igarapés que cortam os bairros subiu muito.
Abaixo, a matéria do repórter Luciano Torres, publicada no site Fonte Brasil:
"Por volta das 13h30 de hoje um Super Tucano A-29 da Aeronáutica caiu na rua Abacateiro, na Praça do bairro Paraviana. O acidente ocorreu após o avião ter colidido com uma torre de telefonia celular. Os dois pilotos da Base Aérea de Roraima que estavam no avião morreram na queda. Conforme testemunhas, o avião permaneceu por cerca de 30 minutos sobrevoando a parte leste de Boa Vista sem poder pousar no Aeroporto devido a forte chuva que encobria o céu. A causa da queda não foi divulgada pela Aeronáutica, mas suspeita-se que os pilotos tenham tentado realizar um pouso de emergência quando colidiram com a torre. Antes da queda os pilotos ejetaram os assentos, mas não sobreviveram por estarem muito próximos do chão. Os corpos foram encontrados em um terreno baldio a cerca de 30 metros da praça onde o avião caiu."
Três aviões tucanos da Força Aérea caíram em Boa Vista nesta tarde de quarta-feira (4). Um deles caiu no meu bairro, o Paraviana, depois de bater numa torre de telefonia celular. Morreu uma pessoa. Outro caiu ao sul da cidade, perto do matadouro. O terceiro foi apenas um pouso forçado perto da BR 174, ao norte de Boa Vista.
Talvez a chuva fortíssima que caiu na cidade tenha alguma culpa. Choveu por cerca de duas horas, a tal ponto que as ruas alagaram e o nível dos igarapés que cortam os bairros subiu muito.
Abaixo, a matéria do repórter Luciano Torres, publicada no site Fonte Brasil:
"Por volta das 13h30 de hoje um Super Tucano A-29 da Aeronáutica caiu na rua Abacateiro, na Praça do bairro Paraviana. O acidente ocorreu após o avião ter colidido com uma torre de telefonia celular. Os dois pilotos da Base Aérea de Roraima que estavam no avião morreram na queda. Conforme testemunhas, o avião permaneceu por cerca de 30 minutos sobrevoando a parte leste de Boa Vista sem poder pousar no Aeroporto devido a forte chuva que encobria o céu. A causa da queda não foi divulgada pela Aeronáutica, mas suspeita-se que os pilotos tenham tentado realizar um pouso de emergência quando colidiram com a torre. Antes da queda os pilotos ejetaram os assentos, mas não sobreviveram por estarem muito próximos do chão. Os corpos foram encontrados em um terreno baldio a cerca de 30 metros da praça onde o avião caiu."
Olha aqui as fotos do Luciano
A torre do Paraviana, com os ferros soltos depois da colisão:
Os agentes de trânsito no local
Outras informações podem ser encontradas nos sites do jornal Folha de Boa Vista e no site Jornal do Rádio.
Up Date: O portal G1 entrou com uma info nova: seriam quatro e não três os aviões caídos.
terça-feira, abril 03, 2007
Histórias de amor e sexo ou sexo e amor
1.Alfredo está agitado, nervoso. Aos seus pais, conta que são as provas que o tem assim. Coitado, anda uma pilha, diz a sua mãe. Alfredo, na verdade, está apaixonado. Não por uma, mas por duas meninas. Uma é da escola, faz a oitava série junto com ele, senta na cadeira em frente, tem um cabelo liso negro lindo, olhos esverdeados e um pouco fechados, parece uma japonesa. Além disso, para ele, é a dona do sorriso mais bonito da cidade.
A outra é a irmã de seu melhor amigo. Alfredo adora ir visitá-lo. Da varanda, entre os vidros da janela, consegue vê-la às vezes dançando na frente do espelho, apenas de calcinha e sutiã. A menina, mais velha que ele, gosta de passear pela casa vestida apenas com uma camiseta. Ah, como Alfredo gosta quando ela se abaixa para pegar algo e ele está por perto.
Alfredo, coitado, só encontra paz quando fica algum tempo sozinho no banheiro ou quando vai se deitar.
2.
André diz não saber o que fazer para ficar em paz. A Paulinha agora quer namorar, já pensou, pergunta a cada novo encontro. Qual o problema se ela é linda, simpática e o deseja? Ora, é justamente esse o problema, quase grita o impaciente André. Eu não quero nada sério, foi ela que me procurou, passou a cantada, insiste nos encontros e agora vem com essa. E aí, o que você pretende fazer, perguntam seus amigos. Por enquanto nada. Eu não quero namorar ninguém agora, só me falta gritar isso na cara dela, mas também não resisto a uma mulher linda, simpática e que me deseja.
3.
Sim, eu sei que parece bobagem, mas que custava, pergunta a quase deprimida Ana Lúcia. Se era para tanto eu não sei, mas, poxa, as pessoas deviam pelo menos argumentar de maneira menos agressiva, continua. E o que houve, que coisa tão horrível aconteceu? Aconteceu que ando toda estressada com os meus dois empregos, a faculdade e o cursinho para o concurso. Por tudo isso não temos muito tempo para namorar e outras coisinhas mais. E quando eu peço para ele me acompanhar da entrada do prédio até minha sala, sabe o que ele me responde: para quê vou entrar se daqui a pouco vou ter que sair? E ainda por cima eu quis um beijo de língua e ele me deu uma bitoca, como se fosse meu namorado há tanto tempo que tivéssemos criado laços fraternos. Onde já se viu isso, preguiça de caminhar 15 metros e ainda por cima preguiça de beijar?
segunda-feira, março 26, 2007
Conversando sobre livros
Bruno Garmatz, um amigo fotojornalista aqui de Roraima, lançou dia desses um livro bem bacana, quase um filho. “Conversando com Guillermo” trata das andanças e aventuras do costarriquense Guillermo Alfaro Garbanzo, hoje com oitenta e dois anos, morando atualmente na Casa do Vovô, um abrigo do governo de Roraima para pessoas da terceira idade.
Guillermo, na década de quarenta, depois de uma desilusão amorosa, resolveu aventurar-se mundo afora, sem rumo definido, apenas com o propósito de conhecer e viver novos lugares e culturas. Perambulou durante quase trinta anos e um dia parou em Roraima, de onde nunca mais saiu.
Durante suas andanças, Guillermo conheceu lugares históricos, pessoas importantes, culturas interessantes e enfrentou muitas dificuldades, mas isso nunca o assustou o suficiente para fazê-lo voltar para casa. Seu espírito aventureiro falava mais alto e assim percorreu quase cento e cinqüenta países.
No livro, escrito como uma grande entrevista, com muitas notas de rodapé para contextualizar os temas, Guillermo, com uma visão crítica, política e social, relata as suas andanças, principalmente pelos países da América do Sul.
O livro, impresso na Editora Comunicare de Curitiba, é ilustrado com 99 imagens, contendo documentos pessoais, fotos e mapas ao longo de suas 262 páginas. Há muitas fotos de Roraima também, incluindo algumas onde este cronista aparece. Costumo dizer ao Bruno que essas são as melhores páginas do livro, hehehe.
Se lhe interessou, contate por aqui o autor e compre 10 livros ou indique ou indique uma livraria para ele colocar os exemplares à venda. Seja um mecenas.
Se você quiser ver fotos de autoria de Bruno, acesse o flog do cara.
Se lhe interessou, contate por aqui o autor e compre 10 livros ou indique ou indique uma livraria para ele colocar os exemplares à venda. Seja um mecenas.
Se você quiser ver fotos de autoria de Bruno, acesse o flog do cara.
quinta-feira, março 22, 2007
Nero e o YouTube
No fim de uma acalorada discussão sobre a história e as conquistas da engenharia romana, surge a dúvida: Nero tacou ou não fogo em Roma? Reacendido o debate, com pesquisas aparecendo no Google e na Wikipedia dando as diferentes versões sobre o caso, vem a frase lapidar:
- Seguinte, tu tava la?
- Claro que não.
- Tu viu alguém tacando fogo na cidade? Tu viu Nero lá, doidão, jogando as tochas nas casas?
- Óbvio que não, né, ô coisa.
- Tu viu alguém filmando e colocando o vídeo no YouTube? Tu conseguiu baixar esse vídeo?
- Não...
- Então como é que tu quer jogar a culpa no coitado do Nero?..
.......................
Falando em YouTube e filmes, Alex Pizano produziu o primeiro curta-metragem de Boa Vista. Com o título Dívida Sangrenta, o curta apresenta a disputa de uns mafiosos venezuelanos e guianenses pelo domínio do tráfico de cocaína na cidade.
Para os curisosos, o trailer do filme pode ser encontrado aqui.
Uma reportagem da TV Globo local pode ser vista aqui.
......................
Dúvida 1: Como é que posta para a janela do vídeo aparecer direto no blog?
Dúvida 2: Desde a mudança para o "new blogger" só consigo vizualizar os comentários indo no site do haloscan. Caso você, querido (a) leitor (a), esteja vendo ou tenha passado por um problema semelhante, passe um e-mail ou me diga pelo sistema de comentários como acabar com esse perrengue.
No fim de uma acalorada discussão sobre a história e as conquistas da engenharia romana, surge a dúvida: Nero tacou ou não fogo em Roma? Reacendido o debate, com pesquisas aparecendo no Google e na Wikipedia dando as diferentes versões sobre o caso, vem a frase lapidar:
- Seguinte, tu tava la?
- Claro que não.
- Tu viu alguém tacando fogo na cidade? Tu viu Nero lá, doidão, jogando as tochas nas casas?
- Óbvio que não, né, ô coisa.
- Tu viu alguém filmando e colocando o vídeo no YouTube? Tu conseguiu baixar esse vídeo?
- Não...
- Então como é que tu quer jogar a culpa no coitado do Nero?..
.......................
Falando em YouTube e filmes, Alex Pizano produziu o primeiro curta-metragem de Boa Vista. Com o título Dívida Sangrenta, o curta apresenta a disputa de uns mafiosos venezuelanos e guianenses pelo domínio do tráfico de cocaína na cidade.
Para os curisosos, o trailer do filme pode ser encontrado aqui.
Uma reportagem da TV Globo local pode ser vista aqui.
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Dúvida 1: Como é que posta para a janela do vídeo aparecer direto no blog?
Dúvida 2: Desde a mudança para o "new blogger" só consigo vizualizar os comentários indo no site do haloscan. Caso você, querido (a) leitor (a), esteja vendo ou tenha passado por um problema semelhante, passe um e-mail ou me diga pelo sistema de comentários como acabar com esse perrengue.
segunda-feira, março 19, 2007
Discussões de amor
No final da briga, quase certo de que aquele era o fim do relacionamento, ele não resistiu e tentou fazer um último e desesperado apelo para não ser abandonado:
- Meu amor, você quer mesmo me deixar?
- Quero! Sai da minha vida!
- Meu amor, que poderá te fazer feliz e te entender como eu? Eu, que conheço como a palma de minha mão cada estria e celulite de teu corpo?
(Deixo aí o espaço dos comentários para que cada um escreva o final da história: vocês acham que isso é apelo que se faça?)
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19 de março, dia de São José. Reza a tradição católica, herança da colonização nordestina no Estado de Roraima, que neste dia sempre chove. E se chover, é sinal de que o inverno será generoso com os agricultores. Neste ano, quase não acontece, mas choveu às 17h30 em Boa Vista. E assim sempre foi nos anos anteriores, dando ao povo o mesmo crédito que se dá aos serviços de meteorologia.
quinta-feira, março 15, 2007
História de felicidade
O seu coração solitário começava a ficar alegre. Finalmente a mulher amada estava chegando de sua longa viagem. A sua face, eterno nevoeiro que cobre a serra ao amanhecer, parecia agora o sol do meio-dia.
Adeus, tempo de tristeza. Adeus, noites mal dormidas. Até mais ver, amores substitutos, meios amores. Olhava para o céu com ansiedade, esperando vislumbrar no horizonte o avião que traria sua amada. Sorriso aberto, até a postura corporal mudara. Andava ereto, feliz, completo. "Completo, é isso mesmo. É assim que me sinto", contou-me. "Dizem que quem espera, sempre cansa. No meu caso, de tanto quase ficar cansado, alcancei", reforçou. Assim, mudado, realizado, saiu caminhando pelo meio da praça.
terça-feira, março 13, 2007
Eita, consegui...
Conexões ruins ou bloqueadas no trampo e a falta de conexão na casa fazem deste blogueiro um postador vagabundo, sem responsabilidade aparente com a atualização do blog.
As idéias para os textos se acumulam na cabeça. O problema é que não anoto nenhuma e daqui a pouco somem, feito fumaça. Falando em fumaça, sábado vai rolar um festival de reggae em Boa Vista, com participação da banda Guybras, que tem no vocal o negão mais simpático da cidade, Mike Guybras, também organizador do evento. Além dele, haverá apresentações de bandas da Guiana e outras locais. Fumaça? Que associação mais preconceituosa é essa? Associação me lembra o show de rock de sábado passado, na Associação de Moradores do bairro 13 de Setembro, com as bandas Yekuana, Espírito Juvenil e outras.
A mais esperada por mim e pela Zanny foi a que não apareceu: a 24 da Vovó, uma novata, criado por uns garotos do próprio bairro. Não que eu conheça o estilo, mas 24 da Vovó é um nome e tanto. Parecido com uma que está sendo formada por uns moleques do Jóquei Clube: Jeniffer chegou de Fortaleza...
Bá. Já divaguei muito e não postei nada. Vamos ver se o blogger finalmente carregou as fotos que tento há duas semanas postar.
Parque anauá, com o lago ao fundo, no meio do inverno,
Conexões ruins ou bloqueadas no trampo e a falta de conexão na casa fazem deste blogueiro um postador vagabundo, sem responsabilidade aparente com a atualização do blog.
As idéias para os textos se acumulam na cabeça. O problema é que não anoto nenhuma e daqui a pouco somem, feito fumaça. Falando em fumaça, sábado vai rolar um festival de reggae em Boa Vista, com participação da banda Guybras, que tem no vocal o negão mais simpático da cidade, Mike Guybras, também organizador do evento. Além dele, haverá apresentações de bandas da Guiana e outras locais. Fumaça? Que associação mais preconceituosa é essa? Associação me lembra o show de rock de sábado passado, na Associação de Moradores do bairro 13 de Setembro, com as bandas Yekuana, Espírito Juvenil e outras.
A mais esperada por mim e pela Zanny foi a que não apareceu: a 24 da Vovó, uma novata, criado por uns garotos do próprio bairro. Não que eu conheça o estilo, mas 24 da Vovó é um nome e tanto. Parecido com uma que está sendo formada por uns moleques do Jóquei Clube: Jeniffer chegou de Fortaleza...
Bá. Já divaguei muito e não postei nada. Vamos ver se o blogger finalmente carregou as fotos que tento há duas semanas postar.
Parque anauá, com o lago ao fundo, no meio do inverno,
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