sexta-feira, agosto 14, 2009

Agora só falta o show

O que rolou a mais na mídia sobre o evento do Arteliteratura Caimbé:


Entrevista gravada comigo no programa Música da Amazônia, com a jornalista (e também declamadora) Vânia Coelho, na Monte Roraima FM (107,9), rádio apoiadora do Canto Solidário.


Entrevista, também comigo mais Tana Halú, ao vivo com a jornalista Consuelo Oliveira, na Tropical FM (94,1), outra apoiadora do evento.


Entrevista gravada, de novo comigo, com o jornalista Aldenor Pimentel, na Rádio Roraima AM (590), veiculada ao meio-dia também.


Tana Halú foi entrevistado na TV Roraima nesta sexta


Rolaram também notinhas na coluna do Luciano Torres e do Júnior Brasil, ambas no site Fonte Brasil, e uma matéria na Página de Variedades da Folha de Boa Vista, além da coluna virtual e impressa Okiá e a Social, tudo na Folha também.


O jornal Roraima Hoje também deu uma página só pra gente.


Ah, na Okiá de hoje também saiu fotinha deste cronista, que andou no lançamento do documentário Roraimeira.


O site Jornal do Rádio também colaborou com a divulgação.


Já falei quem são as empresas e instituições muito legais que estão nos ajudando? Sim? Então mesmo assim, vai aí de novo a lista:


Estúdio Parixara;


Gráfica Real;


Fetec (Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista);


Comercium Empreendimentos;


Arte Foto Hora;


Foto Alegria e


Rádios Tropical FM (94,1) e Monte Roraima FM (107,9).


Tem uma pá de pessoas que se engajou também no processo. Depois da festa vamos colocar fotinhas de cada uma para que todos fiquem sabendo quem deu força nesse processo.

terça-feira, agosto 11, 2009

Coletivo Caimbé e seu Canto Solidário na mídia


O Show Canto Solidário está sendo bem recebido pela imprensa. Já ganhamos destaque nos seguintes sites e jornais:


Portal Amazônia


E mais uma vez no Portal Amazônia


No Overmundo


No site Comunidade Excola


Na Folha de Boa Vista impressa, página de variedades


Na coluna Okiá, da Folha de Boa Vista


Na coluna Social, também da Folha de Boa Vista


No blog da banda Iekuana


No site Roraima em Foco


Luiz Valério deu uma entrevista sábado no programa da Cida Lacerda, na TV Ativa.


A TV Ativa, canal 20, também vai azer uma entrevista com Tana Halú agora àtarde. O material ficará rodando até sexta.

É isso. A quem abriu espaço, muchas gracias, e a quem ainda vai nos chamar para a entrevista, muito obrigado antecipadamente.

Ah, os apoiadores, pois nunca podemos esquecer que sem eles não rolaria nada:
Sesc, Estúdio Parixara, Gráfica Real, Fetec, Arte Foto Hora, Foto Alegria, Comercium Empreendimentos e as rádios Tropical FM (94,1) e Monte Roraima FM (107,9).


sexta-feira, agosto 07, 2009

Show beneficente reúne artistas roraimenses no Sesc






O show “Canto Solidário” reunirá 14 artistas locais no dia 14 de agosto no Espaço Multicultural do Sesc Centro, a partir das 21h.

Organizado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé, vai arrecadar recursos para o bibliotecário Roberto Carlos Cunha, que fez no dia 5 uma doação de rim para o próprio filho, de apenas 3 anos de idade.

O ingresso custa R$ 10,00 e pode ser comprado antecipadamente no Guaraná Mania, complexo Ayrton Senna.

Participam o grupo de dança The Masc, os músicos Claudio Moura, Bebeco Pujucam, Claudia Lima, André Lobo, Magoozaia e Halisson Crystian, as bandas Capitão Kaverna, Mr. Jungle, Iekuana, Uzina e Guy-bras, a declamadora Vânia Coelho e o fotografo Tana Halú.


O show tem apoio do Sesc, Estúdio Parixara, Gráfica Real e Fetec.


Integram o Arteliteratura Caimbé este cronista da fronteira, o jornalista
Luiz Valério, o artista plástico Tana Halú e a gestora cultural Zanny Adairalba.


O coletivo é uma associação cultural amazônica formada com o objetivo de fomentar a cidadania e a cultura usando como ferramenta principal a literatura. Para saber mais, acesse o
blog do Coletivo.


Serviço:

O que: Show Beneficente Canto Solidário

Onde: Sesc Centro, rua Araújo Filho

Quando
: 14 de agosto, às 21h

Quanto
: Ingressos a R$ 10. Venda antecipada no Guaraná Mania

Com quem:
14 artistas, entre músicos, cantores, bandas, poetas e fotógrafos

quarta-feira, agosto 05, 2009

Notas (atrasadas) sobre o V Sesc Fest Rock

Sábado, 1º de agosto.



  1. O som continua ruim. A acústica do ginásio do Mecejana não ajuda em nada as apresentações.
  2. Cheguei no finalzinho da Somero. Depois veio a Dark Zone. Que coisa horrível. Nem a minha ex-aluna que gosta de rock pesado conseguiu entender se eles tocavam trash ou death metal.
  3. Deve ser uma decepção para um pai investir em aulas de violão e ver o seu filho fazendo ruídos no palco.
  4. Não peguei o show da Kadima. Ficamos do lado de fora batendo papo.
  5. Nesse meio tempo, uma tentativa de esfaqueamento rolou bem na nossa frente. Três e uma faca contra um. Se o moleque não é rápido em levantar e sair voado pelo pátio do Sesc, tinha mãe chorando até agora.
  6. Pouco público.
  7. Macaco Bong na área. Os moleques magros de Cuiabá, ou Hell City, como eles chamam, mandam bem na instrumental. Bom para inserir em trilha sonora.
  8. O sono bate no meio da apresentação. Vamos embora por volta de uma hora perturbar na casa de Luiz Valério.

Domingo, 2º de agosto

  1. Chegamos 40 minutos atrasados, conforme a programação oficial, mas 40 adiantados conforme o aviso dos molequinhos da portaria.
  2. Veludo Branco. Muito legal o som dos caras, que tem uma boa levada de blues texano. Ao vivo são melhores que no disco demo, muito melhores.
  3. Iekuana na área. Som pesado, letras de crítica social, muito suor. Música nova para a galera. O atraso faz com Raimundos adiante a entrada no palco. Ninguém mais quer ficar do lado de fora e rola até fila para entrar no ginásio.
  4. O público é cinco ou seis vezes maior que o da primeira noite. Nas palavras do Digão, “a nata do rock de Roraima”.
  5. A galera canta e pula, a acústica parece ajudar um pouco e os Raimundos elevam a temperatura.
  6. Putz, to ficando cansado.
  7. Raimundos fecha o show e fico só esperando a negrada pedir bis. Não rola de primeira. O público de Roraima é assim. Pode ser o melhor show mas demoram a pedir a volta.
  8. Dá para ver o Digão no backstage, tipo pensando “porra, não vão chamar, não?”.
  9. Uns caras começam a gritar “Puteiro”, clássico da banda, e o Digão volta pro palco. Manda que chamem seus colegas: “é só falar ‘filho da puta’ que eles aparecem”, recomenda. Platéia obediente, frase dita, mais algumas músicas.
  10. Já é segunda e daqui a pouco tem trampo. Vambora sem ver a Mr. Jungle tocar. Fica pra outro show.

terça-feira, julho 28, 2009

Jurisdição



O meu passado, disse a moça ao rapaz que lhe questionava se havia beijado ou não as bocas que propagandeavam por aí, é somente meu e nem a Deus pertence.

(Inspirado nas idiotices que os entrevistados falam nesta interessante matéria)

quarta-feira, julho 22, 2009

Funarte tem R$ 980 mil para projetos teatrais e de dança no Norte



A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lançou no dia 20 de julho a quarta edição do Prêmio de Teatro Myriam Muniz. A intenção é viabilizar a realização de 86 projetos da área teatral, voltados para montagem e circulação de espetáculos ou outras atividades específicas do setor. Na dança, a Funarte vai apoiar 47 projetos em todo o país.

Nos dois prêmios podem concorrer companhias, grupos, coletivos, empresas, associações, cooperativas e - pela primeira vez - artistas independentes (pessoas físicas). As inscrições são gratuitas e vão até 3 de setembro.

Serão analisadas a excelência do projeto, a qualificação dos profissionais envolvidos e a viabilidade prática das ações propostas.

Quem mora na região Norte terá a chance de concorrer a 15 prêmios de R$ 40 mil e a um de R$ 80 mil para os projetos do teatro. Grana boa, que dá para fazer muita coisa, inclusive pagar assessoria de imprensa (tamoaí, qualquer grana justa a gente negocia contrato e trabalha na boa).

Na divisão, o Sudeste terá 25 prêmios, o Nordeste 21, o Norte 16, o Sul 14 e o Centro-Oeste 10. Ou seja, não dá para se queixar de exclusão, não nos apóiam, ninguém olha pra cá etc.

O Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna viabilizará, parcial ou integramente, montagens e circulação de espetáculos, entre outras atividades. Serão contemplados, ao todo, 47 projetos.

Os prêmios, que variam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil, estão distribuídos entre categorias regionais. Para o Norte, são cinco prêmios de R$ 30 mil e três de R$ 50 mil, totalizando R$ 300 mil.

As inscrições, relembrando, são gratuitas e estão abertas até o dia 3 de setembro.


Disca Funarte para saber do teatro: 21 2279 8018 ou manda um e-mails pros caras:
teatro@funarte.gov.br

Para tirar dúvidas da dança: 21 2279 8014 e
danca@funarte.gov.br


Ah, os editais, claro. Taqui o do
TEATRO e aqui o da DANÇA.

terça-feira, julho 21, 2009

Fake




Minto de vez em quando para não me acostumar com a verdade, disse-me a vidente enquanto olhava com atenção a minha mão.

sexta-feira, julho 17, 2009

Saiba quem toca no V Sesc Fest Rock


Foram divulgadas nesta quinta-feira (16), no final de um relise falando de outras paradinhas, as bandas que vão tocar no V Sesc Fest Rock, o maior evento do gênero no Estado.



Serão 11 bandas, sendo 9 locais e duas de fora. Os convidados especiais desta edição (um a menos que no ano passado) são as nacionais Macaco Bong e a jurássica/cult/mas ainda porreta Raimundos.

O festival será realizado nos dias 1º e 2 de agosto, no Sesc Mecejana. A turma da banda de rock/reggae/hip hop Iekuana está confirmada para tocar na segunda noite do festival.



“Será um domingo agitado. Gostamos muito de tocar no Fest Rock. É o espaço de quem produz seu próprio som e não fica apenas fazendo covers. O bom nisso é que o público vai justamente atrás de ver o que estamos criando”, afirma o guitarrista Rhayder Abensour.


Para saber o que este blogueiro já escreveu sobre o Sesc Fest Rock, dá um clique AQUI e viaja na minha história com o festival.

Como adiantamento do que você pode ler, uma curiosidade: em 2007 foram 29 bandas. No ano passado o número caiu para 17.

Confira a programação completa, por ordem de entrada no palco:

Sábado – 1º de agosto

A Coisa
Somero
Dark Zone
Kadima
Sic Maggots
Macaco Bong

Domingo – 2 de agosto

Veludo Branco
Iekuana
HxCxL
Raimundos
Mr. Jungle

quarta-feira, julho 15, 2009

Fim

No último momento pensou em tudo o que poderia ter feito. Comparou com as suas realizações, acrescentou os momentos de felicidade e somou.
Que se danassem a dor e o desconforto de morrer idoso e doente na cama de um hospital. Sua vida havia sido bem vivida.

segunda-feira, julho 13, 2009

Som



Balbuciou alguma coisa parecida com “acho que isso não está certo”, mas logo calou, respondendo aos beijos do melhor amigo de seu marido.

quarta-feira, julho 08, 2009

Cinco anos de blog


E foi assim que

chegamos aos cinco anos,

no dia 7,

sem festa,

sem bolo,

sem sequer lembrar que

estava chegando na data.

E o pior,

sem receber presentes.

Culpa

dos malditos entregadores

que

sempre erram

meu endereço.

terça-feira, julho 07, 2009

Um dia, primeiro dia


Na reta final do processo de hoje, as coisas caminham lentamente. O dia foi dividido basicamente em discutir alguns detalhes do projeto e fazer a produção e leitura das fotografias. Esperava mais, mas fazer o que se esse deve ser o ritmo do processo, que nasceu em 2006 e só agora vai se espalhando pelo Brasil?

Vidas paralelas faz oficina em Boa Vista


A turma do projeto Vidas Paralelas, ação compartilhada nas áreas de saúde e cultura do Governo Federal, está em Boa Vista desde ontem para fazer uma oficina.

Cerca de 15 pessoas participam da oficina que vai misturar blogs, vídeos e outras novas tecnologias de rede social.

Este blogueiro tá no meio dessa discussão representando o Coletivo Arteliteratura Caimbé.


O que é exatamente o Vidas Paralelas? Só indo no blog deles para entender.

segunda-feira, julho 06, 2009

Mostra de artes universitária abre inscrições




Começam dia 15 de julho e seguem até 15 de agosto as inscrições no II Yamix -Mostra Acadêmica de Expressões Artísticas do Meio Universitário de Roraima.

Artistas que estudem em qualquer universidade de Roraima podem inscrever suas produções nas categorias artes cênicas, visuais, audiovisual, literatura, música e dança.

A edição 2009 do Yamix será realizada no município de Pacaraima nos dias 9, 10 e 11 de outubro.

Neste ano também haverá um Festival de Outono de Música.

Simultaneamente ao Yamix, alunos, professores e artistas locais debaterão o ensino das artes no Estado no II Fórum a Respeito da Formação em Arte de Roraima.

Clica aqui para ler
o regulamento geral e os específicos de cada categoria.

sexta-feira, julho 03, 2009

4 notas de dois pontos e seus links


A primeira


Qualquer um pode ser jornalista na Finep. Ou pelo menos concorrer à vaga.


A segunda


O Coletivo Arteliteratura Caimbé já está com o seu
blog na ativa. O leiaute foi todo trabalhado pelo negão Luiz Valério, que está de férias forçadas no interior e Roraima.



A terceira


Moras em Roraima e estás querendo em participar do processo de melhoria das políticas culturais destas bandas? Acessa então o
blog do Fórum Permanente de Cultura de Roraima e vai na terça, 7 de julho, às 18h30, para a reunião quinzenal da turma.
O local? Facinho de achar. Videoteca do Palácio da Cultura.


A quarta


A organização da II Conferência Nacional de Cultura também montou seu blog. É
esse aqui.

terça-feira, junho 30, 2009

Mulher do Garimpo: um retrato da Boa Vista do século passado


Roraima tem muitos escritores e vários já abordaram a história da formação deste pedaço quente de chão. Uma dessas pessoas foi Nenê Macaggi, que chegou por estas bandas no começo do século passado, foi garimpeira, morou com os índios, escreveu livros e montou família. Há uns três ou quatro anos, sua história foi contada em um documentário.


O Palácio da Cultura, localizado na Praça do Centro Cívico, leva o seu nome.(foto tirada deste site)
Ah, aqui a ficha do livro, dificílimo de ser encontrado: A mulher do garimpo – O Romance do Extremo Sertão Norte do Amazonas. Manaus: Imprensa Oficial do Estado do Amazonas, 1976.

A cópia de onde tirei o texto pertence ao escritor Adair Santos, que foi amigo de D. Nenê e é avô do indiozinho que manda na minha maloca. O material ajuda a montar o cenário da pequenina e modorrenta Boa Vista daquele tempo. Boa leitura e se for copiar não esquece do
crédito de D. Nenê.


BOA VISTA DO RIO BRANCO

I


Boa Vista do Rio Branco, pouco acima da linha do Equador que ladeava a formosa Serra Grande, perto de Santa Maria do Boiaçu, ficava na margem direita do alto-Rio Branco e era cercada pelas Serras Pelada, Grande, Malacacheta, Moça e Murupu. Distava de Manaus quinhentas e quarenta e seis milhas.

Vilarejo até 1926, pequenina e triste, possuía na ocasião regular número de habitantes.

A primeira penetração do Vale se havia dado entre 1500 e 1700, quando o Branco tinha o nome de Paraviana ou Kuluêne, por causa da tribo dos Paravianas que desceu o Uraricoera e veio se instalar perto de Boa Vista.

Em 1725 Frei Salvador, monge carmelita, a fim de concentrar os índios para pacificá-los, fundou a Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Rio Branco, hoje cidade de Boa Vista, construindo a Igrejinha local onde se achava agora a Matriz, perto do rio.

Mais tarde, em 1774, Pereira Caldas, Governador do Grão-Pará,
mandou construir, na boca do Itacutu, o Forte de São Joaquim, ampliando o povoamento do Vale e fazendo expulsar os espanhóis da região. Depois, em 1766, houve um conflito com os holandeses, sendo o famoso Ajuricaba, acusado de trair a Pátria.

Em 1789, o Coronel Lobo D’Almada, então Governador da Capitania de São José do Rio Negro, trouxe as primeiras reses para os lavrados do Rio Branco, fundando a fazenda de São Bento, no Uraricoera, perto da embocadura do Itacutu, formador do Rio Branco.

Em 1839 deu-se a invasão dos ingleses, quando já o Amazonas era Província. Atrevidamente os orgulhosos invasores ensinaram a língua inglesa ao gentio, incutindo-lhe que o Rio Branco pertencia à Inglaterra. Frei José dos Inocentes foi encarregado de expulsá-los, resultando daí a Questão de Limites com a Guiana Inglesa, possessão da Inglaterra, que durou anos e anos, sendo eles afinal expulsos do Forte pelo Alferes Paulo Saldanha.

Em julho de 1890, a sede da Freguesia, possuindo duzentos habitantes, foi elevada à categoria de Município, com o nome de Boa Vista do Rio Branco, tendo então dois milhões, cento e quarenta e um mil trezentos e dezesseis limitando-se: ao Norte e Leste, com a Venezuela, pelos Montes Roraima (dois mil oitocentos e setenta e cinco metros de altura) e Caburaí (fronteira com a Guiana Inglesa) e pelo Rio Maú; ao Sul, com a cidade de Moura, pelos Rios Catrimâni e Anauá. E sua faixa de fronteira se alongava por novecentos e cinqüenta e oito quilômetros, com a Venezuela e por no
vecentos e sessenta e quatro com a Guiana Inglesa.




Fazenda Boa Vista e Igreja Matriz, 1905 (Acervo PMBV). Atrás do fotógrafo ficava o Porto do Cmento.


II


O povoamento do Rio Branco muito se deve aos cidadãos Inácio Lopes de Magalhães, que fundou a primeira escola em Boa Vista e da qual foi depois professor o tão querido Velho Mota, ou melhor, João Capistrano da Silva Mota; Sebastião Diniz, Fábio Leite, Carlos Mardel de Magalhães e Professor Diomedes Souto Maior.

Banhava a cidade o Rio Branco, formado pelo Itacutu, vindo da Serra do Pacaraima e pelo Uraricoera, oriundo da junção do Santa Rosa com o Maracá, os quais rodeavam a extensíssima Ilha de Santa Rosa Ou Maracá.

Município bastante rico, ficava Boa Vista quase completamente isolada de Manaus no verão, quando então o rio impossibilitava, pela seca, a navegação em grande parte. E sendo a água o único elo existente entre as duas cidades, ficava a população carecendo do necessário, pois raríssimo era o motor que se atrevia a subir e descer o perigoso rio.

O solo do Município tinha setenta por cento de planalto e trinta por cento de área montanhosa, salientando-se a Cordilheira do Parima, continuação dos Andes, com a Serra do Parima, a mil e cinqüenta e um metros de altitude e a do Tepequém, com mil e quatrocentos metros.

Muito espalhada, com poucas casas de alvenaria e inúmeras de taipa, cobertas de palha de buriti ou inajá. Sem árvores, sem praças e sem flores. Prédios velhos e feios. Quintais abertos e abandonados, sem uma horta ou jardinzinho. Só um bangalô, à distância, embelezando a paisagem. Nenhum grupo escolar, sendo raras suas escolas, regidas por professores primários. Sem cais e as margens do rio terríveis para a atracação das embarcações.

Ruas estreitas e barrentas e no centro da cidade um coreto coberto de palha. Nenhuma indústria. Comércio regular e população igual à das cidades interioranas: curiosa, maledicente, hospitaleira, alegre e amiga de festas e piqueniques.

A Igreja, bonitinha e bem conservada. Os dois únicos prédios novos e modernos, obra de Frei Gaspar, irmão leigo beneditino, pertenciam a uma comunidade estrangeira da Baviera: eram a Prelazia e o Hospital Nossa Senhora de Fátima, servida por dezesseis Madres Missionárias alemãs beneditinas. Como não havia médicos, Madre Radegundes, farmacêutica, operava. Eram elas as únicas pessoas que vendiam leite e verduras à cidade. O prédio da Prefeitura, de cons
trução antiga, era interessante, com uma franjinha e um colar de mosaicos azulados. Mas os fundos eram cobertos de palha e davam para o rio. A cadeia, exígua e frágil, agarrava-se

desesperadamente aos fundos da Prefeitura, como a pedir-lhe que não a desamparasse senão morreria estatelada no chão.

Todo o policiamento era feito por três guardas municipais, com uniforme de camisa cáqui, calça de mescla e cinturão. Freqüentemente, de fuzil na mão, um ou dois deles levavam os presos para cortar lenha e capinar as ruas. Mal alimentados e maltratados, os sentenciados trabalhavam por dois mil réis diários, com comida.

O Mercado, paupérrimo. A matança de gado era livre. A carne não faltava e não havia fiscalização nas duas ou três reses que matavam por dia para o consumo da população.
O Quartel, na única praça sem adorno, era, parece mentira! Coberto de palha! A praça chamava-se Praça da Bandeira. E o Município fazia fronteira com dois países estrangeiros!
Perto do Quartel havia um campo de aterragem eventual de aviões. O Comandante dali devia estar em um quartel na fronteira brasíleo-venezuela ou guianense e não em Boa Vista, a dias de viagem das mesmas, visto como ainda não havia aviões e muito menos da FAB, anos mais tarde denominada Mãe de Boa Vista.

Ao redor da cidade, mato raso e cajuais de frutos saborosíssimos. O vinho de buriti, maravilhoso sempre, era vendido no Reis e no Chico Benício. E coalhada, longe, numa casinha isolada. O leite, ótimo, sem a mistura triste da água, mas escasso. Poucas frutas, mas todas excelentes. Ovos? Galinhas? Porcos? Outra criação doméstica? Cousa rara ali, sem mesmo se saber porque, pois espaço havia de sobra.

Nenhum cinema. Um clube, Os Caiçaras, de madeira, onde o pessoal se divertia. Nenhuma farmácia particular. E nem luz elétrica funcionando, com força motriz tão perto... e a escassa que havia só era acesa à chegada de personalidades de Manaus. E em cada canto de rua, baiúcas e bares repletos de bebidas e de jogadores.

E as autoridades, então? O Juiz de Direito, Dr. Vinitius, inteligente, bondoso e empreendedor, era dono de motor, no qual viajava e comerciava, de sociedade com o sogro, prestigioso político local e de coração grande: era o fazendeiro Homero Cruz. O Prefeito era caçador-pescador-fazendeiro e político temido e poderoso. Também tinha o coração largo e era tremendamente hospitaleiro. O Delegado de Polícia era miudinho, padeiro e vendedor de máquinas de costuras. E assim por diante...

quinta-feira, junho 25, 2009

Boa Vista ficando mais velha



Há quase 119 anos, num distante 9 de julho, o governador do Amazonas
(àquela tempo, Roraima era parte do gigantesco Estado do Amazonas), Augusto Ximenes de Villeroy, elevou a Freguesia de Nossa Senhora do Carmo da Boa Vista do Rio Branco, pertencente ao Município de Moura, à categoria de Município. Na década de 1930 é que passou a chamar-se definitivamente Boa Vista. Naquela época, tudo chegava por barco.




O desembarque era feito no
porto do cimento, aí onde fica o banco de areia na parte central da foto, feita nas primeiras décadas do século passado. Subindo o barranco, chegava-se à sede da fazenda que originou a cidade. Na sequência, fechando o triangulo, à esquerda ficava a Igreja Matriz e à direita a Intendência. A cidade, pequenina, acabava logo em seguida.


A foto colorida tem uns dois anos de feita e é do fotojornalista Tiago
Orihuela. No lugar do porto do cimento, a Orla Tauamanan, erguida sobre o antigo barranco. Sobreviveram daquela época alguns prédios, entre eles a sede da fazenda e a igreja Matriz. A cidade, como se percebe, cresceu um bocado, principalmente na década de 1980, quando milhares de garimpeiros baixaram por aqui atrás de ouro e diamante.
Mas isso é outra história, para outro post.




E nunca diga que o blog Crônicas da Fronteira é somente diversão para
gente desocupada. Aqui nois fala de história também.


É vero que também falamos bobagens com jeito de coisa séria. Por isso, aproveitando o gancho, vai no Orkut e te liga nas comunidades mais importantes dos últimos tempos:


Eu leio Crônicas da Fronteira (que pelo nome você pode deduzir o tema, inteligente leitor) e Eu conheço/adoro o Edgarzinho (Não é sobre mim. Ninguém gosta de mim a ponto de fazer comunidade amorosa. É sobre o meu filhotinho índio. Dele sim, todo mundo gosta. Até quem não gosta de mim.)


quarta-feira, junho 24, 2009

De quinta

Ei, tu que acha me conhecer, cadê tu? Ando meio dividido entre minhas dúvidas e as muitas recentes dívidas. Ando numa inquietação à década de 80, saca? Aquela dividida entre a depressão econômica e a euforia melancólica. Ando de carro. De carro velho, gerando custos e jogando CO2 a rodo no ar. Nas melhores horas, caminho um pouco na chuva leve, dividido entre usar proteção ou empapar a camiseta. O tempo já era. Ficou. Perdeu. E agora, o que tu me diz? Vamos de camiseta com manga comprida ou vamos comer manguita? Tá no tempo, tá no clima. E me diz, por favor, me diz que já não me amas, que não pensas mais em mim, que em mim não paras de pensar e tudo o demais é mentira, mesmo aquilo que até parecer ser verdade. E se a questão é ver, cerveja no copo de pinga, água na taça de vinho, vinho no gargalo, please....please, sim, we cant, me apetece, tire a sua roupa e tira a minha também, mas não tão rápido. Ando numa preguiça que nem te conto e se você bater a porta de novo nessa fúria posso até gamar, mas nunca vou me apaixonar por você. Mesmo que isso provoque seu ódio. E ódio, eu sei, eu sei, eu sei, baby, é o que ando provocando. Parece uma plantação: plantinhas de ódio regadas com muito carinho e orgânicas, para afastar bons olhados. Coordenaremos tudo, apontaremos as alternativas corretas, marcaremos as opções indicadas e talvez passemos, talvez fiquemos, mas tudo será por nosso própria (ir)responsabilidade e não poderemos jogar a culpa em ninguém. Quer dizer, poder, a gente talvez não possa, mas vamos fazer. Afinal, se tá no morro é pra subir e voltar voado, com as mãos cheias de música e um diploma no bolso sem grana, sem esperança, mas de grife, que a gente é pobre mas superlativo.

segunda-feira, junho 22, 2009

Divindades

Hades, malvado senhor das profundezas, comeu Afrodite várias vezes naquela noite de sexta, bem depois do happy hour no Olimpo. Ao amanhecer, refletiu um pouco e chegou à conclusão que a deusa não era tudo isso que comentavam no bar e que havia tido transas melhores.

Afrodite, linda e desejada, até hoje tenta levar Hades para qualquer canto escuro, ansiosa pelos trancos bem dados do gostosão.

quinta-feira, junho 18, 2009

Sobre o diploma: todos iguais, mas uns mais desiguais que os outros

Então fica assim: quem estudou jornalismo por quatro anos ou mais, fez pós, mestrado, doutorado e tal, favor não reclamar de ficar no mesmo nível de quem nunca passou no vestibular e agora poderá pleitar um posto nas redações. Também não será admitida qualquer discriminação com o sujeito que fez o curso de...de...de...direito, claro, e invocou de colocar no cartão de visitas: Dr. Advogado e Jornalista.

Da minha parte, engolirei meus comentários sarcásticos e meus grunhidos quando alguém me encontrar na rua e falar:

- Você viu? Estou apresentando um programa de TV agora. Comprei o espaço na hora do almoço e faço matérias, reportagens (sic) e entrevistas (sic). Ah, e vou tentar vestibular para alguma coisa este ano. Afinal, acredito que devemos ter um curso superior.

Também ficarei calado e não me irritarei quando outro qualquer falar/escrever sobre o fortalecimento da democracia com a decisão do STF, quando alguém comparar emitir opinião com emitir informação ou quando louvarem a si mesmos por terem começado a trabalhar na área sem ter o diploma.

Olharei calado o quase certo esvaziamento das salas dos cursos de jornalismo e não rirei dos coordenadores de cursos e diretores/reitores de faculdades/universidades que não se posicionaram a tempo sobre a questão.

Sobre a precarização da profissão de jornalista? Comentar o que, se muitos não sabem do termo precarização?

Por fim, não pensarei nos livros de ética e prática jornalística, nos exercícios, provas, disciplinas, nos quilômetros que pedalei e andei para terminar meu curso. No máximo, farei piada dizendo que prevendo isso fiz sociologia também. Quer dizer, ser sociólogo não me garante nada também, mas pelo menos não é todo mundo que pode reivindicar o título.

E, por favor, não venham falar das regras do jornalismo nos Estados Unidos e em parte da Europa, menos Portugal (ah, os portugueses, que tanto xingamos de burros, são inteligentes para entender o papel da regulamentação, da formação específica, dos detalhes que só o estudo aplicado faz. Bem diferente dos inteligentíssimos brasileiros...).


No mais, comentam-me alguns sobre a cela especial para pessoas com o curso superior ser coisa do passado. Isso sim é grave.

quarta-feira, junho 17, 2009

Anúncio


Ok, segurei essa imagem por mais de um mês desde que bati a foto dessa chamada. Pensei na maneira mais bacana de fazer a troça, mas me dei conta que gosto de piadas politicamente incorretas. Portanto, não haveria jeito bacana de falar da primeira coisa que me veio à cabeça quando vi esse cartaz:



Indiferente? Ao sexo? Nem pensar. Sou daquela linha filosófica que afirma: pode até ser ruim, mas se houve, foi bom. E aí não interessa se na outra ponta havia gente com o ensino médio ou com mestrado. Como diz um conhecido: basta haver gente. Só um, não tem graça.

terça-feira, junho 16, 2009

Má temporada

( Foto: Marcos Lima)

Dívidas, ameaça de ficar desempregado, desilusão amorosa, nota baixa na prova final, goteiras no quarto, moto com o tanque de gasolina na reserva, time do coração indo pra segundona, nada de grana no bolso.

Ninguém sabe o que acontece com o homem por baixo da roupa do alegre e dedicado Zé Gotinha.



................

Pais, responsáveis e afins, lembrem:



segunda-feira, junho 15, 2009

Notas de segunda, para não passar todo batido


Festival das quadrilhas juninas: Coração Caipira e Escola Forrozão são as melhores do Boa Vista Junina 2009.

Sábado é dia de vacinação contra a paralisia infantil. Num vai esquecer de levar teu moleque ou moleca!

O Fórum Permanente de Cultura de Roraima cria seu blog e se reúne a cada 15 dias. A próxima reunião é na terça 23 de junho, na videoteca do Palácio da Cultura. 18h30, aberto a todos os interessados no tema.
Veja o blog do Fórum.

Dica:
Enciclopédia da literatura Brasileira - verbetes sobre autores e personagens importantes da literatura brasileira com biografia, cronologia, relação de obras e suas traduções, bibliografia e depoimentos do autor e uma seleção de obras representativas do autor.



Chove cada vez mais. E isso começa a dificultar a saída da cama pelas manhãs....hum...que preguiça....

quarta-feira, junho 10, 2009

Quarta, 10 de junho de 2009


Um ano e cinco meses.



Objeto de meu pleno amor, causador das minhas dívidas, ausência das minhas eternas dúvidas.

terça-feira, junho 09, 2009


Vai, verão, vai embora!



Finalmente a chuva se instalou em Boa Vista. Os dias ficaram melhores, mais animados. Agora até consigo andar pelos corredores externos de meu local de trampo e me dá vontade de sair fazendo cooper no final da tarde apenas para aproveitar o vento frio que bate no rosto. As manhãs, inclusive, ficaram mais preguiçosas, mais agradáveis, mais “deita aqui na rede e apenas olha as árvores molhadas”.

Chove, chuva.


Mas como sempre tem quem reclame, já foram aos jornais dizer que as chuvas provocam alagamento, que algumas obras vão parar ou reduzir o ritmo, que a roupa não seca mais com a mesma velocidade e que os casos de viroses estão para aumentar, sem contar os da dengue.


Tanta coisa para se aproveitar no inverno amazônico e as pessoas ficam ligadas nesses detalhes. Eu digo apenas: seja bem-vinda, chuva. Seja bem-vinda e lava todos os males, todas as tristezas, molhando a vida e espantando o calor.
Os feriados de Boa Vista em 2009


Crônicas da Fronteira também é um blog de prestação de serviços. Como estamos na boca de um feriado (e Deus e o Google salvem os feriados), começam as perguntas sobre quais são as folgas que ainda restam no ano. Vai aí uma lista de todas os que serão desfrutadas pelos boa-vistenses até dezembro, conforme um decreto municipal.


11 de junho – Corpus Christi

29 de junho - Dia de São Pedro

9 de julho - Aniversário do Município (feriado municipal);

7 de setembro - Independência do Brasil (feriado nacional);

5 de outubro - Aniversário do Estado (feriado estadual);

12 de outubro - nossa Senhora Aparecida (feriado nacional);

26 de outubro - Dia do Servidor Público - art. 236 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, (ponto facultativo) comemoração antecipada do dia 28 de outubro;

2 de novembro - Finados (feriado nacional);

15 de novembro - Proclamação da República (feriado nacional);

8 de dezembro - Nossa Senhora da Conceição (feriado municipal);

24 de dezembro - véspera do Natal (ponto facultativo após as 12 horas);

25 de dezembro - Natal (feriado nacional); e

31 de dezembro - véspera de Ano Novo.

segunda-feira, junho 08, 2009

Painéis Funarte de Bandas de Música 2009: inscreva-se


A Funarte realiza de 8 a 12 de julho a etapa roraimense do painel de bandas de música 2009.

As inscrições para quem mora por estas bandas já estão abertas e devem ser feitas no Instituto Boa Vista de Música, Terminal do Caimbé, Av. dos Imigrantes, 1612, - Sala 12.

Outra opção é ligar (95) 8119-9149 ou mandar e-mails para
maestromoisesportugues@gmail.com ou institutoboavistademusica.ibvm@yahoo.com.br .

Os Painéis Funarte de Bandas de Música oferecem cursos de percussão, de percepção e leitura musical, de instrumentação e arranjos musicais, de reparo e manutenção de instrumentos de sopro, de regência e de técnica para instrumentos de sopro (bombardino e tuba, clarineta, saxofone, trombone e trompete).
Para participar das aulas, os músicos devem preencher a
ficha de inscrição e enviá-la, pelos correios, ou entregar em mão, para o Instituto Boa Vista de Música.

Os Painéis Funarte de Bandas de Música fazem parte do Projeto Bandas de Música, que, criado em 1976, atua em diversas frentes, como levantamento e edição de partituras, distribuição gratuita de instrumentos de sopro e realização de cursos de reciclagem.

De 2000 a 2008, mais de três mil pessoas participaram dos Painéis, que percorreram 16 cidades nos estados de Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, conforme diz esta notícia.

sexta-feira, junho 05, 2009

Pronta para ser comentada

A entrevista com Luis Ene falando sobre o criogenização da revista Minguante já está disponível para votação e leitura no Overmundo. Chega lá para conferir.
Anarriê, anavantu!



A quarta edição da revista Anarriê, criada pela Prefeitura de Boa Vista para divulgar o arraial Boa Vista Junina, já está disponível na web.

Produzida pela equipe da Secretaria de Comunicação, tem 40 páginas coloridas e apresenta notícias sobre a maior festa popular de Roraima. O leitor encontrará reportagens sobre as quadrilhas juninas, os grupos folclóricos, casamentos reais no arraial e os atrativos turísticos da região.

Este cronista trampou na revista deste ano, assessorando jornalisticamente a coordenação editorial da publicação, que teve tiragem de oito mil exemplares e é distribuída gratuitamente. Relembrando bem, a primeira edição foi toda coordenada por mim e na segunda e terceira prestei assessoria editorial.

Para ler a revista, basta clicar na imagem que você vai direto para o arquivo PDF.

terça-feira, junho 02, 2009

Essa tal de publicidade


O Brasil inteiro acompanhando as notícias sobre o Airbus que caiu no mar, muitas pessoas declarando o seu medo de voar, outras ganhando de presente o medo de voar, e olha a propaganda que encontro no site que registra os acessos ao blog:



Assim...tipo...quer dizer...será que insistir em chamar os outros para voar é uma boa? Vamos chamar para comprar notebooks que dá mais certo.
Mondo cane

(Da Série Remember, um texto publicado originalmente em 3 de junho de 2005. E que venham os cinco anos do Crônicas da Fronteira.)

Ele disse:
Bah, guria, para que tanto aperreio. Não é melhor assumir que a idade nos torna cínicos como as pessoas que detestávamos há alguns anos?
Ela argumentou:
Mas e os sonhos, onde vão ficar?
Ele respondeu:
Vende. Conheço um cara que paga bem por restos de inocência.

segunda-feira, junho 01, 2009

Notícias da fronteira


Choveu na manhã desta segunda na cidade mais quente do norte. Chuviscou no começo da tarde na cidade mais quente do Norte. E isso foi escrito sem provincianismo, apenas com alivio.

Lá em Manaus, os amazonenses comemoram o anúncio da cidade como uma das sedes dos jogos da copa do mundo de futebol em 2014.

Quem não pagou até agora o IPTU 2009 ganhou mais 15 dias para conseguir a grana e quitar a dívida com a Prefeitura de Boa Vista.

Está no Overmundo, para edição colaborativa, uma entrevista feita por e-mail com Luís Ene sobre o congelamento das atividades da revista Minguantes. Chega lá e sugere algo, se for o caso.

Começou a Semana Municipal de Meio Ambiente. Olhaí a programação a partir de amanhã:

Terça-feira (2)

8h – Plantio de 5 mil mudas de plantas nativas
Local: Igarapé Caranã

15h – Curso de Ikebana
Local: Horto Municipal – sala verde

Quarta-feira (3)

8h30 – Sensibilização ambiental com fantoches e vídeos

9h30 – Trilha ecológica: valorizando a flora do Bosque dos Papagaios
Local: Bosque dos Papagaios

15h – Exposição de fotos e animais taxidermizados
Local: Auditório da UFRR

15h30 – Palestra sobre A3P
Local: Auditório da UFRR

16h – Palestra sobre Igarapé Caraná
Local: Auditório da UFRR

16h30 – Palestra sobre Operação Inverno
Local: Auditório da UFRR

17h – Distribuição de mudas de plantas, de folhetos sobre A3P e de material de sensibilização ambiental
Local: Auditório da UFRR

Quinta-feira (4)

8h30 – Palestra sobre contenção de animais silvestres e molde de pegadas Local: 7º BIS

14h30 – Palestra sobre Bioinvasão

15h30 – Palestra sobre Políticas Ambientais
Local: Auditório da UFRR

Sexta-feira (5)

9h – Blitz Educativa – entrega de 300 mudas e de panfletos
Local: avenida Capitão Ene Garcez

Sábado (6)

14h – Apresentação de rapel
Local: Ponte dos Macuxi

17 – Encerramento
Local: Orla Taumanan

quinta-feira, maio 28, 2009

Inversão

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Cansado da monotonia do sexo casual, buscava ansiosamente pela aventura do relacionamento duradouro.

quarta-feira, maio 27, 2009

Afinal, tudo não passou...


Achei fantástica essa sacada de Luís Ene, escritor de micronarrativas e um dos chefões da Minguante. Resume (literalmente) a vida, seja lá qual for. Pensei em só reproduzir o texto, mas no meio da postagem, imaginei esta junção:

Edgar pergunta:

Daí, Luís, como vão as coisas?

Luis responde:

A MESMA HISTÓRIA DE SEMPRE

O quê, quem, quando, onde e como.


(Para ler mais do cara, dá um chegaqui)
Roraima tem mais de 700 blogs
Shirleide Vasconcelos

(Da Série Clipando, matéria publicada na Folha Web, em 26.05.09)

Uma página na web em que é possível divulgar trabalhos artísticos, textos, fazer propaganda e ainda receber comentários, críticas e sugestões. O blog já é conhecido por muitos internautas.

Em Roraima há 762 blogs cadastrados, mas muita gente cria a página e não alimenta, ou seja, não atualiza com freqüência. Os blogs são criados por pessoas físicas, que postam textos, fotos e até música; e também por pessoas jurídicas, criando o espaço como meio empresarial.

No estado, há blogs de todos os seguimentos. Há jornalísticos, grande parte sobre política, literários, religiosos, de pesquisa acadêmica. Segundo um dos primeiros blogueiros em Roraima, o jornalista e professor universitário, Edgar Borges, entre os diversos assuntos abordados nos blogs no estado, falta apenas um sobre humor.

Borges tem o seu blog há cinco anos (http://www.edgarb.blogspot.com/), onde escreve crônicas. Ele diz que faz a atualização da página de um a dois dias. Declara que “ser blogueiro não tem relação com os estudos ou profissão”. Na opinião dele, ter um blog é uma forma de se expressar na hora que quiser e quando puder. “É a liberdade de escrever poemas, crônicas, micronarrativas, reportagens, colunas, publicar fotos, citar matérias alheias sobre assuntos de meu interesse”, completa.

Para Edgar Borges, o melhor neste universo é receber comentários sobre o que escreve, seja criticando ou elogiando. Entre os blogueiros há uma “política da boa vizinhança”, geralmente um blogueiro linca o outro para comentar, participar. Mas ressalta que nem todos os internautas gostam de comentar textos.

Entre os blogueiros, segundo o jornalista, há propostas diferentes, linguagens variadas, mas os de Roraima têm um aspecto em comum: falam muito sobre o estado.

Mas há blogueiros que utilizam esta ferramenta como maneira para se comunicar com os parentes distantes e fazer com que eles acompanhem as notícias e fotos da família em Roraima. Entre os adolescentes, a utilização dos blogs é o que mais está na moda. Segundo a blogueira Reninha Soares, que mora no interior de Roraima, dos 40 alunos da sua sala de aula, 35 têm blog.


Dicas para quem quer ser blogueiro


• Buscar a plataforma que melhor atenda o internauta (blogger ou wordpress),
• Escolher um bom nome e registrar-se,
• Visitar outros blogueiros, lincá-los e comentar
• Avisar aos amigos
• Postar sempre, pelo menos duas vezes por semana

terça-feira, maio 26, 2009

Sábado tem tributo a Bob Marley


O III Festival de Reggae BV – RR é a pedida do próximo sábado (30) para quem está querendo dançar e cantar até a madrugada chegar. Cinco bandas, sendo uma do Maranhão, e quatro cantores solo vão se apresentar a partir das 21h no ginásio do Sesc Mecejana, próximo ao viaduto da avenida Venezuela.
Para encerrar a festa, será feito o IX Tributo ao rei do reggae, mister Bob Marley.

O festival é realizado pelo Sesc e é uma iniciativa da banda Guy-bras, que este ano dividirá palco com as companheiras Sophos, Metamorphosis, Arroto do Sapo e Legenda, esta última vinda diretamente da ilha de São Luis do Maranhão.
Os cantores Neuber Uchôa, George Farias, Eliakin Rufino e Magoozaia vão mandar também o seu som para a turma presente. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5.

sexta-feira, maio 22, 2009

O mundo na sexta, segundo alguns sites jornalísticos

Os guerreiros gurkhas vão ganhar cidadania inglesa

200 deputados vão receber R$ 1.244 de benefício extra todo mes

Documentário discute direito autorial. Filme também está na web

A pesquisa na net se complica. Ou então, fica mais fácil...

Meus primos índios querem mais terra. Agora, em outro lugar

Ex-vocalista da defunta banda Smiths complica meio século hoje

Empreendedorismo: presos montam fábrica de cachaça numa cela

CPI não é brincadeira, não, diz Pedro Simon
No rumo dos cinco anos blogando

(Da Série Remember)


O post aí completa dois anos neste sábado. Seu Borges abateu-se muito desde aquele maio em que escreveu essa resposta. Coisas da idade, coisas naturais.
Fica aí então mais esse texto de anos passados enquanto não chega a festa da meia década do Crônicas de Fronteira.

Histórias de amor familiares

Quarta-feira, Maio 23, 2007

Edgar Borges Ferreira, meu avô, é um poeta que nunca fez poesias. Eis a resposta escrita dele à minha pergunta sobre o começo do namoro com minha avó, dona Maria José, na segunda metade da década de 1940. Se alguém me arranjar descrição melhor para um começo de relacionamento, pago um sorvete.
Edgar Neto: como começou o namoro de vocês?
Edgar Avô: um primeiro olhar de reconhecimento; um segundo olhar mais desembaraçado; um terceiro olhar totalmente correspondido; um aperto de mãos e a explosão da paixão.

quinta-feira, maio 21, 2009

Correndo pro escurinho


A I Mostra Sesc de Curtas acontecerá no dia 31 de julho, às 19h, no Cinesesc Digital. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no Núcleo de Cultura do Sesc Mecejana.

A Mostra vai exibir trabalhos da área audiovisual em diversos gêneros e que tenham duração mínima de um minuto a máxima de 20 minutos. O tema do vídeo fica a critério do realizador.

A comissão organizadora do evento selecionará 10 trabalhos que atendam as necessidades exigidas no regulamento, que está disponível no site do Sesc ou no Núcleo de Cultura do Sesc, onde também se encontra a ficha de inscrição do participante.

Dez vídeos serão selecionados no período de 17 a 21 de julho pela Comissão Julgadora, que será formada por pessoas ligadas à área do audiovisual em Roraima.

“Qualquer pessoa que tenha realizado curta metragem profissional ou amadora pode participar gratuitamente da mostra, sem limite de inscrição por participante, sendo que menores de 18 anos deverão apresentar autorização dos pais ou responsáveis anexada à ficha de inscrição”, explica o supervisor de Cinema do Sesc e organizador da Mostra, Alex Pizano.

Mais infos? Liga 3621-3939 ou 8403-4762 e bate um lero com o Alex.

quarta-feira, maio 20, 2009

Congelamento literário


A revista Minguante lança sua nova e criogenizada edição de micronarrativas.
Os textos deste cronista e alguns outros muitos escritores de Portugal, Brasil e Espanha podem ser lidos a partir de um simples clique na imagem abaixo.


sexta-feira, maio 15, 2009

Maldito clima


Traz o jornal a noticia malévola, ingrata, desgraçada, aquela que deveria ser mentira, engano, a pura barrigada:

Chuvas intensas em BV somente em junho

Quer dizer que vou agüentar ainda mais três semanas do inferno que é o verão de Roraima? E se vacilar, ainda vou aguentar a fumaceira das queimadas urbanas?


Eu não quero chuvas intensas, quero apenas chuvas. Chuvas simples, daquelas que refrescam. Uma por dia apenas. Só isso.


E como todo castigo para quem não gosta de calor é pouco, tem trampo o final de semana inteiro, com o compromisso de ser tradutor na segunda bem cedinho.



quinta-feira, maio 14, 2009

Festa

Roubei, lembro-me bem.

Mas apenas esqueci o que roubei. Lembro-me mal.
Sei que estava quente. Então pode ter sido entre outubro e maio.Talvez um dia de junho, talvez...O que peguei também ficou no mistério. Ninguém nunca reclamou. E se ninguém nunca reclama deve estar bom ou então tem a boca costurada.
Reclamar, clamar, mar.Reclamar, rechamar, rechaçar.
Ré, rebordosa.
“Vem comigo, meu bem, não pergunta a ninguém se você pode entrar”, diza letra do Dazaranha.

Vem, digo eu, e ela não me atende. Está mais preocupada em olhar as vitrines.
Vem, meu bem. Vamos trocar nossos genes, vamos?
Na dúvida, fique com o plágio que é certo.
“Eu tô passando nu na catraca do céu”, grita o Daza.

Eu, nu, nós, nus...não...sim...Paralisa, paralisa...
Festivais, cantorias, mostras, concursos, mentiras e verdades rimadas.
Mentiras e verdades disritmadas, meninas e meninos que se amam sem ser amados.
Moral, oral, oral.
“Que ninguém perceba de onde ele vem. Altura de menino (...) Nossa barulheira!”, emocionam os floripanos (?) do Dazaranha.
Vamos todos cirandar. Vai, vão todos dar. Quem pegar se dará bem.
Acorda, é hora. É hora, maldita hora do mal.
Lá fora, o inferno esquenta às 8h, às 14h e até às 19h.
Horas de viagem, horas de descanso. Horas. Ora a menina para expiarseus pecados, ora o guri para pecar um pouco mais tranqüilo.
Se quex, quex. Se não quex, diz!
Drogas? Droga, me viram. Viraí e comparte tudo.
“A iniciação ao risco é que é gostoso. O Daza avisa: isso mata!!! De curiosidade....”
A curiosidade. Santa curiosidade.
Lembro-me que roubei. Lembro-me que estava bêbado e por isso não lembro se roubei mesmo.
Só sei que acordei na praia, de seu nome nunca soube, nem do nome da praia, nem do nome da moça na praia.
Sei que sabia, mas esqueci...

terça-feira, maio 12, 2009

Racionalidade


Sou pragmático. Se algo dá, se faz. Caso contrário manda-se alguém fazer ou deixa quieto.Se faz mal, deixe de lado.
Se insistir, tente solucionar. Se ainda assim não conseguir bom efeito, largue mão. Se for para ficar a vida toda lamentando, vá lá, quebre a cara e diga depois: me arrebentei mas fiz. Melhor de que viver pensando como teria sido.
Depressão? Para que? Basta lembrar que sempre haverá alguém em pior situação.
O imposto de renda apertou? Sim, lamentemo-nos um pouco e depois relaxemos, pois é apenas dinheiro. Money se consegue, mesmo a duras penas se for obtenção totalmente honesta.
Sou prático. Apesar de ser cronista e fazer poesias, odeio frases que ficam pela metade. Diga o que pretende, diga o que quer. Não espere que responda inteligentemente a perguntas estúpidas. Aliás, não espere resposta para nada se estiver muito cansado ou o dia for muito quente.
Também não me convide para trabalhar sem remuneração. Apenas os caridosos e os voluntários agem assim. Eu, apesar do exemplo de minha mãe, não sou nada disso. Claro, há exceções, mas não espalhemos.
Para algumas coisas sou muito esperto, para outras não. Ou seja, uma pessoa normal. Já fui mais inflexível, já fui mais ácido. Hoje não. Hoje sou paz e amor, peace and love, pace e di amore, 和平与爱, миру і любові. (O que? Você não lê chinês tradicional nem ucraniano? Bá...)
Enfim, com base nesse discurso egocêntrico e talvez egoísta, posso afirmar sem nenhuma dúvida que há somente três tipos de pessoas que não aceitam conselhos de alguém pragmático/prático: apaixonados, crianças e imbecis. Sem ordem de grandeza, sem primeiro lugar e sempre achando que estão certos, apesar de todas as evidências em contra.

segunda-feira, maio 11, 2009

Festival, final de semana e o verão continua


Não passamos à fase final do festival Canto Forte nem eu nem a dona Zanny.

Das três melhores colocadas, a primeira repetia a mesma frase seis ou sete vezes por várias vezes.

Não gosto de músicas que repetem mil vezes as frases.

Cláudio Moura, 30 anos de violão nas costas, quatro meses sendo meu teacher de cordas e arranjos e algumas parcerias de letra e música comigo, foi o segundo colocado com a canção Mar Adentro.

Relembrando, logo nas eliminatórias falei na primeira e a segunda como as possíveis melhor colocadas do festival.

A ganhadora na categoria intérprete foi, merecidamente, Andressa Nascimento.

A piada entre quem ficou de fora da final: ei, estamos entre as 20 melhores das 87 iniciais e o importante é participar.

Não choveu mais no final de semana.

Dia quente das mães .

Começa nesta terça a VIII Semana Roraimense de Comunicação.

Faltam três semanas para uma nova etapa da vida noturna.

Jazz...

The Doors...

sexta-feira, maio 08, 2009

Dez frases



1. Choveu. E choveu forte. Mas o sol já ressurgiu. Pelo menos hoje a noite será agradável.


2. A primeira noite do festival acabou e não saiu o resultado das cinco músicas selecionadas. Sairá tudo hoje à noite.


3. Não é possível encher um pneu quando chove. Ou você o deixa seco ou você se molha todo.



4. Agora que choveu, começarão as reclamações sobre as enchentes.



5. Se não chover mais por uma semana, reclamarão sobre o calor.



6. No rio Branco, até ontem, ainda era possível ver enormes bancos de areia.



7. Tomara que chova mais amanhã.



8. Adoro chuva. Odeio calor.



9. Se odeio calor, com certeza Roraima foi uma péssima escolha para viver.



10. Tomara que seja a primeira chuva do inverno.