quinta-feira, fevereiro 22, 2018
segunda-feira, fevereiro 19, 2018
Uma postagem para colecionadores de actions figures
Em janeiro uma amiga viajou para os Estados Unidos, rodou uns 20 estados e na volta, toda gentil, trouxe em sua bagagem alguns bonequinhos que comprei na Amazon e mandei deixar na casa de uma amiga dela.
Vieram umas actions figures do Batman (principalmente do morcegão usando armaduras - adoro demais) e uma do Wolverine versão Logan Old Man.
Antes de guardá-las (ainda não comprei a estante não quero deixar pegando poeira) fiz algumas fotos das actions e postei no meu perfil no instagram, trocinho que criei dia desses.
Vou compartilhar aqui também por motivos de ter achado bonitas as fotos e para poder lembrar um dia lá na frente do tempo em que não tinha estante e falava isso para vocês.
Vamulá. Primeiramente, inspirados em Batman - cavaleiro das trevas, clássica e fodástica HQ de Frank Miller lançada em 1986, temos o morcego já bem idoso, numa armadura que inspirou a do filme Batmam Vs Superman, e o Líder mutante:
Batman, o velho irritado...
Líder, o chefe da gangue Mutante, esperando o Batman pra ver quem ganha o combate.
O grande encontro, versão Frank Miller: Batman e Líder Mutante.
**********
Estas outras três são de actions que já estavam na coleção. Fiz as fotos e as legendas para postar no instagram (e no Twitter).
A do Thanos foi temática: especialmente produzida para o Valentine's Day 2018.
Já a do Coisa e do Rhino, tudo da linha Marvel Select, foi um reaproveitamento de foto antiga, feita por Zanny Adairalba:
Durante um passeio no mato, você escuta um barulho, olha pro lado e vê um cabra feio como o Abominável à espreita... Não sei vocês, mas eu possivelmente me molharia (no mínimo).
Tá no jornal: a turma quebrou tudo numa confusão no baile de carnaval.
- Uma flor para uma flor.
-Ah, Thanos, você é tão romântico
Para fechar, uma visão do "estúdio" que montei para tirar as fotos das actions com um fundo neutro. Tudo bem profissa...hahaha Só na base da improvisação com um pedaço de EVA e a luz da minha luminária artesanal. Esse branco aí uma sacola de plástico que usei como difusor...
Fazendo pose, uma action inspirada na animação The New Batman Adventures |
Para ver outras postagens com mais bonequinhos de minha coleção, dá um clique aqui.
sexta-feira, fevereiro 16, 2018
quinta-feira, fevereiro 08, 2018
Sobre a estratégia identitária em um dos meus poemas
Cês lembram já falei para vocês que vou ser mestrando agora em 2018, né? Chegar nesse estágio da minha vida foi um sacrifício. Pensar cientificamente é um problema e chega a me deixar meio deprimido, como contei numa noite em que deveria estar escrevendo um artigo e findei relatando como não conseguia fazer o dito cujo.
Como parte da preparação para incorporar o status de aluno de mestrado, participei esta semana de uma reunião com professores e outros futuros alunos do Programa de Pós-graduação em Letras da UFRR. Foi na segunda (5), no auditório do PPGL. Basicamente fomos lá para receber orientações sobre como proceder no curso, da matrícula aos prazos, passando pelas responsabilidades acadêmicas.
Também recebemos um manual impresso e vários livros produzidos pelos professores e ex-alunos do programa. Folheando-os, encontrei um artigo escrito pelo professor Roberto Mibielli, atual coordenador do PPGL, com um título bem chamativo: “Babel que Boa Vista comeu: poesia e estratégia identitária na gênese do Roraimeira e nos poetas da atualidade”.
Deixo aí com vocês imagens das páginas nas quais sou citado, analisado e contextualizado pelo professor. Se clicarem, as imagens se ampliam.
Quem tiver interesse em adquirir o livro “Estudos de Linguagem e Cultura Regional: regionalismo e interdisciplinaridade” pode fazê-lo na livraria da UFRR, que funciona em horário comercial no campus Paricarana, ou pedi-lo pela página web da editora.
Faltou acrescentar no livro a interrogação final do poema. Nada que um lápis não resolva |
Sabe o que seria legal? Que vocês lessem o poema e deixassem suas análises aí nos comentários. Só para ver se encaixam ou não com a do professor Mibielli. Eu ia gostar.
terça-feira, janeiro 30, 2018
Um poema sobre verdades e dores
un demonio llora en el cuarto
pobre demonio
lleva en su piel grandes dolores:
todas las verdades del mundo.
--------------------------------
Poema que achei perdido nas lembranças que o Facebook apresenta todos os dias. Não lembrava dele e para que não voltasse a acontecer, jogo ele aqui para vocês...
terça-feira, janeiro 23, 2018
Autodescrição
Eu sou do bem. Não procuro encrenca com ninguém, não me meto na vida dos daqui nem daqueles do além.
Acho que sou do bem. Não sei...
Vivo nessa incerteza de me autodefinir tão generosamente.
Não fico remoendo ódios contra quem me incomoda.
Prefiro lembrar das coisas boas da vida.
Das risadas e bons momentos tidos com os amigos e com os amores.
Mas...
Sou frio com os que me incomodam
E carrego em mim rancores eternos, guardados em cofres que só precisam de um toque para abrir.
Carrego-os sem querer, tentando esquecê-los em quartos lá no fundo do quintal, mas eles estão alertas, sempre dispostos a acordar quando o motivo de terem nascido aparece ali na esquina, no bar, no próximo sinal.
Sou mais o cinza que o preto e branco.
Sou binário dia sim, dia não, noutros talvez
Oscilando entre o muro do meio e a curva pra esquerda
Sou cinismo temporário, por vezes estabelecido, esperança renascida, desilusão permanente, improviso constante.
Sou procrastinação, rei do depois e para que tanta pressa.
Sou preocupação sem agonia, pura tensão contida.
Anoto os compromissos do dia para saber das obrigações do futuro enquanto olho o presente como se nada, pensando em como seria se ontem tivesse agido diferente.
Sou confusão mascarada, sonolência no meio da tarde, agitação ao sol nascente.
Eu sou da sombra, fugitivo do calor, senhor do vamos mais tarde depois que esfriar, amante das brisas noturnas de janeiro.
Sou o silente que incomoda e faz acreditar que nunca estou ou estive ali.
Sou lembrança de amores que se assustaram, voaram, ficaram.
Olho fechado, asiático, indígena, sangue nativo, América do Sul fazendo o coração bater, a vida pulsar, desejos correrem nas veias.
Sou o meio do mundo
Sou observação, observador de incertezas
Sou olhar desatento, fugidio
Sou o meio do mundo
Cansaço
Motivação
Aguardo
Movimentação
Cinzento como a vida é
Lentidão e fome ao acordar
Sou o andar lento da antropofagia
Sou o que somos e sou o que seria
sexta-feira, janeiro 19, 2018
Crônica sobre um filme, economia e algo de pessimismo
Ontem foi quinta-feira, se acaso você está chegando aqui numa data bem
distante desta postagem. Fui dormir hoje, sexta, lá pela uma da manhã, depois de terminar de ver o filme A Grande Aposta (The Big Short, no título original), obra inspirada em um livro que mostra a movimentação de uma turma da bolsa de valores que sacou que ia rolar um crash violentíssimo no mercado imobiliário estadounidense no ano de 2008. É um bom filme, meio confuso se você não tiver nenhuma intimidade com termos desse mundo das ações, mas nada que atrapalhe seu acompanhamento, visto que há personagens e legendas explicando alguns conceitos mostrados.
2008 foi o ano em que o Edgarzinho nasceu. Dia dez de janeiro. Completou dez anos agora, em 2018, já senta no banco da frente do carro e não entende muito de economia, mas já economiza (às vezes) a mesada que recebe e me faz perguntas regularmente sobre coisas como a diferença entre o cartão de crédito e o de débito.
Eu li naquela época sobre o estouro da bolha imobiliária, soube que afetou a economia norte-americana e que isso repercutiu em outros países, mas nunca me interessei muito por ela. O filme de ontem (ou de hoje, se você está acessando mesmo na sexta-feira em que estou publicando isto) me forçou a relembrar as coisas que lia espontaneamente sobre esse tipo de acontecimento econômico, uma das minhas conclusões e a de especialistas: quando você peneira bem o significado das notícias, acaba percebendo que os donos do capital nunca perdem.
Não tem nada de delírio comunista ou socialista nisso. É economia básica: quem se quebra é o correntista, o cara que fez o empréstimo, o cara que de repente queria fazer um empréstimo e agora não vai mais encarar. Os banqueiros, os donos do capital, sempre saem tranquilos. É o capitalismo que se garante às custas do dinheiro pago pelo contribuinte, que fica irritado e começa a rosnar quando há manifestações e alguma vidraça de banco é quebrada, levando aquilo para o lado pessoal, como se o Bradesco ou Itaú ou sei lá quem se importasse em baixar os juros do cartão, por exemplo.
Voltando ao filme: fiquei pensando nele um bocado de tempo depois que deitei. Isso não acontecia havia muito tempo. Costumo parar para ver filmes e séries somente depois das 21h. Aí conecto o notebook na TV e fico lá, ocupando minhas horas com diversão audiovisual. Mas sou desses que se desconecta do que viu em poucos minutos. Até porque como é sempre tarde, basta encostar a cabeça no travesseiro que já estou dormindo. Mas ontem não foi assim. Fiquei remoendo cenas do filme e misturando elas com lembranças de leituras.
Me deu uma tristeza por quem é vítima no Brasil dos 323,7%% ao ano dos juros no cartão e tem outros tipos de dívidas impagáveis no banco por motivos não fúteis (As dívidas fúteis, como as criadas por comprar roupas caras, celulares e idiotices do tipo, são merecidamente complicadoras). Fiquei pensando na droga de país que nós, os pobres, os classe média remediados, os sem renda além daquela que é fruto de ir todo dia ao trabalho, os que achavam que o mundo ia ficar um pouquinho melhor, estamos deixando para os nossos filhos. Me deu uma tristeza tão grande que não consigo sequer (d)escrever bem isso.
Talvez minha melhor ação ontem tivesse sido escolher um filme de aventura ou uma série qualquer em vez de um filme um pouco mais cabeça. Mas aí hoje, quando terminei de vê-lo, já era tarde.
Créditos: http://bit.ly/2BezGZG |
2008 foi o ano em que o Edgarzinho nasceu. Dia dez de janeiro. Completou dez anos agora, em 2018, já senta no banco da frente do carro e não entende muito de economia, mas já economiza (às vezes) a mesada que recebe e me faz perguntas regularmente sobre coisas como a diferença entre o cartão de crédito e o de débito.
Eu li naquela época sobre o estouro da bolha imobiliária, soube que afetou a economia norte-americana e que isso repercutiu em outros países, mas nunca me interessei muito por ela. O filme de ontem (ou de hoje, se você está acessando mesmo na sexta-feira em que estou publicando isto) me forçou a relembrar as coisas que lia espontaneamente sobre esse tipo de acontecimento econômico, uma das minhas conclusões e a de especialistas: quando você peneira bem o significado das notícias, acaba percebendo que os donos do capital nunca perdem.
Não tem nada de delírio comunista ou socialista nisso. É economia básica: quem se quebra é o correntista, o cara que fez o empréstimo, o cara que de repente queria fazer um empréstimo e agora não vai mais encarar. Os banqueiros, os donos do capital, sempre saem tranquilos. É o capitalismo que se garante às custas do dinheiro pago pelo contribuinte, que fica irritado e começa a rosnar quando há manifestações e alguma vidraça de banco é quebrada, levando aquilo para o lado pessoal, como se o Bradesco ou Itaú ou sei lá quem se importasse em baixar os juros do cartão, por exemplo.
Voltando ao filme: fiquei pensando nele um bocado de tempo depois que deitei. Isso não acontecia havia muito tempo. Costumo parar para ver filmes e séries somente depois das 21h. Aí conecto o notebook na TV e fico lá, ocupando minhas horas com diversão audiovisual. Mas sou desses que se desconecta do que viu em poucos minutos. Até porque como é sempre tarde, basta encostar a cabeça no travesseiro que já estou dormindo. Mas ontem não foi assim. Fiquei remoendo cenas do filme e misturando elas com lembranças de leituras.
Me deu uma tristeza por quem é vítima no Brasil dos 323,7%% ao ano dos juros no cartão e tem outros tipos de dívidas impagáveis no banco por motivos não fúteis (As dívidas fúteis, como as criadas por comprar roupas caras, celulares e idiotices do tipo, são merecidamente complicadoras). Fiquei pensando na droga de país que nós, os pobres, os classe média remediados, os sem renda além daquela que é fruto de ir todo dia ao trabalho, os que achavam que o mundo ia ficar um pouquinho melhor, estamos deixando para os nossos filhos. Me deu uma tristeza tão grande que não consigo sequer (d)escrever bem isso.
Talvez minha melhor ação ontem tivesse sido escolher um filme de aventura ou uma série qualquer em vez de um filme um pouco mais cabeça. Mas aí hoje, quando terminei de vê-lo, já era tarde.
quarta-feira, janeiro 10, 2018
E chegamos à primeira década de vida do Edgarzinho!
Há dez anos, às 3 da madrugada de um dia como hoje, Zanny me acordou para dizer que a bolsa havia estourado. Lembro que estava dormindo de bruços, com um travesseiro sobre a cabeça e o braço doendo de tanto mexer com martelo e coisas pesadas no dia anterior. Quando comecei a levantar, no estilo flexão de peito, ela me disse para ficar tranquilo, pois achava que ainda ia demorar para começar a sentir contrações. Em algum lugar de nossos HDs tem um vídeo que me mostra voltando a dormir imediatamente…
O molequinho completa neste 10 de janeiro a sua primeira década |
Essa é a primeira lembrança que tenho do dia 10 de janeiro de 2008, data em que o Edgarzinho veio ao mundo. Ou, como mandei por SMS para algumas pessoas, data em que estava nascendo o mais novo indiozinho do lavrado.
Daquela madrugada até hoje se passou exatamente uma década. O mundo mudou quase que totalmente nesse período, para bem e para mal. Edgarzinho, como ser em formação, mudou muito desde então. Eu também.
Rapel básico para ir se acostumando com os desafios da vida |
Nos conhecemos bem e sabemos o que fazer para irritar e fazer rir um ao outro. Sabemos reconhecer nossos tons de ironia e temos conversas nas quais um fala e o outro finge estar interessado…
Mamis Zanny e papis Edgar com o filhote |
Na média geral, tenho sido (ou me esforçado muito para ser) um bom pai, do tipo que está presente quando se precisa estar presente, que briga e abraça, que se esforça e tenta superar suas preguiças e limitações para tentar criar um bom sujeito.
Brincando de Naruto (ou seria Avatar?) na praia do Caçari |
Dominadores da água em ação! |
Em certas ocasiões, damos uma de policial malvado e policial bonzinho para equilibrar e fazer andar o processo. Discutimos muito os nossos pontos de vista sobre o que achamos melhor para o moleque, debatemos o debate e caminhamos a vereda da criação do jeito que achamos melhor: dando-lhe amor e mostrando que fazer o bem sempre é bom, mesmo que o troco nem sempre seja legal.
Edzinho com a vó paterna Neide e a bisavó Maria José -2017 |
Ouvindo histórias lidas pela vó materna Alba |
Com o primo Saulo Borges |
Quiçá diga que me lembro da hora exata em que nasceu: 13h55. E aproveite, como sempre, para contar o motivo de ter gravado o momento: era o horário em que saía de casa para chegar às 14h na UERR, onde trabalhava à época de seu nascimento.
Abraços matutinos e sonolentos |
Em Pacaraima, com a amiguinha Liz Camargo |
Pode ser que eu repita a história de como ele foi a primeira pessoa com a qual consegui dormir colado noites inteiras, inclusive procurando-o pela cama para mantê-lo por perto, bem oposto ao que fazia com as outras figuras que havia conhecido antes.
Lanchando com a irmã Lai Dantas |
Também existe a chance de contar como em 2017 ele descobriu o mundo dos animes e começou a ler os mangás da Turma da Mônica, mas que ainda tem certa preguicinha para a leitura, o que me chateia, mas enfim… Nesse momento talvez a Zanny fale dos ritmos de cada um e me lembre das inúmeras crises respiratórias que o levaram a ser internado ou ficar de cama em casa desde que nasceu.
Refazendo a mesna pose de uma foto que fez há uns oito anos com a amiga Isabela Quintelas |
Daí eu possivelmente retrucarei algo e passe para uma boa lembrança do ano passado: nossa aventura pelo mundo dos jogos de damas, dominó (mais ao meu lado) e xadrez (uma caminhada com Zanny, Lai – irmã do pequeno-, e a vó Alba). Bem capaz de nessa hora ele pular na conversar e citar o quanto gosta de jogar beyblade (o pião contemporâneo, pra quem não sabe) com os coleguinhas que vez ou outra aparecem lá em casa.
Talvez não façamos nada disso. Quem sabe o que pode rolar numa festa familiar? É tanta experiência, é tanta vivência que a gente torna rotina e ama na sua cotidianidade que a única certeza destacada é que todos amamos esse molequinho lindo que veio para mudar positivamente a minha, a nossa vida.
Que venham os próximos anos.
P.S.:
Aqui no blog tem um marcador para as postagens nas quais Edzinho é personagem principal ou coadjuvante. Basta clicar aqui e verá tudo o que falei dele desde que nasceu.
Clicando nesse marcador encontrei duas postagens sobre aniversários do pequeno indiozinho: uma sobre os seis anos e outra sobre os cinco. Confere.
quarta-feira, dezembro 27, 2017
Vou ser mestrando em 2018
2017 vai se encerrando e não posso deixar de contar para quem investe seu
tempo lendo o Crônicas da Fronteira o meu grande momento acadêmico
do ano: a minha aprovação na seleção do mestrado do Programa
de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima
(PPGL/UFRR).
O
curso começa lá pelo mês de março de 2018, iniciando uma fase da minha
vida estudantil que se atrasou um pouco para acontecer. Detalhando melhor: demorou uns 17 anos para acontecer.
É
que terminei a graduação em jornalismo no final de 2000. Na mesma
época rolou um mestrado interinstitucional entre a UFRR e a USP e
alguns colegas que haviam feito a graduação comigo conseguiram
montar seus projetos, disputar as vagas e serem aprovados. Eu não
tinha ideia de como fazer um projeto de mestrado, não sabia a quem
recorrer e fiquei só na vontade de participar.
A nota da primeira prova. Uns já ficaram por nota e outros por falta |
Passou
um tempo e a vontade de estudar voltou. Em vez de investir em cursos
para aprender a fazer projetos de pesquisa ou, sei lá, ir pra aula
de inglês, fiz uma prova de ingresso de graduados na UFRR, passei e
comecei uma nova graduação, desta vez em antropologia.
Uns
semestres depois, surgiu a encruzilhada: deveríamos escolher entre a
habilitação antropológica ou a que estava sendo implantada:
Ciências Sociais com habilitação em Sociologia. Fiquei com a
segunda para ver se parava de ter aulas com uns professores chatos
que só, colei grau como sociólogo em 2008 (nota máxima na defesa,
como lembrei de anotar aqui)
e sempre carreguei a vontade de crescer academicamente na vertical e
não mais na horizontal.
A análise de projeto: mais uma turma ficando e outra vai avançando |
Os
anos foram passando, fiz uma especialização em assessoria de imprensa (Obrigado de coração, bródi jornalista Luiz Valério, por ter me carregado naquele trabalho final), fui aprendendo a escrever projetos culturais que
poderiam encaixar-se na categoria “extensão”, mas nada de
manjar, apesar de ter feito alguns cursos, dos projetos de pesquisa.
Me faltava a ideia, o problema, a hipótese para investigar.
Finalmente,
já em 2016, tive uma ideia bacana. Mapeei quem poderia me ajudar a
desenvolver o texto do projeto e o alvo/vítima/coitada foi Leila
Baptaglin, professora doutora do curso de Artes Visuais e do PPGL. Já
havíamos trabalhado juntos antes na elaboração de um artigo para um livro sobre a gestão cultural em Roraima e por isso me senti à vontade para conversar com ela sobre esse assunto.
Mandei e remandei-lhe textos até o dia
em que batemos um ponto final e parti para a seleção da turma que
entraria em 2017. Fiquei logo na primeira fase, que é a prova
escrita. Deu uma tristeza
comprovar minha eventual incompetência na hora de elaborar respostas
a questões científicas, mas, ao mesmo tempo, fiquei feliz, bem no
estilo Ed Pollyanna de ser: pelo menos havia conseguido escrever um
projeto científico depois de 16 anos de graduado pela primeira vez.
Ou seja, não estava mais no primeiro degrau dessa escadinha.
Em
2017, já empolgado com os meus novos status (“sou capaz de fazer
um projeto científico” e “preciso desse mestrado para obter
progressão funcional aqui na casa”), cursei duas disciplinas como
aluno especial nos mestrados da UFRR em Antropologia Social e em
Letras. Na disciplina de Antropologia passei e remodelei a ideia do
projeto pensado no ano passado. Na de Letras
ainda não sei o que vai rolar. Justamente na semana em que estou publicando este
texto os professores estão analisando os trabalhos que fizemos e
vendo as notas que vão nos dar. Espero aprovar, pois aí já
aproveito os créditos no ano que vem.
No
meio de tudo isso das disciplinas é que reformulei o projeto, apresentei, fiz
as provas (as notas você confere nas fotos) e passei para ser aluno efetivo e valendo do mestrado em Letras.
A
professora Leila concordou novamente em ser minha guia espiritual,
vulgo orientadora, na caminhada rumo ao título de Mestre dos Magos, Mestre Yoda, Kakashi Sensei ou simplesmente Msc.
E qual é o tema, afinal?Inicialmente pretendo analisar letras produzidas pelos rappers boa-vistenses para identificar quais estratégias narrativas usam no processo de sua construção identitária. Ou seja, vou ouvir muito rap nos próximos anos.
O resultado final da seleção para 2018. Dos 32 inscritos, ficamos 17, divididos em duas linhas de pesquisa. A minha é a de Literatura, Artes e Cultura Regional |
Depois
de tantos anos longe dos textos e dos trabalhos acadêmicos, sem a
solidão da solteirice e da não paternidade presente para aumentar o
grau de concentração, tendo que usar óculos para ler e cada vez
mais velho, prevejo que não será uma jornada fácil.
Ao
mesmo tempo, sei que mais difícil seria ficar mais um ano botando
nas metas que no próximo ano tentaria aprovar numa seleção de
mestrado. Então, que venham as dores de cabeça e as insônias
acadêmicas.
P.S. nada a ver com o texto:
terça-feira, dezembro 26, 2017
Montando com a família uma luminária feita com canos PVC
Aconteceu que desde o começo de 2017 minha vista piorou um pouco e começou a exigir mais luminosidade para que conseguisse ler à noite. Isso e um par de óculos mais potentes, que só fui providenciar agora em dezembro.
Mas como estava tendo que ler muitos artigos científicos fotocopiados e livros com fontes pequeninas para dar conta de minhas aulas de mestrado*, antes de mandar fazer os óculos apelei para umas luminárias pequenas que tinha. Até deram resultado, mas ainda não iluminavam tanto como eu queria.
(Essas aulas de mestrado aí foram em duas disciplinas que fiz como aluno especial nos cursos de mestrado em Antropologia Social e em Letras da UFRR. Aluno especial é aquele sujeito que não está dos vera na pós, mas tem que fazer todos os trabalhos para aprovar e aproveitar os créditos no futuro quando passar na seleção.)
Cansado da má iluminação da casa nos locais que escolhia para ler, fui pesquisar preços de luminárias na internet e em Boa Vista. Fiquei muito, muito, muito assustado com os valores e decidi fazer uma eu mesmo.
Pesquisei um monte e no final juntei um projeto de um cabideiro de PVC e de uma luminária feita com canos de ferro (até fui atrás de replicar, mas o valor final seria o mesmo da peça lá no exterior e desisti).
Luminária feita com canos de ferro: inspiração 1 |
|
Entre os erros na hora de colar a base e perder um monte de material, visualizar as potencialidades de uma base de ventilador e reflexões demoradas sobre como encaixar essa vasilha amarela para dar um clima melhor e afunilar a luz, surgiu esta peça, muito leve e funcional, com cerca de 1,50 m de altura e menos de um quilo de peso:
Pintei com spray preto a base do ventilador e o cano de PVC |
Saída do fio de energia. Fiz com uma furadeira |
Joelho e cotovelo para encaixar a lâmpada |
A vasilha recebeu uma mão de primer ( até hoje não joguei tinta branca) pela parte de dentro afim de que não houvesse vazamento de luminosidade |
Edgarzinho, testando a luminosidade da luminária |
Neste projeto, como em outros da minha série Artesanias, acabei tendo ajudas muito importantes. Vamos aos créditos: meu sobrinho de coração Fabian Garcia, que veio da Venezuela passear em Boa Vista no mês de setembro, foi encarregado de colar com firmeza o cano de PVC na base do ventilador e também de lixar o buraco que eu abri na vasilha para encaixar o bocal da lâmpada.
Minha esposa, Zanny Adairalba, foi a encarregada de fazer a parte elétrica, aproveitando os conhecimentos que adquiriu quando era criança e conviveu com seu avó materno eletricista.
Sem essas ajudas, o material ainda estaria sobre a mesa.
O resultado ficou bom e barato. A peça mais cara foi a vasilha amarela, que deve ter custado uns R$ 10,00. No final, tudo não saiu por mais de que R$ 40, 00, incluindo essa lâmpada, que vou substituir por outra menor depois.
sexta-feira, dezembro 22, 2017
segunda-feira, dezembro 04, 2017
Baixe o e-book do 7º Concurso Microcontos de Humor de Piracicaba 2017
Antes de que o ano
acabe, vai aqui o link do livro digital resultado do 7º Concurso
Microcontos de Humor de Piracicaba 2017.
Integro o livro
juntamente com outros 99 escritores. Meu texto chama-se "Pedido"
e é a minha segunda seleção neste concurso. A história completa
da seleção você pode ler aqui.
O download é
gratuito e a antologia do 7º Concurso Microcontos de Humor de
Piracicaba 2017 foi uma ação promovida pela Prefeitura Municipal de
Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural e
Turismo, Centro Nacional do Humor Gráfico de Piracicaba e Biblioteca
Pública Municipal de Piracicaba “Ricardo Ferraz de Arruda Pinto”.
Neste ano, o
Microcontos recebeu número de inscrição recorde: foram 509
trabalhos enviados de 23 estados brasileiros, além de Estados
Unidos, Holanda, Japão e Portugal. Os piracicabanos prestigiaram o
concurso com 60 inscrições.
quinta-feira, novembro 30, 2017
Mediando o Café Com Letras de novembro no Sesc Roraima
Tive a alegria de mediar a edição de novembro do Café com Letras, evento promovido pelo Sesc Roraima.
O encontro foi realizado segunda (27), no Teatro Jaber Xaud, com a participação dos escritores Franklin Carvalho e Mário Rodrigues, ganhadores do Prêmio Sesc de Literatura 2016 nas categorias Romance e Conto.
A conversa foi muito bacana, abordando desde as temáticas das obras até o processo de redação dos textos. Que venham outros eventos literários assim, com gente bacana que traz novos conhecimentos para quem quiser ouvir.
A conversa foi muito bacana, abordando desde as temáticas das obras até o processo de redação dos textos. Que venham outros eventos literários assim, com gente bacana que traz novos conhecimentos para quem quiser ouvir.
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