textos velhos resgatados do fundo do baú digital, apenas para não fechar a semana na mesma postagem. Este aqui tem pelo menos uns três anos.
Conselhos
Acredite no destino ou na vontade
Dos homens de fé.
Lute e tente ser o melhor
Conquiste mundos, multidões, sucesso.
Viva como um rei, seja divino.
E com tudo isso acontecendo
Lembre-se a cada manhã
Caro amigo ou cruel oponente:
Todo amor acaba
E aquilo que em tudo te atrai
Uma manhã qualquer só te distrai.
Vá à lua ou passe as férias na praia
Beba até cair ou faça campanha contra
As guerras no Oriente Médio.
Execute a sua vontade e esqueça dos outros
Só porque é sempre assim:
Todo amor acaba
E aquilo que em tudo te atrai
Uma manhã qualquer só te distrai.
sexta-feira, agosto 25, 2006
terça-feira, agosto 22, 2006
Vida na floresta amazônica
Serras ao norte, cerrado no centro e floresta tropical ao sul. Essas são as coberturas vegetais do estado de Roraima. A mais fria das regiões é na fronteira com a Venezuela, acima dos 1.000 metros de altitude, com um clima que varia de 10 0C a 27 0C.
Estas fotos foram batidas durante uma visita com a minha turma de Sociologia à vila de Campos Novos, um assentamento no meio da floresta do município de Iracema, sul de Roraima. A vila foi criada há dez anos e tem cerca de mil habitantes. Fica a uns 140 quilômetros da capital do Estado, Boa Vista.
Foi no meio da mata que os intrépidos alunos-pesquisadores estiveram buscando conhecimento. Essa aqui é uma das trilhas abertas pelos agricultores para chegar até suas propriedades e escoar a produção. Observe o tamanho das árvores.
Sem sucesso, a floresta parece querer resistir ao desmatamento. É surpreendente sair de uma área de mata fechada e surgir no meio de um capinzal, com o sol a pino.
Nas vicinais, sobrevivendo com muito trabalho e sem o conforto da energia elétrica, os agricultores vivem em casas de palha e de madeira.
No inverno, as picadas viram lamaçais e dificultam o escoamento. Em alguns pontos, a lama engole a metade da perna. Noutros, como nesse, parecem uma trilha de rali, pronta para engolir a sandália de desavisados como este cronista.
segunda-feira, agosto 21, 2006
Ele já está chegando. Vem dia sim, dia não.
Às vezes fica por dois, três dias, some, parece que nunca mais voltará.
De repente, ele amanhece esparramado, à vontade, faz da sua presença uma constante.
Às vezes fica o final de semana inteiro e some na segunda de manhã, mas antes das dez já está de volta, tocando, sentido, visto.
À noite, não deixa ninguém dormir tranqüilo. Fica ali, mexendo, provocando, fazendo suar, suar, suar...
Parece que setembro é o seu mês.
Quando setembro chegar, ele não sairá mais daqui. Talvez tire férias no ano que vem, lá por abril, maio, mas enquanto isso vai trabalhar muito. Até com mais intensidade que neste ano.
Maldito verão amazônico...
Às vezes fica por dois, três dias, some, parece que nunca mais voltará.
De repente, ele amanhece esparramado, à vontade, faz da sua presença uma constante.
Às vezes fica o final de semana inteiro e some na segunda de manhã, mas antes das dez já está de volta, tocando, sentido, visto.
À noite, não deixa ninguém dormir tranqüilo. Fica ali, mexendo, provocando, fazendo suar, suar, suar...
Parece que setembro é o seu mês.
Quando setembro chegar, ele não sairá mais daqui. Talvez tire férias no ano que vem, lá por abril, maio, mas enquanto isso vai trabalhar muito. Até com mais intensidade que neste ano.
Maldito verão amazônico...
terça-feira, agosto 15, 2006
quarta-feira, agosto 09, 2006
Em tempos de pouca inspiração literária, fotos de Boa Vista
Se bem que postar as fotos demora mais que postar texto....mas tudo bem.
Este é um dos principais monumentos da cidade: a Estátua do Garimpeiro. Fica bem no centro de Boa Vista. Poucas crianças nasceram e cresceram aqui sem bater uma foto com ele ao fundo. Eu tenho várias...
Se bem que postar as fotos demora mais que postar texto....mas tudo bem.
Este é um dos principais monumentos da cidade: a Estátua do Garimpeiro. Fica bem no centro de Boa Vista. Poucas crianças nasceram e cresceram aqui sem bater uma foto com ele ao fundo. Eu tenho várias...
Essa é a fachada do Estádio Flamarion Vasconcelos, inaugurado na década de 70 pelo governo militar. O Canarinho é o palco dos cláááássicos do futebol da terceira divisão local....
E esta é uma mostra do grafitte local.
segunda-feira, agosto 07, 2006
quarta-feira, agosto 02, 2006
Boa Vista Shows
Fora os botecos de sempre com as mesmas horríveis bandas de forró, há semanas em que não acontece nenhum show em Boa Vista. E então, de repente, tudo explode. Agora, com a proximidade da seca e a diminuição progressiva das chuvas, as bandas e cantores voltam a ocupar espaço na night macuxi.
No final de semana passado, por exemplo, foi realizado o II Roraima Sesc Fest Rock, o maior festival do estilo em Roraima. 23 bandas se apresentaram de sexta a domingo no espaço multicultural do Sesc Centro, várias delas com repertório formado por músicas próprias, muito diferente do ano passado, quando a proposta autoral foi tímida. Bandas de Manaus (AM), a Pink Rock, e da Guiana, a Brutus, também deram o ar de seu rock em BV.
As fotos e o histórico das bandas podem ser conferidos aqui. Comentários e algumas entrevistas com as bandas podem ser conferidos aqui.
Na mesma sexta em que começou o Sesc Fest Rock, o cantor Neuber Uchoa lançou o seu mais novo CD, com o título ?Eu preciso aprender a ser pop?. Daí, como trabalhei até tardão, tive de escolher entre começar a noite no roquenrol ou na batida amazônica do Neuber. Já rolou um desencontro.
E agora, nesta sexta-feira (4), novamente o público vai ter de escolher e alguém vai perder nessa história. Na mesma noite, o Sesc promove um show com Helen Abad, uma professora de música que agora vai encarar os palcos com um repertório de MPB.
No mesmo horário, 21h, os roqueiros da Mr. Jungle fazem um show no teatro Carlos Gomes para lançar o seu single demo. E apenas para confundir mais a cabeça do público, Geraldo Azevedo (yes!) e Guilherme Arantes (arg!) apresentam-se no Iate Clube da cidade. Tudo ao mesmo tempo de agosto.
Na outra semana, a segunda edição do ano do projeto Sonora Brasil em Roraima traz o grupo curitibano Banza, para única apresentação no dia 11 de agosto no Espaço Multicultural Sesc Centro. No dia 13, é a vez dos Titãs tocarem no Iate Clube.
O problema agora é tempo e grana para comprar tanto ingresso.
Up date
Ahã, eu sabia que algo estava faltando. No sábado, a banda Garden comemora dez anos de estrada com um especial de O Rappa. No domingo, a Prefeitura de Boa Vista e o Sesc Roraima lançam o CD do projeto Canta Roraima (postei sobre ele em dezembro do ano passado), com 18 músicas, incluindo cantigas indígenas, rap e outros ritmos.
E onde estarei eu às 8h da manhã de sábado e domingo? Nas aulas da pós, feito um bom índio, até as 20h, pelo menos. Ou seja, nada de descanso para poder ir relaxado aos shows.
Up date 2
Às 20h deste sábado (5) começa a temporada de músicas eruditas do segundo semestre de 2006. Depois de apresentar-se com grande sucesso no 26º Festival de Música de Londrina (PR), a Orquestra de Câmara da Prefeitura de Boa Vista realiza novos concertos no Centro de Informações Turísticas da Intendência, localizado na Orla Taumanan, bem em frente ao rio Branco.
Fora os botecos de sempre com as mesmas horríveis bandas de forró, há semanas em que não acontece nenhum show em Boa Vista. E então, de repente, tudo explode. Agora, com a proximidade da seca e a diminuição progressiva das chuvas, as bandas e cantores voltam a ocupar espaço na night macuxi.
No final de semana passado, por exemplo, foi realizado o II Roraima Sesc Fest Rock, o maior festival do estilo em Roraima. 23 bandas se apresentaram de sexta a domingo no espaço multicultural do Sesc Centro, várias delas com repertório formado por músicas próprias, muito diferente do ano passado, quando a proposta autoral foi tímida. Bandas de Manaus (AM), a Pink Rock, e da Guiana, a Brutus, também deram o ar de seu rock em BV.
As fotos e o histórico das bandas podem ser conferidos aqui. Comentários e algumas entrevistas com as bandas podem ser conferidos aqui.
Na mesma sexta em que começou o Sesc Fest Rock, o cantor Neuber Uchoa lançou o seu mais novo CD, com o título ?Eu preciso aprender a ser pop?. Daí, como trabalhei até tardão, tive de escolher entre começar a noite no roquenrol ou na batida amazônica do Neuber. Já rolou um desencontro.
E agora, nesta sexta-feira (4), novamente o público vai ter de escolher e alguém vai perder nessa história. Na mesma noite, o Sesc promove um show com Helen Abad, uma professora de música que agora vai encarar os palcos com um repertório de MPB.
No mesmo horário, 21h, os roqueiros da Mr. Jungle fazem um show no teatro Carlos Gomes para lançar o seu single demo. E apenas para confundir mais a cabeça do público, Geraldo Azevedo (yes!) e Guilherme Arantes (arg!) apresentam-se no Iate Clube da cidade. Tudo ao mesmo tempo de agosto.
Na outra semana, a segunda edição do ano do projeto Sonora Brasil em Roraima traz o grupo curitibano Banza, para única apresentação no dia 11 de agosto no Espaço Multicultural Sesc Centro. No dia 13, é a vez dos Titãs tocarem no Iate Clube.
O problema agora é tempo e grana para comprar tanto ingresso.
Up date
Ahã, eu sabia que algo estava faltando. No sábado, a banda Garden comemora dez anos de estrada com um especial de O Rappa. No domingo, a Prefeitura de Boa Vista e o Sesc Roraima lançam o CD do projeto Canta Roraima (postei sobre ele em dezembro do ano passado), com 18 músicas, incluindo cantigas indígenas, rap e outros ritmos.
E onde estarei eu às 8h da manhã de sábado e domingo? Nas aulas da pós, feito um bom índio, até as 20h, pelo menos. Ou seja, nada de descanso para poder ir relaxado aos shows.
Up date 2
Às 20h deste sábado (5) começa a temporada de músicas eruditas do segundo semestre de 2006. Depois de apresentar-se com grande sucesso no 26º Festival de Música de Londrina (PR), a Orquestra de Câmara da Prefeitura de Boa Vista realiza novos concertos no Centro de Informações Turísticas da Intendência, localizado na Orla Taumanan, bem em frente ao rio Branco.
segunda-feira, julho 31, 2006
Prevenção
De repente, no meio do café da manhã, ele perguntou:
- Ei, tu teve um orgasmo ontem, não foi?
Ela ficou estática, chocada com o questionamento, e respondeu:
- Que tipo de pergunta é essa?
Ele, olhando para o seu pedaço de cuzcuz, disse:
- Nada não, é que passou no rádio que hoje é dia do orgasmo. E como tu gosta de ganhar presente por tudo, só quero te avisar que se tu teve um orgasmo ontem, te contenta com ele, que hoje estou cheio de serviço.
De repente, no meio do café da manhã, ele perguntou:
- Ei, tu teve um orgasmo ontem, não foi?
Ela ficou estática, chocada com o questionamento, e respondeu:
- Que tipo de pergunta é essa?
Ele, olhando para o seu pedaço de cuzcuz, disse:
- Nada não, é que passou no rádio que hoje é dia do orgasmo. E como tu gosta de ganhar presente por tudo, só quero te avisar que se tu teve um orgasmo ontem, te contenta com ele, que hoje estou cheio de serviço.
terça-feira, julho 25, 2006
Refrão
Quando estava indo embora, ela disse:
- Gostei da noite. Quando quiser me ver de novo, liga neste número.
Ele, encabulado, preso à sua ética pessoal, respondeu, temeroso:
- Até que gostaria, mas você é a namorada de meu melhor amigo. E se perdermos o controle e algo a mais rolar?
Ela o olhou no fundo dos olhos, suspirou e cochichou em seu ouvido:
- Não quero parecer insensível, mas o que os olhos não vêem, o coração não sente. E se um não quiser, dois não se enrolam.
Quando estava indo embora, ela disse:
- Gostei da noite. Quando quiser me ver de novo, liga neste número.
Ele, encabulado, preso à sua ética pessoal, respondeu, temeroso:
- Até que gostaria, mas você é a namorada de meu melhor amigo. E se perdermos o controle e algo a mais rolar?
Ela o olhou no fundo dos olhos, suspirou e cochichou em seu ouvido:
- Não quero parecer insensível, mas o que os olhos não vêem, o coração não sente. E se um não quiser, dois não se enrolam.
quarta-feira, julho 19, 2006
Lições da vida após a visita da morte
Nunca se perca de quem você gosta.
De vez em quando, ligue para uma pessoa amiga e diga-lhe o quanto gosta dela.
Sorria mais de quem só quer viver sério.
Ame. Ame nem que seja uma ave, mas ame e demonstre.
Viva o dia. E se for o seu perfil, a noite também.
Reúna-se de vez em quando com pessoas queridas e inteligentes. Faz bem à alma e ao cérebro.
Procure entender como é o outro, o desconhecido, e descubra novos matizes da existência.
...............
Agora, também brincando no Overmundo.
Nunca se perca de quem você gosta.
De vez em quando, ligue para uma pessoa amiga e diga-lhe o quanto gosta dela.
Sorria mais de quem só quer viver sério.
Ame. Ame nem que seja uma ave, mas ame e demonstre.
Viva o dia. E se for o seu perfil, a noite também.
Reúna-se de vez em quando com pessoas queridas e inteligentes. Faz bem à alma e ao cérebro.
Procure entender como é o outro, o desconhecido, e descubra novos matizes da existência.
...............
Agora, também brincando no Overmundo.
segunda-feira, julho 17, 2006
Justificativas de índio
O blog está completamente às traças, com as baratas fazendo a festa e devorando os bits de cada texto. Ando trabalhando muito. Não estou reclamando disso. Pelo contrário, estou na melhor fase profissional da minha relativamente curta vida.
Ando meio sem vontade de escrever. Falta a dose certa de inspiração e gana de transpiração. Ando meio seleção brasileira, na real. Não são problemas pessoas. Aliás, se há algo do que posso me alegrar é da falta de grandes problemas pessoais. Nisso sou bem diferente de todas as pessoas que me rodeiam. Cada uma tem um drama para contar ou resolver. Eu, no máximo, me preocupo (quando lembro) da falta de um tema para a monografia.
Acho que é a saudade da aldeia, de pescar de noite no rio, brigar com jacaré, de ficar na rede quieto para evitar chamar a atenção do Canaimé, de acordar cedo para ir caçar...Ops, peraí, saudosismo não. Também não era tudo isso de bom a vida na maloca.
Bom, talvez seja só preguiça, sem tanta filosofia ou elucubrações. Por isso não escrevi nada no dia 7 de julho, quando o Crônicas da Fronteira completou dois anos de existência, ou no dia 9, quando meu querido município, Boa Vista, chegou ao 116º aniversário.
Para não deixar a poeira tomar conta do blog, resolvi colocar um texto tolo rabiscado no caderno entre as 22h e as zero horas, depois de uma aula de segunda ou quinta-feira.
Visitas? Assim que estiver mais folgado vou retribuir todas. Pode ser hoje ou amanhã. Quem sabe o que a vida nos guarda para daqui a algumas horas?
Beijos índios a todos.
Mão no queixo, silêncio.
A parede branca, mesa bagunçada.
Memórias, papéis velhos.
Maio se esvai, águas chegam.
Como se fala da inquietação?
Fotos, conchas do mar, canetas
Objetos e outras mil coisas se valor.
Notícias velhas, contas de energia.
É muito fácil pintar a inquietação.
Uma mosca, um copo d?água, calor.
Palavras para ler e guardar.
Um caminho sem sinalização de volta.
Uma foto do presente
Como escritores definem inquietação?
Jazz no canal de áudio.
Músicas com gaitas escocesas falam de rosas.
Substantivos, adjetivos, desconstruções gramaticais.
Traduções, induções, possessões.
Para quê tanta inquietação?
O blog está completamente às traças, com as baratas fazendo a festa e devorando os bits de cada texto. Ando trabalhando muito. Não estou reclamando disso. Pelo contrário, estou na melhor fase profissional da minha relativamente curta vida.
Ando meio sem vontade de escrever. Falta a dose certa de inspiração e gana de transpiração. Ando meio seleção brasileira, na real. Não são problemas pessoas. Aliás, se há algo do que posso me alegrar é da falta de grandes problemas pessoais. Nisso sou bem diferente de todas as pessoas que me rodeiam. Cada uma tem um drama para contar ou resolver. Eu, no máximo, me preocupo (quando lembro) da falta de um tema para a monografia.
Acho que é a saudade da aldeia, de pescar de noite no rio, brigar com jacaré, de ficar na rede quieto para evitar chamar a atenção do Canaimé, de acordar cedo para ir caçar...Ops, peraí, saudosismo não. Também não era tudo isso de bom a vida na maloca.
Bom, talvez seja só preguiça, sem tanta filosofia ou elucubrações. Por isso não escrevi nada no dia 7 de julho, quando o Crônicas da Fronteira completou dois anos de existência, ou no dia 9, quando meu querido município, Boa Vista, chegou ao 116º aniversário.
Para não deixar a poeira tomar conta do blog, resolvi colocar um texto tolo rabiscado no caderno entre as 22h e as zero horas, depois de uma aula de segunda ou quinta-feira.
Visitas? Assim que estiver mais folgado vou retribuir todas. Pode ser hoje ou amanhã. Quem sabe o que a vida nos guarda para daqui a algumas horas?
Beijos índios a todos.
Mão no queixo, silêncio.
A parede branca, mesa bagunçada.
Memórias, papéis velhos.
Maio se esvai, águas chegam.
Como se fala da inquietação?
Fotos, conchas do mar, canetas
Objetos e outras mil coisas se valor.
Notícias velhas, contas de energia.
É muito fácil pintar a inquietação.
Uma mosca, um copo d?água, calor.
Palavras para ler e guardar.
Um caminho sem sinalização de volta.
Uma foto do presente
Como escritores definem inquietação?
Jazz no canal de áudio.
Músicas com gaitas escocesas falam de rosas.
Substantivos, adjetivos, desconstruções gramaticais.
Traduções, induções, possessões.
Para quê tanta inquietação?
quarta-feira, julho 12, 2006
segunda-feira, julho 03, 2006
Texto do Sérgio, mais um acertador do bolão do Crônicas da Fronteira, sobre um jogo da copa de 1998, muito semelhante ao de sábado. E com uma pitada de teoria da conspiração.
Porque Voltamos
...E naquela tarde ele já se sentira mal, os amigos ficaram apreensivos, e logo vazou...A equipe adversária soube, e um dos jogadores, que era seu amigo, ligou preocupado pra concentração...Não quiseram dar mais detalhes... "comeu um doce e passou mal..."...Só isso, mas foi o bastante...Era sexta-feira e provavelmente Saulinho não jogaria no domingo.
Exames para lá e repousos pra cá, e no fim, abatido, disse que queria jogar de qualquer maneira...Achava que devia isso ao povo. Foi aconselhado a pensar e só na hora do jogo decidiriam o que fazer. Ferreira estava muito aflito, era como se fosse com seu filho. Os nervos da equipe estavam em frangalhos. Matheus disse que por ele Saulinho não jogaria e caiu sobre os ombros do mais experiente e do jogador a difícil decisão. Jogar ou não jogar?
Faltando uma hora para o jogo, alguém põe um envelope embaixo da porta. Alguém leu e houve uma reunião a portas fechadas. Demorou muito até alguém quebrar o silencio. Então o maioral disse: - Temos que perder o jogo! Todos se perguntaram, e perguntaram aos outros...- Como???.....- Estamos obedecendo ordens!...Foi o que falou o "seu" maioral.
Na entrada do campo uns concordavam, outros não. Chamaram o Saulinho no canto, e lhe disseram algo...Ela acenou com a cabeça...- Que vergonha! ? pensou. Num jogo em que o time estava irreconhecível, nervoso, querendo gritar, o placar foi 3 x 0 para o adversário. Era inacreditável. Eles foram os campeões.
Porque Voltamos
...E naquela tarde ele já se sentira mal, os amigos ficaram apreensivos, e logo vazou...A equipe adversária soube, e um dos jogadores, que era seu amigo, ligou preocupado pra concentração...Não quiseram dar mais detalhes... "comeu um doce e passou mal..."...Só isso, mas foi o bastante...Era sexta-feira e provavelmente Saulinho não jogaria no domingo.
Exames para lá e repousos pra cá, e no fim, abatido, disse que queria jogar de qualquer maneira...Achava que devia isso ao povo. Foi aconselhado a pensar e só na hora do jogo decidiriam o que fazer. Ferreira estava muito aflito, era como se fosse com seu filho. Os nervos da equipe estavam em frangalhos. Matheus disse que por ele Saulinho não jogaria e caiu sobre os ombros do mais experiente e do jogador a difícil decisão. Jogar ou não jogar?
Faltando uma hora para o jogo, alguém põe um envelope embaixo da porta. Alguém leu e houve uma reunião a portas fechadas. Demorou muito até alguém quebrar o silencio. Então o maioral disse: - Temos que perder o jogo! Todos se perguntaram, e perguntaram aos outros...- Como???.....- Estamos obedecendo ordens!...Foi o que falou o "seu" maioral.
Na entrada do campo uns concordavam, outros não. Chamaram o Saulinho no canto, e lhe disseram algo...Ela acenou com a cabeça...- Que vergonha! ? pensou. Num jogo em que o time estava irreconhecível, nervoso, querendo gritar, o placar foi 3 x 0 para o adversário. Era inacreditável. Eles foram os campeões.
sexta-feira, junho 30, 2006
Meus mundiais
O Sérgio postou dia desses sobre onde e o que estava vivendo nos últimos mundiais de futebol. Desde o post da Luma, tentei me lembrar qual foi a copa que acompanhei com tanta atenção como esta. Resultado: nunca havia assistido a tantos jogos desta competição.
Daí comecei a pensar onde estava na final de cada mundial que rolou desde meu nascimento. A conta ficou assim:
Argentina 1978 - Com certeza, estava dormindo ou no seio de mamãe.
Espanha 1982 ? Não lembro, mas é provável que estivesse brincando com os meus bonequinhos no quintal ou no quarto.
México 1986 ? Estava na quarta série. Fiquei sabendo bem depois que a Argentina era campeã.
Itália 1990 ? Ah, essa final eu lembro. Um gol apenas da Alemanha contra a Argentina. Assisti na casa do meu amigo Gustavo. Alguém falou que final com placar tão magrinho não valia a pena pagar aposta.
EUA 1994 ? Assisti na varanda da casa de meus avós.
França 1998 ? Não lembro. Acho que estava dormindo. Mas depois acompanhei tudo...
Coréia do Sul & Japão 2002 ? Estava dormindo na final. Apenas ouvi os gritos de meus primos e tios na casa ao lado. É ruim de assistir jogo às 7h da madrugada!
E você, lembra onde estava nas últimas finais da copa do mundo?
O Sérgio postou dia desses sobre onde e o que estava vivendo nos últimos mundiais de futebol. Desde o post da Luma, tentei me lembrar qual foi a copa que acompanhei com tanta atenção como esta. Resultado: nunca havia assistido a tantos jogos desta competição.
Daí comecei a pensar onde estava na final de cada mundial que rolou desde meu nascimento. A conta ficou assim:
Argentina 1978 - Com certeza, estava dormindo ou no seio de mamãe.
Espanha 1982 ? Não lembro, mas é provável que estivesse brincando com os meus bonequinhos no quintal ou no quarto.
México 1986 ? Estava na quarta série. Fiquei sabendo bem depois que a Argentina era campeã.
Itália 1990 ? Ah, essa final eu lembro. Um gol apenas da Alemanha contra a Argentina. Assisti na casa do meu amigo Gustavo. Alguém falou que final com placar tão magrinho não valia a pena pagar aposta.
EUA 1994 ? Assisti na varanda da casa de meus avós.
França 1998 ? Não lembro. Acho que estava dormindo. Mas depois acompanhei tudo...
Coréia do Sul & Japão 2002 ? Estava dormindo na final. Apenas ouvi os gritos de meus primos e tios na casa ao lado. É ruim de assistir jogo às 7h da madrugada!
E você, lembra onde estava nas últimas finais da copa do mundo?
segunda-feira, junho 26, 2006
E com vocês, Lumita, a grande vencedora do prêmio "Acertei o placar nos jogos do Brasil"!!!!!!
(Rufar de tambores, histeria coletiva na blogosfera, milhões de acessos etc. etc. etc.)
Que a ficção de Luma ilumine a segunda-feira de todos nós.
Doce era a ilusão de segurança das rotinas. Prezava-as.
Mas aquele dia era um dia diferente.
O dia estava chuvoso, frio, e isso não a impediu de sair para a rua.
Vagueou sem destino até que entrou naquele mesmo café. Todos os dias era ali que ia almoçar e jantar.
Mal entrava e recebia um sorriso rasgado do garçom, que já nem perguntava, vinha apenas servir-lhe, com meia garrafa de água e meia garrafa de vinho.
Levava com ela um livro, fingia ler algumas páginas, mas essencialmente sonhava acordada. Pensava nele, na sua vida, alheia a tudo o que se passava a sua volta.
A chuva teimava em cair, fustigando as vidraças. Lá fora, viu gente que corria de um lado para o outro, tentando proteger-se.
Não reparou naquele homem, sentado à frente, que a olhou curioso.
Pagou e saiu. Não viu que o homem a seguiu.
Percorreu o caminho até a casa, cabeça baixa e olhar perdido.
Entrou no prédio e subiu as escadas. Não viu o homem....
Novamente saiu de casa e o destino levou-a ao mesmo café.
O garçom trouxe o jantar. A chuva estava suspensa e o negro da noite venceu a negritude daquele dia.
Repara num homem sentado à sua frente. Ele sorri, ela devolve o sorriso. Um sorriso triste, de alguém para quem a vida já nada significava.
Sem uma palavra, ele juntou-se a ela e acariciou-lhe uma das mãos. Mãos frias de um coração vazio....
Saíram juntos do café e percorreram as ruas da cidade.
E recostada a um carro, ela sonhou a sofreguidão de um grande amor.
Era o seu aniversário de casamento. Um casamento sem brilho, sem emoções, um fardo para a sua alma.
A partir desse dia, depois de muitos anos, sonha que vive um grande amor. Fantasia sobre a sua vida e revive, ainda que por breves momentos, o sabor da paixão.
Alguma coisa mudou dentro dela. Não olha mais os outros no café com olhar de indiferença, olha os outros clientes com uma curiosidade assanhada, como se pudesse beber deles a vida que não tinha: o casal de namorados a beijar-se; as três amigas que vinham desabafar suas mágoas e um casal de gays com ar culpado, que claramente tinham outras famílias em casa, mas que todos os dias se encontravam ali antes de subirem para um quarto do hotel ao lado.
Todos fantasiando a felicidade. Não se sentia mais só.
Tudo o que via, analisava, e o que não via, imaginava. Completava a realidade de cada um com os seus próprios sonhos e assim vivia feliz.
Saía dali somente quando começava a esvaziar, mas não ia ainda para casa.
Encostava-se em um carro. Rua vazia de vida naquela hora, via os carros que passavam e sentia a impressão que produzia neles. Muitos olhavam para ela como se fosse doida, com a curiosidade natural de ver uma mulher sozinha àquela hora da noite. Muitos homens solitários como ela, abrandavam, olhavam-na demoradamente, tentando percebê-la.
Às vezes, havia um que parava. Confundia-a com uma prostituta, perguntava-lhe o preço. Ela sorria, entrava no carro, fazia-lhe tudo e não levava nada.
O calor de um corpo, a intimidade, mesmo que falsa, para ela não tinha preço.
Separam-se, sem trocar um olhar ou uma palavra.
E com muito prazer,
Luma invadindo o espaço do Edgar
Beijus
(Rufar de tambores, histeria coletiva na blogosfera, milhões de acessos etc. etc. etc.)
Que a ficção de Luma ilumine a segunda-feira de todos nós.
Doce era a ilusão de segurança das rotinas. Prezava-as.
Mas aquele dia era um dia diferente.
O dia estava chuvoso, frio, e isso não a impediu de sair para a rua.
Vagueou sem destino até que entrou naquele mesmo café. Todos os dias era ali que ia almoçar e jantar.
Mal entrava e recebia um sorriso rasgado do garçom, que já nem perguntava, vinha apenas servir-lhe, com meia garrafa de água e meia garrafa de vinho.
Levava com ela um livro, fingia ler algumas páginas, mas essencialmente sonhava acordada. Pensava nele, na sua vida, alheia a tudo o que se passava a sua volta.
A chuva teimava em cair, fustigando as vidraças. Lá fora, viu gente que corria de um lado para o outro, tentando proteger-se.
Não reparou naquele homem, sentado à frente, que a olhou curioso.
Pagou e saiu. Não viu que o homem a seguiu.
Percorreu o caminho até a casa, cabeça baixa e olhar perdido.
Entrou no prédio e subiu as escadas. Não viu o homem....
Novamente saiu de casa e o destino levou-a ao mesmo café.
O garçom trouxe o jantar. A chuva estava suspensa e o negro da noite venceu a negritude daquele dia.
Repara num homem sentado à sua frente. Ele sorri, ela devolve o sorriso. Um sorriso triste, de alguém para quem a vida já nada significava.
Sem uma palavra, ele juntou-se a ela e acariciou-lhe uma das mãos. Mãos frias de um coração vazio....
Saíram juntos do café e percorreram as ruas da cidade.
E recostada a um carro, ela sonhou a sofreguidão de um grande amor.
Era o seu aniversário de casamento. Um casamento sem brilho, sem emoções, um fardo para a sua alma.
A partir desse dia, depois de muitos anos, sonha que vive um grande amor. Fantasia sobre a sua vida e revive, ainda que por breves momentos, o sabor da paixão.
Alguma coisa mudou dentro dela. Não olha mais os outros no café com olhar de indiferença, olha os outros clientes com uma curiosidade assanhada, como se pudesse beber deles a vida que não tinha: o casal de namorados a beijar-se; as três amigas que vinham desabafar suas mágoas e um casal de gays com ar culpado, que claramente tinham outras famílias em casa, mas que todos os dias se encontravam ali antes de subirem para um quarto do hotel ao lado.
Todos fantasiando a felicidade. Não se sentia mais só.
Tudo o que via, analisava, e o que não via, imaginava. Completava a realidade de cada um com os seus próprios sonhos e assim vivia feliz.
Saía dali somente quando começava a esvaziar, mas não ia ainda para casa.
Encostava-se em um carro. Rua vazia de vida naquela hora, via os carros que passavam e sentia a impressão que produzia neles. Muitos olhavam para ela como se fosse doida, com a curiosidade natural de ver uma mulher sozinha àquela hora da noite. Muitos homens solitários como ela, abrandavam, olhavam-na demoradamente, tentando percebê-la.
Às vezes, havia um que parava. Confundia-a com uma prostituta, perguntava-lhe o preço. Ela sorria, entrava no carro, fazia-lhe tudo e não levava nada.
O calor de um corpo, a intimidade, mesmo que falsa, para ela não tinha preço.
Separam-se, sem trocar um olhar ou uma palavra.
E com muito prazer,
Luma invadindo o espaço do Edgar
Beijus
sexta-feira, junho 23, 2006
Cotidiano (Ou sessão querido fotolog)
Sem mais futebol, sem cheias de rios, sem dores ou febres na alma. Apenas algumas fotos do cotidiano de um índio em Boa Vista.
Ler, ler e ler. E ainda falta tanto...
Para ler, que tal uns óculos direto do Feirão do Garimpeiro?
Sem mais futebol, sem cheias de rios, sem dores ou febres na alma. Apenas algumas fotos do cotidiano de um índio em Boa Vista.
Ler, ler e ler. E ainda falta tanto...
Para ler, que tal uns óculos direto do Feirão do Garimpeiro?
Consciência pesada? Joga nessa balança importada da Venezuela.
Raízes...
Uma nega bonita chamada Zanny...
Um indiozinho chamado Edgar...
A família do índio, pintada pela artista plástica macuxi Carmézia Emiliano...
quarta-feira, junho 21, 2006
Céu vermelho no Norte
Há duas formas de chegar a Boa Vista: em avião ou pela BR 174. A capital de Roraima fica a 758 km de Manaus, capital do Amazonas. Se alguém quiser sair daqui para o sudeste ou nordeste por terra, a maneira mais segura para não quebrar o carro é pegar uma balsa em Manaus e passar dias navegando no rio Amazonas até chegar no Pará.
Em caso de pressa, a solução mais fácil é pegar um vôo. O que leva dias por terra e água leva apenas algumas horas no ar. É claro que se for uma saída de Florianópolis, por exemplo, o viajante acorda cedo, perde um dia inteiro e chega em BV somente depois da meia-noite.
Apesar de tudo isso e do preço exagerado das passagens, o povo estava acostumado a essas duas opções e à comidinha furreca dos aviões.
Agora, com a crise da Varig, chegou a péssima notícia: a rota para Boa Vista foi cancelada. A empresa anunciou nesta quarta-feira que manterá os vôos somente até Manaus. Outras cidades na lista de vôos que não continuarão a ser operados são Belo Horizonte, Goiânia, Natal, Petrolina e Vitória. Ao lado, os jornais desta quinta-feira, 22. Como diz o pessoal da revista Trip, a gente deu antes e gostou.
Uma das conseqüências do cancelamento é que vão acabar os passeios até tarde no hall do aeroporto de Boa Vista. Quem nunca tinha vindo à cidade, costuma ficar surpreso com o número de pessoas que esperam amigos e parentes para levar para casa ou simplesmente dar um abraço antes dos demais.
Outro costume local é dar adeus ou oi aos passageiros desde um balcão onde é possível acompanhar embarques e desembarques. É como se fosse um mirante de vôos.
Outra notícia dos céus é a chuva que cai por aqui. Boa Vista está no meio do chamado inverno amazônico. O rio Branco, em cuja margem direita nasceu a cidade, subiu quase nove metros. Estamos vivendo a maior cheia desde 1996. Segundo a Defesa Civil, O número de desabrigados e desalojados ultrapassou a 400 pessoas. Nos abrigos são 157 pessoas de 30 famílias. A cada dia aumenta o volume das águas do rio e dos igarapés que cortam a cidade. Em alguns bairros, o que era rua virou lago. É a força da natureza, contra a qual nem sempre há o que fazer.
A Orla Taumanan, principal ponto turístico da cidade, é a referência para quem quer saber como está o humor do rio.
Há quem a visite diariamente para saber quanto subiu ou quanto desceu o Branco.
Essa foto é do sábado passado. A água ainda não havia escostado na laje.
E o inverno está apenas começando. Até o lago do parque Anauá, na parte central urbana, já ultrapassou os limites que a mão humana tentou impor-lhe.
terça-feira, junho 20, 2006
E a Lumita acertou...
Devia ter postado ontem, mas deu um pau na net local e não conseguia abrir nenhum blog, muito menos o blogger. Mesmo assim, aí vai, como se ainda fosse segunda:
2 X 0. O time caminha. Pesado, mas caminha. A Luma ganhou o prêmio do post anterior. Agora é ver se ela vai querer cobrar.
Está valendo a mesma promoção para o jogo de quinta-feira. Quem acertar o placar, leva o bolão da publicação. Mais barato que na promoção da Globo.
Manchete da Folha de S.Paulo: "Sem magia, Brasil vence e se classifica". A parte "e se classifica", em letras menores, parece um suspiro que vai da alegria ao muxoxo.
A parte boa da copa é que você pode ir para a casa dos parentes da namorada e empanturrar-se de graça com caldo e churrasco usando a desculpa da confraternização, do civismo esportivo e da socialização.
A parte ruim é ouvir piadas sobre o seu país de origem, que nunca se classificou para uma copa.
Dúvidas de todos os tipos podem te tomar ao ouvir o Galvão Bueno definir as cores do uniforme da Austrália como "um amarelo-fechado". Entre um pedaço de carne e outro, todos na sala perguntam: que cor é essa? E a da camisa brasileira, o que é então? Amarelo-aberto?
E no intervalo, o Faustão tirando onda com o resultado? Hilário.
Kaká. Até agora, esse é o cara da seleção.
Apesar da recuperação do fortucho Ronaldo, Robinho mandou bem melhor.
A ignorância é uma porcaria. Fred faz o gol e todo mundo pergunta: Fred? Quem é Fred?
Fred ficou tão empolgado que tentou levar a bola para casa, mas a Fifa não deixou.
O Miami Heat venceu o Dallas Mavericks por 101 a 100, na noite de domingo, e fez 3 a 2 na série melhor de sete da final da temporada 2005/06 da NBA. O próximo jogo está marcado para amanhã, e o último, se for preciso, será na quinta.
Devia ter postado ontem, mas deu um pau na net local e não conseguia abrir nenhum blog, muito menos o blogger. Mesmo assim, aí vai, como se ainda fosse segunda:
2 X 0. O time caminha. Pesado, mas caminha. A Luma ganhou o prêmio do post anterior. Agora é ver se ela vai querer cobrar.
Está valendo a mesma promoção para o jogo de quinta-feira. Quem acertar o placar, leva o bolão da publicação. Mais barato que na promoção da Globo.
Manchete da Folha de S.Paulo: "Sem magia, Brasil vence e se classifica". A parte "e se classifica", em letras menores, parece um suspiro que vai da alegria ao muxoxo.
A parte boa da copa é que você pode ir para a casa dos parentes da namorada e empanturrar-se de graça com caldo e churrasco usando a desculpa da confraternização, do civismo esportivo e da socialização.
A parte ruim é ouvir piadas sobre o seu país de origem, que nunca se classificou para uma copa.
Dúvidas de todos os tipos podem te tomar ao ouvir o Galvão Bueno definir as cores do uniforme da Austrália como "um amarelo-fechado". Entre um pedaço de carne e outro, todos na sala perguntam: que cor é essa? E a da camisa brasileira, o que é então? Amarelo-aberto?
E no intervalo, o Faustão tirando onda com o resultado? Hilário.
Kaká. Até agora, esse é o cara da seleção.
Apesar da recuperação do fortucho Ronaldo, Robinho mandou bem melhor.
A ignorância é uma porcaria. Fred faz o gol e todo mundo pergunta: Fred? Quem é Fred?
Fred ficou tão empolgado que tentou levar a bola para casa, mas a Fifa não deixou.
O Miami Heat venceu o Dallas Mavericks por 101 a 100, na noite de domingo, e fez 3 a 2 na série melhor de sete da final da temporada 2005/06 da NBA. O próximo jogo está marcado para amanhã, e o último, se for preciso, será na quinta.
sexta-feira, junho 16, 2006
Notícias da Copa da Alemanha
E aí, qual será o placar de domingo? Vamos fazer um bolão on-line de apostas sem fins lucrativos. Quem acertar, me manda um texto para publicação no Crônicas da Fronteira. Aposte, aposte, aposte e concorra a este fantástico prêmio!!!!!
A Holanda acaba de fazer um gol. (dei um ponto final lá embaixo, voltei para olhar de novo o texto e a Holanda já fez outro gol. Eficiência igualzi....A Costa do Marfim acaba de fazer o seu. Golaço. Isso é jogo. Continuando: Eficiência igualzinha à do time brasileiro.)
Igrejas alemãs exibem jogos para atrair fiéis, mas não vale xingar a mãe do juiz.
Os argentinos aplicaram a maior goleada da copa. A turma de Crespo e Tevez enfiou seis gols nos servo-montenegrinos. Aposto que a alegria dos platinos vai aumentar se o time do Brasil não mostrar um bom desempenho no domingo contra o time da Austrália, que entrará em campo com vários jogadores reservas.
Por bom desempenho, entenda-se pelos menos um placar com dois gols ou mais de diferença. Exatamente o que toda a turma de meu trabalho apostava que seria o resultado no primeiro jogo, disputado contra os croatas, que só levaram um gol.
Vocês já viram as roupas típicas alemãs? Como é que os homens vestiam aquelas roupas de jardineiro se dizem que lá faz tanto frio?
Neste jogo de domingo, o melhor time brasileiro desde 1982 (ou 86, estou confuso) tem a obrigação de mostrar entrosamento, alegria, espetáculo, qualidade, técnica, gols e dribles de todos os tipos. Não interessa como, não interessa que apesar de o Brasil ser o favorito, o futebol mundial esteja mais equilibrado a cada Copa.
E se não acontecer dessa forma, a culpa será dos Ronaldos. Tanto do gorducho-forte-pressionado Nazário, como do Gaúcho, o dentuço simpático que foi capa de todas as revistas semanais na semana passada.
Para quem está cansado de futebol, a pedida no domingo é relaxar vendo as finais da NBA. Ontem à noite, o Miami Heat venceu o Dallas Mavericks por 98 a 74, e empatou em 2 a 2 a série melhor de sete da final da temporada 2005/06 da NBA.
E se você está com pouca grana para o encontro de domingo, o Crônicas da Fronteira orienta: checa no site da Receita Federal se o teu nome saiu na lista da primeira restituição do Imposto de Renda. Quem sabe não voltou uma grana?
E aí, qual será o placar de domingo? Vamos fazer um bolão on-line de apostas sem fins lucrativos. Quem acertar, me manda um texto para publicação no Crônicas da Fronteira. Aposte, aposte, aposte e concorra a este fantástico prêmio!!!!!
A Holanda acaba de fazer um gol. (dei um ponto final lá embaixo, voltei para olhar de novo o texto e a Holanda já fez outro gol. Eficiência igualzi....A Costa do Marfim acaba de fazer o seu. Golaço. Isso é jogo. Continuando: Eficiência igualzinha à do time brasileiro.)
Igrejas alemãs exibem jogos para atrair fiéis, mas não vale xingar a mãe do juiz.
Os argentinos aplicaram a maior goleada da copa. A turma de Crespo e Tevez enfiou seis gols nos servo-montenegrinos. Aposto que a alegria dos platinos vai aumentar se o time do Brasil não mostrar um bom desempenho no domingo contra o time da Austrália, que entrará em campo com vários jogadores reservas.
Por bom desempenho, entenda-se pelos menos um placar com dois gols ou mais de diferença. Exatamente o que toda a turma de meu trabalho apostava que seria o resultado no primeiro jogo, disputado contra os croatas, que só levaram um gol.
Vocês já viram as roupas típicas alemãs? Como é que os homens vestiam aquelas roupas de jardineiro se dizem que lá faz tanto frio?
Neste jogo de domingo, o melhor time brasileiro desde 1982 (ou 86, estou confuso) tem a obrigação de mostrar entrosamento, alegria, espetáculo, qualidade, técnica, gols e dribles de todos os tipos. Não interessa como, não interessa que apesar de o Brasil ser o favorito, o futebol mundial esteja mais equilibrado a cada Copa.
E se não acontecer dessa forma, a culpa será dos Ronaldos. Tanto do gorducho-forte-pressionado Nazário, como do Gaúcho, o dentuço simpático que foi capa de todas as revistas semanais na semana passada.
Para quem está cansado de futebol, a pedida no domingo é relaxar vendo as finais da NBA. Ontem à noite, o Miami Heat venceu o Dallas Mavericks por 98 a 74, e empatou em 2 a 2 a série melhor de sete da final da temporada 2005/06 da NBA.
E se você está com pouca grana para o encontro de domingo, o Crônicas da Fronteira orienta: checa no site da Receita Federal se o teu nome saiu na lista da primeira restituição do Imposto de Renda. Quem sabe não voltou uma grana?
segunda-feira, junho 12, 2006
Histórias de índio: uma década e meia no Brasil (Ou: vamos acabar com a lenga-lenga para começar a falar da copa e do arraial Boa Vista Junina)
Cheguei no domingo 3 de fevereiro de 1991. Na segunda à tarde, lá estava eu, cursando a oitava série, em uma nova escola, novo país, nova língua e nova gramática, tanto de texto como de comportamento.
Larguei no meio o primeiro ano do ensino médio. As notas em física não dariam para aprovação nem que fosse para recuperação, pensei à época. É claro que a conta estava errada, mas já era tarde...
Se bem me lembro, durante todo o ensino médio, não houve ano em que não ficasse na berlinda em alguma matéria. Aliás, o resultado do vestibular saiu justamente na manhã do último dia de recuperação. Apesar da fama de bagunceiro e pouco afeito a prestar atenção nas aulas, fui um poucos (entre 5 e 10) alunos de minha escola que conseguiram entrar na universidade naquele ano.
A vontade era de cursar filosofia, psicologia ou fisioterapia. Mas em 1995 apenas a Universidade Federal de Roraima ofertava cursos superiores no Estado e nenhum desses estava na lista. Pelo gosto com a leitura, fiquei entre letras e jornalismo. Optei pelo segundo quando vi na ementa do curso uma disciplina chamada "Comunicação Comunitária". Acho que fiz uma boa escolha.
Em terras brasileiras aprendi a jogar (pessimamente) vôlei e andar de bicicleta e mobilete. Desleixado, somente tentei dirigir carro há quatro anos e passei quase 24 meses entre fazer o exame de habilitação e me lembrar de pegar a CNH no Detran.
Cabelo comprido, bermuda, camiseta e uma mochila nas costas. Esse é o meu visual preferido até hoje, apesar de tudo.
Aos 18 anos, tive a minha primeira desilusão amorosa, com um fora daqueles. Mas acho que a grande perturbação foi ter sido justamente no auge das músicas melosas do pagode romântico. Daí, não tinha como superar rápido.
Entre 1991 e 1998, quando comecei no extinto jornal O Diário como repórter, trabalhei como office-boy, datilografei trabalhos para colegas, alfabetizei adultos, vendi fotos para capoeiristas e fui monitor de várias oficinas do Sesc. Grana pouca, economia muita.
Estive na Guiana, Peru e Bolívia, passei um mês em São Paulo esperando o resultado do concurso de estágio para novos repórteres do Estado de S.Paulo, aplaudi Fidel Castro e vaiei Zé Dirceu no Ginásio Mineirinho durante um congresso da Une, desfrutei das praias e do frio de Florianópolis, superei os 2.875 metros de altitude do Monte Roraima e andei por garimpos de ouro do outro lado da fronteira venezuelana.
Já escrevi para revistas regionais, fui professor substituto da UFRR, ativei o blog Crônicas da Fronteira em 7 de julho de 2004 e estou no mesmo local de trabalho desde 1999, atualmente no maior posto hierárquico do setor.
Algumas pessoas gostam muito de mim, muitas me detestam profundamente. Graças ao cargo que ocupo no momento, meus amigos dizem que a carga de veneno e inveja que despejam sobre o meu nome aumentou 100%. Mas como a vida é assim mesmo, vamos vivê-la, sem medo de urucubaca.
Taí, 15 anos de vida em pouco mais de três mil toques. É a vida de um índio em terras estrangeiras.
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