O rock não é mais como antes...
I Sesc FestRock. 23 bandas de rock tocando no espaço multicultural do Sesc Roraima no sábado e no domingo. É o grande encontro das tribos.
O show ainda não começou. Chove demais na cidade. Zanny e eu ilhados numa lanchonete, esperando o tempo passar e vendo América.
Diz Zanny: vamos embora na chuva mesmo. Estou com frio e ela não vai passar tão cedo.
Digo eu: calma, companheira. Tenha fé. Já vai diminuir.
Meia hora depois, diz Zanny: vai passar quando?
Digo eu: abre teu coração para Jesus, mulher de pouca fé. Já, já, passa.
Uns dez minutos depois saímos correndo debaixo da chuva. A água estava empoçando e cada carro que passava, ondas se formavam, lindas como se estivéssemos à beira do mar... O problema é que havia uma tampa de esgoto pertinho e a Zanny estava querendo vomitar...
No Sesc, a molecada toda de preto, alguns com o rosto pintado, piercings, outros com bandeiras, cantando músicas em inglês com solos de guitarra baterias pulsantes. Tatuadores, roupas de couro e metal. É algo diferente na terra onde tudo termina em forró ou axé sendo cantado por músicos desafinados.
Muito rock. Vocalistas com naipes diferentes, alguns com estilo, outros ainda pegando a manha do palco.
A molecada bebendo suco de laranja e um guitarrista parando a apresentação para dizer que as drogas fazem mal à saúde, que ele usou por 15 anos e quase morre, blá-blá-blá, fazendo do palco um confessionário e sendo muito aplaudido no final.
Definitivamente, o rock não é mais o que era antes. Pelo menos no que trata sobre as drogas entre a juventude. Ainda bem.
P.S.: Terminei de escrever às 13h24, hora local. E ainda chovia na cidade, claro que com menos intensidade. É culpa da pouca fé da Zanny.
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