Depois de quase três anos fiz a minha segunda tatuagem. Botei em meu braço direito um pouco do livro que mais li e reli na vida: Cien anõs de Soledad, de Gabriel García Márquez.
A tatoo é uma ilustração do artista plástico argentino-brasileiro-baiano Carybé para uma edição brasileira do livro de Gabo.
Llovió cuatro años, once meses y dos días. Hubo épocas de llovizna en que todo el mundo se puso sus ropas de pontifical y se compuso una cara de convaleciente para celebrar la escampada, pero pronto se acostumbraron a interpretar las pausas como anuncios de recrudecimiento.
Oh! Deus, perdoe esse pobre coitadoQue de joelhos rezou um bocadoPedindo pra chuva cair, cair sem parar
Voltando à tatuagem e ao livro: um exemplar de Cien años de Soledad, que hoje está guardado e bem surrado na casa da minha mãe, apareceu numa estante da nossa casa em Guasipati, na Venezuela, quando eu tinha uns 11 ou 12 anos de idade e eu li, reli, li de novo e a cada leitura sempre descobria uma camada diferente na saga da família Buendía. E sempre, mesmo depois de ter quase trinta anos, me assustava na última página com a descrição do fim de Macondo...
Desde 2017 eu andava pensando no que iria colocar a mais de tatuagem no corpo. Achei nas buscas essa ilustração de Carybé, a quem conhecia de citação no diário-autobiografia de Jorge Amado “Navegação de cabotagem”. O artista fez várias outras ilustrações, mas esta é a relativamente mais simples de fazer e de visualizar. As outras têm muitos detalhes e fiquei como medo de que isso se perdesse na tatuagem.
E você, o que gostaria de tatuar e em que parte do corpo?
2 comentários:
Revisão que se transformou em tatoo e tatoo inspirada em Cem anos de solidão. Excelente destinação!Doutorado vem ai! Quem sabe uma outra revisão não se transforma em outra tatoo. :)
Quem sabe, quem sabe, Vanessa? Tomara que apareça!
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