O fim de tarde laranja
Anuncia a vinda da lua
E o vendedor de picolé
Finalmente mergulha
Em sua vontade salgada
Sem medo que algo lhe levem
Sentindo a alma ficar leve.
(O claro é de espera, a noite ficou-lhe de lazer)
Cai o sol no meio do mar
Anunciando novos dias
De mergulhos em fins de tarde.
Cai o sol no meio do mar
E se vê da areia, sem esforço,
Mergulhados ele e o vendedor
Descansando suas rotinas.
(Triste sina a de quem tudo espera, feliz de quem tem o mar só pra si)
A lua trouxe espuma à beira
Em breve dia de outras esperanças
Dia de largar tudo e encarar
Praias de todo canto
Esperando ser descanso
Do sol, do vendedor de picolé
E de toda brava gente brasileira.
* Poesia classificada em quinto lugar no segundo concurso literário da Rede de Farmácias Pague Menos - 2012.
Baixe aqui o e-book do concurso.
2 comentários:
Bravo... Uma joia esse poema, só o poeta consegue perceber essas nuances das coisas simples da vida. Você conseguiu mostrar o que sequer pensamos sentir, mas ao ler esse poema vejo desabrochar em mim, o que sempre quis, mas não o sabia. Parabéns...
Obrigado pelo comentário, Aidil. Que bom que o texto tocou você. Volte sempre!
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