quarta-feira, julho 14, 2010

Autobiografia - parte #2


Mesmo sem saber nadar, adorava mergulhar em águas
profundas.

Certo é que várias vezes quase me afoguei.  




Foto:Miguel Angelo Pinguelli

segunda-feira, julho 12, 2010

Viagens ao Interior de Roraima: Rock na Floresta 3


Estive em São João da Baliza neste final de semana para ministrar uma oficina de criação literária em blogs. O Município fica a 320 tortuosos, esburacados e difíceis de trafegar quilômetros de Boa Vista. Total da viagem: 740 tortuosos, esburacados e difíceis de trafegar quilômetros. Um abandono que incomoda.

A oficina fez parte da programação do Rock na Floresta 3, evento promovido pelo curso de Engenharia Florestal da Universidade Estadual de Roraima. A viagem deveria ser rápida, mas demorou quase 4 horas e meia só na volta. A picape 4x4 de Stallyn, vocalista da banda Iekuana, uma das atrações da festa, não aguentou tanto buraco e quebrou uma peça (não sei se a suspensão ou o amortecedor), o que nos obrigou a vir mais devagar ainda.

Clica para ver o trecho


É claro que ir de picape é bem mais rápido que ir no micro-ônibus que levou uma pá de gente de Boa Vista para tocar e ministrar oficinas na região sul de Roraima. Foram duas bandas (Hathor's e Iekuana) e vários oficineiros, entre eles Tana Halú, companheiro do Coletivo Arteliteratura Caimbé.

Eu saí de Boa Vista no sábado às 9h30 e cheguei lá por volta das 14h. A turma saiu na sexta às 20h e chegou mais ou menos às 4 da matina, contando aí duas horas para o jantar em Caracaraí. No meu caso, foi descer, almoçar e correr para a sede da Escolegis, onde ia rolar a oficina. Turma boa, com uns 12 meninos e meninas da UERR e do ensino médio. Tudo correndo muito bem, com explicações e uma atividade de redação, até a hora de criar os blogs de cada um.

Justo aí, no segundo tempo deste jogo de realidade e ficção, a internet travou e não abriu o Blogger nem o Wordpress. Abri tudo na web, menos essas duas plataformas. Para fechar a rodada, faltou energia. Ainda bem que a turma levou tudo no bom humor e se contentou com imaginar, levados pelo meu relato, como se faz uma postagem de texto, foto, link e vídeo. Enquanto falava, lembrei dos relatos do povo que cursou jornalismo no começo da UFRR: como não havia máquinas para manusearem, ficavam apenas vendo os desenhos feito nos quadro representando as peças e os ajustes.

A cidade  e o show– São João assiste todos os dias à programação jornalística gerada pela TV Globo de Boa Vista. Ou seja, se por um lado vê o que acontece na Capital, não se reconhece na televisão. É como o morador da área rual que para toda noite para ver o Jornal Nacional: tem tudo lá, menos ele.

Apesar da dificuldade de chegar até lá, as coisas melhoraram. Os balizenses têm hoje como ligar para o mundo, via operadora de celular OI. Por outro lado, me contaram que a única empresa que oferece internet no local está deixando a cidade. Nas rádios, são servidos pelas ondas de uma sediada no município de Rorainópolis e por outra comunitária, que é administrada/gerenciada/ por um vereador ligado ao grupo político de Mecias de Jesus, deputado estadual muito influente na região.

Ficamos na área central da cidade. Além da Escolegis, as oficinas e palestras rolaram também na sede do Sesc Ler. Os shows, incluindo aí a da turma da Onore, aconteceram no ginásio poliesportivo coberto, inaugurado em 1992 pelo finado ex-governador Ottomar Pinto.

Um passeio rápido por algumas ruas e já dá para descrever a essência de São João: muitas casas sem muro ou cerca, muita arborização nos terrenos, diversas residências abandonadas, outras estalando de novas e lá no final de uma das avenidas principais a mata, imponente ao mostrar que já  havíamos saída muitos quilômetros atras da área do cerrado. Na verdade, talvez impotente diante do certo avanço da área urbano em sua direção.

O Rock na Floresta 3 durou dois dias. O fechamento com as bandas reuniu um bocado de universitários e seus amigos em busca de rock. Os músicos mandaram muito bem: Onore representou São João com seus covers de pop-rock e a turma da Hathor's colocou o povo para pular com as canções da Pitty (um salve à vocalista, mirradinha de tamanho, mas uma gigante no controle do público).

A galera da Iekuana subiu no palco às duas da madruga e mandou, excetuando uma d'O Rappa, só composições próprias. Puta show dos caras, encerrando uma boa noite de rock na terra onde o forró e o brega dominam ruas, restaurantes e qualquer espaço onde possa ser ligado um aparelho de som.

A melhor cena – 7h20, 7h30 de domingo e já de de pé para o retorno. Em Baliza, a névoa cobre as árvores que daqui a pouco vão nos proteger do sol escaldante que queima as ruas. Cenas como essa (a da névoa) não se encontram facilmente em Boa Vista, terra do calor.

Salve, São João.

(As fotos do evento eu coloco quando Tana Halú mandar)
Autobiografia - parte #1

Admito: já fiz muita coisa ruim na vida, inclusive falar a verdade na hora errada.

quinta-feira, julho 08, 2010

(Com muito atraso) Boas notícias de junho: prêmio Sebrae de Jornalismo




Depois de duas semanas sendo sacaneado pelo Blogger em meu próprio blog, finalmente consigo postar que fui premiado no dia 28 de junho com o primeiro lugar na categoria webjornalismo do II Prêmio Sebrae de Jornalismo Empreendedor.

Ganhei com a matéria "Seminário ensina a enfrentar desafios empresariais" e outras três retrancas publicadas no site do jornal Folha de Boa Vista, a quem agradeço o espaço em nome de sua diretora Paula Cruz.

Em 2007, obtive o primeiro lugar na categoria webjornalismo do I Prêmio de Jornalismo Laucides Oliveira, realizado pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de Roraima. Naquele ano publiquei no site do jornal Roraima Hoje.

Cavucando nas caixas lá da minha maloca achei um prêmio de terceiro lugar em 2000 em um concurso de jornalismo do Sesi, outros três de poesia e um de cinema. Acho que vou montar uma estante só para eles.

Acessa aí a matéria da Folha de Boa Vista:
Seminário ensina a enfrentar desafios empresariais



Aqui, uma matéria sobre a premiação:


DIVULGADOs OS VENCEDORES DO II PRÊMIO SEBRAE DE JORNALISMO EMPREENDEDOR





Escrito por Wilson Barbosa   
29-Jun-2010





Foto: Wilson Barbosa
Os jornalistas vencedores Elissan Paula, Ricardo
Gomes, Edgar Borges, Eliane Rocha e Gleide Rodrigues

Em solenidade que aconteceu na noite desta segunda-feira no Espaço Domus, foi divulgado a relação dos vencedores do II Prêmio Sebrae de Jornalismo Empreendedor.
Compareceram ao evento jornalistas que estavam concorrendo nas categorias, diretores do Sebrae, o senador Romero Jucá, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima (Sinjoper), Gilvan Costa além de outros jornalistas.
Num breve discurso, o presidente do Sinjoper Gilvan Costa destacou a iniciativa do Sebrae que pela segunda vez realiza o II Prêmio de Jornalismo Empreendedor, com o objetivo de premiar os profissionais da imprensa do Estado através de reportagens.





Foto: Wilson Barbosa
Jornalistas na solenidade do II Prêmio
Sebrae de Jornalismo Empreendedor
Sete jurados analisaram trinta e um trabalhos em cinco categorias diferentes, em telejornalismo, a TV Roraima foi a vencedora, com a jornalista Gleide Rodrigues. 
Na categoria jornalismo impresso, o prêmio ficou com Elissan Paula Rodrigues.
Ricardo Gomes em rádiojornalismo, e Edgar Borges no webjornalismo, também saíram vencedores. Na categoria grande prêmio, a premiação foi para a série de reportagens da jornalista Eliane Rocha.



Foto: Wilson Barbosa
Gilvan Costa, presidente do Sinjoper
destacou a iniciativa do Sebrae
Os vencedores receberam quatro mil reais cada, e na categoria grande prêmio, foram dez mil reais. A TV Roraima recebeu ainda o prêmio pela vitória na categoria telejornalismo.






quarta-feira, junho 30, 2010

Viagens ao Interior de Roraima


Gosto de ir a outros lugares, mas não gosto nada do processo de organização e deslocamento até o destino. Se pudesse, compraria passagem no sistema de tele-transporte, no estilo do X-Man Noturno: evaporar num canto e surgir em outro.

Por conta disso, quando junta viajar obrigado para o Interior de Roraima mais trabalho, meu humor fica péssimo até a hora em que já estamos no meio da estrada. Aí, não tendo mais jeito, observo o mundo para passar o tempo.

Semana passada estive em Alto Alegre, a 89 km de Boa Vista. A cidade foi construída numa área de selva, bem diferente do cerrado onde cresceu a Capital.

O asfalto até o município de Alto Alegre é bipolar: metade está novo e bem sinalizado. O restante é esburacado, remendado e perigosamente sem sinalização. Ou seja, bom para acidentes noturnos.

Chegamos lá por volta de 18h30 e ainda estava claro. No meio da RR 209, três mulheres caminhavam, fazendo da estrada a sua pista de amagrecimento.

A cidade é uma das mais bonitas do Interior. Diferentemente de Mucajaí, a 55 km de Boa Vista, e um bocado de outras, Alto Alegre é limpa. As ruas, pelo menos as centrais, têm calçadas e não parecem sempre as vias de uma cidade do velho oeste, com a lama vermelha cobrindo tudo.

O que eu mais gosto lá é a praça. Arborizada, cheia de banquinhos, me lembra a de Guasipati, onde cresci: um local para conversar a qualquer hora do dia. Infelizmente todas as lâmpadas estavam desligadas na sexta, dando um ar de abandono ao local.







Como Guasipati nos anos 1980, Alto Alegre enfrenta os problemas da lonjura. Quem não possui antena parabólica fica sem ver TV e a cidade tem poucos pontos de internet, basicamente em órgãos públicos. A novidade é que recentemente instalou-se lá uma empresa de telefonia celular. Quem já aderiu à Claro, diz que o sinal falha mais que tudo, mas já é alguma coisa.



A cidade é pequena e agradável. Dá até vontade de viver lá, não fossem essas questões de conectividade e outras oportunidades de crescimento. Apesar disso, há quem adore e nem pense em sair de lá. Um deles é o professor Yakaw, tio do indiozinho mais bonito de Roraima, vulgo meu filho. “Em Alto Alegre não tem nada longe e todos acabam se conhecendo”, me explicou o negão, docente há 20 anos no município. 

Como já disse, Alto Alegre é igualzinha à Guasipati de minha infância. Talvez até menor.


quinta-feira, junho 24, 2010

Coisas do Twitter
 
Entre uma coisa útil e outra, tenho perdido muito tempo de meu dia no Twitter. O troço é viciante mesmo. A parte boa é que de vez em quando redijo uma frase interessante ou engraçada (acho eu).

Aqui, algumas delas, como foram tuitadas ou com leves alterações.

1. Se você nunca leu Gabo Márquez, José Saramago ou Conan, O Cimério, por favor, para de me seguir. Não temos nenhum tweet em comum.


2. Bem,ninguém deixou de me seguir. Isso quer dizer que todos já leram Gabo Márquez, José Saramago ou Conan, O Cimério. Feliz pela boa companhia.



3. Os deputados de Roraima continuam firmes na sandice de investir na criação de novos municípios. Se os atuais estão quebrados, o que será dos novos?

4. Peraí... 3 pelo preço de 1? RT @gilvancostarr Sistema FAERR/SENAR contrata repórter para TV, Rádio e Impresso.

5. Os VTs do PSDB nacional avisam: quem tem história, faz a diferença. Por isso que vejo a Era do Gelo 1,2 e 3 com livro de arqueologia ao lado.

Vou destacar estas, pois não são minhas e merecem ser vistas com atenção. São frases do livro O Amor nos Tempos do Cólera

6. "Aprovecha ahora que eres joven para sufrir todo lo que puedas, que estas cosas no duran toda la vida." (Gabo Márquez, sobre dores de amor)

7. “Lo único que me duele de morir es que no sea de amor.” (Gabriel Gárcia Márquez)

quarta-feira, junho 23, 2010

Defeituoso

Depois que o pemoncito Edgarzinho nasceu não consigo encontrar o meu botão de “f*¨º-$#!” em português, espanhol, pemón ou inglês. 

Estou perdendo oportunidades por conta disso. Ou o encontro logo ou mando instalar um com os comandos em outro idioma.

terça-feira, junho 22, 2010

Apenas o necessário


Enquanto me quebro todo pagando absurdos aumentos no IPTU e taxas de coleta de lixo e de iluminação que aumentam a cada ano, pelo menos a literatura me dá alegrias. A mais nova é ter sido um dos 37 selecionados para o e-book " Apenas o Necessário", da Editora Novitas. 

No meio do povo, apenas uma conhecida: a gaúcha Ana Mello, autora de minicontos.

Eis a minha única, até agora, boa notícia da semana.

Ah, por acaso você, que entra neste blog e não comenta nada, já visitou também o meu outro projeto: o blog Cultura de Roraima? Não? Vai lá, poxa. Deixa um comentário e, se quiser, me manda um e-mail com alguma colaboração.

Inté, que a tendinite tá detonando tudo.

quarta-feira, junho 16, 2010

Notas sobre junho (para não esquecer no futuro)


1. A maldita tendinite continua. Acho que vou trocar a mão direita por uma nova. Basta arranjar uma de meu modelo.

2. Quando chove, chove. Quando esquenta, esquenta e muito em BV. O clima está ficando doido.

3. O Brasil jogou ontem com os meus primos da Córeia do Norte. Como os coreanos perderam, o castigo será ter que beber um litro de urânio enriquecido.

4. Edgarzinho deu um susto ontem. Escondeu-se em um guarda-roupa, chamou por mim bem baixinho (papai...), ninguém o viu e todo mundou pirou buscando o moleque. A preta velha Zanny quase morre de pavor tentando encontrá-lo. Eu dei a volta na casa, saí por um portão e entrei pelo outro e nada (Ah, Edgar, se tu estás me ouvindo e não respondes ao meu chamado, vais ver!). Na segunda volta à casa, o encontraram, sorrindo, dentro do armário, comemorando o primeiro grande susto na mãe, pai, tia, prima Elenita e vó Maria José. Ainda bem que dona Neide não estava por lá.

5. Lembre-te: Edgarzinho saiu à noite pelo portão da casa de minha cumadi Érica Figueiredo e me deu um novo susto. Dei-lhe uma chamada. Nâo contei para Zanny.

6. Tenho que caminhar mais para desfazer o perfil de jabulani.

E agora, respeitável público que não comenta nada neste blog, mando do fundo do blog uma postagem que hoje, 16 de junho, completa cinco anos de publicada originalmente:

Verborragia

Cuspiu na minha cara, dei-lhe um soco. A polícia chegou junto, levou os dois. Mas ele não fez nada. É tudo culpa da oposição. É uma intriga para desestabilizar o país. Chamem um substantivo qualquer e verão como ele aceita suborno. Mensadão, corrigiu o nobre deputado, já de olho no meu bolso e passando uma caneta Mont Blanc para assinar o cheque. Obrigado, prefiro ver uma partida de futebol.

Yes, habemus soccer, beach e estivas em geral. O que? Não! Sul-americanos sim, mas latinos, não. Isso é coisa de cucaracho, dizem nossos primos dos EUA. E se é bom para eles, é bom para nós. Ou não? Mas ter economias em dólar é melhor que ser bacana em real. Na real.

Gringo, eu? Não. Globalizado, antenado, pós-moderno. Tucano? Petista? Ah, pára com isso, eu sou é brasileiro. Eu sou o melhor de meu país, me ensinou um publicitário. Sou cidadão, sim. Não, esse papo de ecologia, respeito aos direitos das minorias e desenvolvimento sustentável é coisa de reacionário, de quem está vendendo a nação para o estrangeiro. Eu quero é progresso e se for preciso derrubar umas árvores, que mal tem?

Ei, esconde esse jornal e essa revista e não deixa ninguém ver a reportagem mostrando que passei a mão naquela grana. O que diriam de mim, senhor? Perdoa esses pecadores que insistem em xeretar a vida alheia. Aliás, se falar mal de algum amigo vai ter. Vai rolar a festa. Ok, separa um filetinho, muito bem. Vamos, sempre em frente.

segunda-feira, junho 14, 2010

Relatório da 4ª reunião ordinária do Colegiado de Literatura, Livro e Leitura


Os trabalhos da 4ª reunião começaram no dia 31 de julho à tarde, em Brasília, com pauta livre. Os membros do colegiado que já haviam chegado decidiram focar na discussão do projeto de lei que cria o Fundo Pró-leitura. Diversos pontos foram do projeto foram debatidos e anotados para questionar os representantes do Ministério da Cultura na terça. Os trabalhos neste dia terminaram às 19h.

O segundo dia começou com alteração da pauta definida anteriormente para adequação à pauta do Conselho Nacional de Política Cultura.

Os trabalhos começaram com uma explanação sobre o Fundo Nacional de Cultura, o Pró-cultura. Esta etapa durou toda a manhã e foi feita juntamente com os membros do Colegiado das Culturas Populares.

Alguns detalhes do Fundo Pró-cultura:

   1. São oito áreas temáticas, conforme regimento interno da Comissão Nacional do Fundo Nacional de Cultura.
   2. A 6ª área é a do Livro, Leitura e Literatura.
   3. Cada área terá um comitê técnico de incentivo à cultura.
   4. Um dos órgãos deste comitê é consultivo e será formado por 4 representantes do MinC, 3 da sociedade civil (sendo 1 de nosso colegiado e dois do CNPC, e mais 3 especialistas ou criadores, cujos nomes serão definidos pelo MinC.
   5. Após eleição, feita à tarde, ficou definido que a vaga prioritária do Colegiado de Literatura, Livro e Leitura (CLLL) no futuro comitê técnico de incentivo à cultura de nosso setor será de Mileide Flores, representante da regional Nordeste. A suplência ficou com João de Castro, representante da cadeia Criativa e escritor do Pará.
   6. Após muita discussão, decidiu-se encaminhar ao CNPC uma proposta na qual todas as vagas do comitê ficarão com representantes do Colegiado de  Literatura, Livro e Leitura.
   7. Neste segundo cenário, as três vagas da sociedade civil ficarão assim, com os respectivos titulares e suplentes: Juracy Saraiva (sul) e Nêmora Rodrigues(sul) representando a cadeia mediadora; João de Castro (norte) e Edgar Borges (norte) pela cadeia criativa; e Mileide Flores (nordeste) e Gláucio Pereira (sudeste) pela cadeia produtiva.
   8. Esta proposta de segundo cenário será debatida internamente no Ministério da Cultura. Caso não seja aprovada, ficarão apenas Mileide e João.


A tarde começou com uma apresentação da proposta da nova lei de direitos autorais.

O Ministério quer ampliar a discussão sobre o tema e nesta segunda-feira (14 de junho) colocou o anteprojeto para consulta pública  por 45 dias no site www.cultura.gov.br, a exemplo do Marco Civil da Internet.

Quem quiser saber mais notícias sobre o assunto, pode acessar o blog do Direito Autoral e fazer a sua leitura da lei.


Parte da tarde foi dedicada a duas eleições, a do comitê técnico de incentivo à cultura, já relatada e a do representante do Colegiado no plenário do CNPC. Como titular e suplente ficaram Nilton Bobato, da regional Sudeste, e Izaura Castro, representante regional Centro-oeste.

Após os processos de indicação dos nomes para o comitê do Fundo e para o CNPC, começaram as discussões sobre a redação do projeto de lei do Fundo Pró-leitura. Os membros do colegiado apresentaram suas sugestões ao pessoal do MinC.

Nilton Bobato ficou como relator das propostas. O tempo curto e a saída da maioria dos integrantes do colegiado para o embarque de volta aos seus estados prejudicaram o debate. Por isso, talvez haja uma reunião extraordinária em julho.

quarta-feira, junho 09, 2010

Esse tal de junho...

O mês começou bacana, com este cronista a trabalho em Brasília, na quarta reunião ordinária do Colegiado de Literatura, Livro e Leitura do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Tempo de labutar e de trocar idéias com o povo das demais regiões. Detalhes sobre o encontro vou postar ainda esta semana.

A viagem, apesar de legal, não conta como notícia boa de junho. Cheguei lá no DF no dia 31 de maio e por isso vou creditá-la nas boas coisas do mês passado.

Junho, no entanto, não ficará prejudicado.  Logo na primeira semana duas boas notícias apareceram na parte literária de minha vida.

A primeira é que meu miniconto “Cruzamento” foi publicado na Seção Área Livre digital da Revista Continuum, publicação do Instituto Itaú Cultural.

A outra é que também estou na edição 160 da revista eletrônicas de micronarrativas Veredas, relativa a junho, com o miniconto “Cordas”.


Poema visual de Jacira Fagundes

Há duas chances de boas notícias engatilhadas. Uma em um concurso local de poesias e outra em um prêmio de jornalismo. Os dois parece que vão anunciar os resultados nesta sexta. Aí, dependendo do resultado, pode ter renda extra na aldeia.

E renda é o que está faltando, principalmente depois que chegou a conta do IPTU, que aumentou uns 70%, 80% em relação ao ano passado. Isso sem contar o aumento da Taxa de Coleta de Lixo, já paga em maio.

Junho poderia ter passado sem esse prejuízo financeiro. Aí dava para comprar e talvez até ganhar presente do dia dos namorados.  A paulada do imposto não vai me deixar, mais uma vez, ter calma e paz. Do jeito que vai a fome do leão municipal, estadual e federal, fico a cada dia mais parecido com o personagem da música La Sucursal del Cielo, do cantor Ricardo Arjona:
“Me sorprendí sumando ceros a una cuenta
Víctima del impuesto sobre la renta
Y me olvide de las pequeñas cosas”.

Ah, para mudar de assunto: crie um blog chamado Cultura de Roraima & afins. Vou focar nele todos as postagens noticiosas que vinha fazendo neste. No Crônicas da Fronteira ficarão apenas bobagens no estilo “querido diário”, contos, poemas e coisas do cotidiano da fronteira.

Para lá vão avisos de editais, resultados de concursos e temas relacionados. Clica aqui e acessa. Já tem uma postagem sobre o concurso Sesc Roraima de Literatura. Aceito colaborações textuais também.

segunda-feira, junho 07, 2010

Conversa inútil


- Os meus interesses não batem com os teus. Você só me suga, tira meu dinheiro, não me dá atenção. Por tua conta, fico no escuro, sou maltratado, vivo no buraco. Enfim, você só me usa.

Desatento a todo o discurso, o prédio da Receita Federal ficou mudo, como sempre ficava nestas lamúrias de contribuinte.

sexta-feira, maio 28, 2010

Repartindo






Explicou, de forma direta, o que o fez seduzir a mulher de seu amigo:

- É, eu sei, não deveria ter feito isso, mas pensei que não ia ter problema. Afinal, diz o ditado: onde come um, podem tranquilamente comer dois. Ainda mais se forem dois amigos.

terça-feira, maio 25, 2010

Quando gentileza não gera gentileza

 
Sou um incompreendido. Sem dramas nem estresse, sou um incompreendido. Uma vida de timidez, concisão, ironia e sarcasmo deixaram marcas na imagem que as pessoas, mesmo as que não me conhecem, fazem de mim. Não que eu me importe com elas, fique claro. A questão não é a pouca importância que dou às opiniões externas, mas a surpresa que ainda me causam quando as descubro.

Não foi uma ou duas vezes que as pessoas chegaram e me disseram: “nossa, como você é legal. Não parece com a pessoa que me descreveram”. Quer dizer, há quem não goste de mim e invista seu tempo propagando isso. É verdade que, consciente ou inconscientemente, minha vida pregressa sempre deu motivos para essas opiniões desabonadoras a meu respeito.

Me chamam por aí de tudo um pouco. Ainda bem que sempre há quem me defenda. Por exemplo, a mesma guria que em um papo me nomeou “escroto”, conforme seu próprio relato, acrescentou que apesar disso gostava muito de mim, pois sou “muito legal”. Vá entender esse paradoxo.

Sou fruto do passado. Em certa época, para tentar manter a ordem numa sala com mais ou menos 10 figuras insubordinadas e enroladoras, adotei uma postura mais rígida. Fiquei com a pecha de “mandão, grosso, insensível e durão”. Sem fazer alarde, após refletir sobre a maturidade e responsabilidade que os demais devem ter no seu trabalho, fui mudando. Pena que ninguém percebeu até hoje.

A questão é que toda vez que tento ser MUITO educado acabo me dando mal. A história mais engraçada em torno de cortesia e gentileza envolveu o aniversário de uma colega. Chegamos eu, Zanny e Edgarzinho na peixada, prontos para comer um tambaqui sem espinha. Aquele burburinho de recinto cheio, um zum-zum-zum que ninguém se entende e me aproximo da aniversariante para parabenizá-la:

- Oi! Parabéns pra você, muito anos de vida e muita plata no bolso! (Sorriso aberto, demonstrando felicidade.)

- Obrigado, Ed! (Sorriso aberto, demonstrando felicidade)

- E quem é esta senhora? Tua mãe? Nossa, como ela é nova! Parabéns pela sua filha, viu? (Tentando ser gentil com a mãe de minha colega.)

- ....., (Zum-zum-zum não deixa ouvir o que a mãe de minha colega diz)

- Edgar, ...... (Zum-zum-zum não deixa ouvir o que minha colega diz)

- Ei, como tua mãe é nova. Parece mais nova que tu, heim? (Tentando ser engraçado para agradar a mãe alheia.)

 - Edgar, ...... (Zum-zum-zum não deixa ouvir o que minha colega diz)

Fui sentar, comi meu peixe, brinquei e no final descobri que a “mãe” de minha colega na real era sua amiga querida e que a mesma tinha saído da mesa chorando por ter caçoado dela. Minha amiga não acreditou quando disse que havia sido sem intenção, que tentei ser gentil, que aquilo ou outro. Resumiu a história com um “Te conheço, Edgar. Tu fez de propósito” e o assunto é tabu numa hora e motivo de risadas em outra até hoje.

Dia desses, na instituição onde trabalho, fui pegar um documento para assiná-lo. Com aquela boa vontade e sorriso no rosto que sempre esbanja comigo (atenção: ler frase anterior com inflexão de ironia), a menina do gabinete me passou o papel. Errei e como não podia rasurar, voltei lá. Para evitar a cara feia da secretária (vai que fui o que não soube pedir o documento antes), usei uma velha, mas segura construção:

- Tira outra cópia, por obséquio.

- Hã?

- Tira outra cópia, por obséquio.

- Por o que?!

- “Por favor”, disse-lhe a colega de sala, ajudando a esclarecer o significado da frase.

- Ah, tá. Depois eu levo.

E lá fui eu, anotando mais uma para a coleção de situações esquisitas em que vivo me metendo toda vez que tento ser MUITO gentil.

sexta-feira, maio 21, 2010

Mais premiações do MinC para Roraima

E la plata do Ministério da Cultura continua chegando em Roraima. Edital sim, edital não, grupos e pessoas do Estado estão sendo premiados para efetuar projetos em diversas áreas.

É claro que nem sempre dá para levar tudo. Na 2º edição do prêmio ASAS – Cultura Viva 2010, da Secretaria de Cidadania e Cultura (SCC-MinC), ninguém, por enquanto, levou nada. 

Inscrito com o Processo Nº  01400.008439/2010-11, o Grupo Teatral a Bruxa Ta Solta ficou de fora porque “não apresentou Ata e Estatuto. Não recebeu as três últimas parcelas – em desacordo com o item 5.1 do Edital 1/2010”, conforme o documento publicado pelo MinC.

O prazo para o pedido de recursos vai até 26 de maio. A lista geral dos premiados e classificados está aqui

Por outro lado, o mesmo grupo se deu muito bem no Prêmio Areté – Apoio a Eventos Culturais em Rede. Para fazer o projeto BR 174-Via de Mão Dupla 2010, vai levar R$ 25 mil na categoria Ponto de Cultura.

Entre os classificados na categoria Ponto de Cultura, ou seja, com chances de também levar R$ 25 mil para casa, está a Associação Roraimense de Artes e Produções Artisticas - Arteatro, que apresentou um projeto com o mesmíssimo nome da turma da Bruxa Ta Solta: BR 174-Via de Mão Dupla 2010. Os recursos devem ser enviados até o dia 26 de maio.

Foram premiados 113 projetos de 25 estados brasileiros (apenas o AC e AM não enviaram projetos para a premiação). Entre os contemplando constam os mais diversos segmentos culturais, desde manifestações populares à participação de representantes de Pontos de Cultura em eventos internacionais.

Os prêmios variam entre R$ 10 mil, R$ 25 mil, R$ 50 mil, R$ 75 mil e R$ 100 mil. A lista completa dos premiados e classificados está aqui.

terça-feira, maio 18, 2010

Som



Balbuciou alguma coisa parecida com “acho que isso não está certo”, mas logo calou, respondendo aos beijos do melhor amigo de seu marido.

segunda-feira, maio 17, 2010

quinta-feira, maio 13, 2010

Agendinha cultural da capital mais setentrional do Brasil


Filme
O filme policial Remanescente das Sombras, do diretor independente Alex pizano, será exibido nesta quinta (13), às 19h, na videoteca do Palacio da Cultura, Centro de Boa Vista. Entrada franca. Este foi o primeiro e o até agora único longametragem de Roraima.


Chorinho
O SESC/RR promove nesta sexta-feira, às 20h, no Teatro Jaber Xaud o show “Choros Amazônicos”, com o músico Adamor do Bandolim (PA). Ingressos à venda no SESC/Centro ao preço de R$ 10,00 (dez reais) a inteira e R$ 5,00 (cinco reais)
a meia para estudantes com a carteirinha e comerciários.

Leitura dramatizada
O texto Apenas um Blues e uma Parede Pichada, de Marcelo Perez, será dramatizado neste sábado (15), às 20 horas,no Teatro Jaber Xaud – SESC Macejana.Esse texto é resultado da Bolsa FUNARTE de Estímulo à Criação - Dramaturgia / 2008. O ingresso é 1 kg de alimento não perecível. Conforme Marcelo,"o texto propõe uma reflexão sobre o suicídio de jovens no estado de Roraima, que hoje é o maior índice do país. De maneira alguma ele pretende mostrar alguma solução para o problema, e sim, fomentar a discussão desse tema tão importante e que, hoje, vive guardado a sete chaves dentro da sociedade roraimense."

Rock do Cipó
Começa às 18h de sábado e vai simbora até de madruga, segundo os organizadores. Outras infos direto no cartaz:



Reggae night
Também neste sábado, só que às 21h, tem o IV Festival de Reggae Boa Vista e o X Tributo a Bob Marley. O som, levado pela turma das bandas Guy-Bras, Metamorphosis e OverDrive, será no SESC-Centro.

E é tudo.

quarta-feira, maio 12, 2010

Cordas



Odiava qualquer coisa que o prendesse. Até o dia em que, amarrado feito bicho, descobriu as maravilhas do sadomasoquismo.

segunda-feira, maio 10, 2010

Matemática


Ganhou 10 quilos:

- Acho que estou um pouco gordo...

Depois, desses, perdeu três:

- Olhaí, tô magrinho, só músculo, né?